segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Recompensa por arma apreendida

Policiais civis e militares do Espírito Santo vão receber recompensa em dinheiro quando apreenderem armas e munição.Quanto maior o calibre mais alta é a gratificação. Fuzis de uso restrito do exército, por exemplo, valem um bônus de R$ 633,00. Já as armas de uso permitido para civis somam R$ 211,00 a mais no salário do policial. Munição e acessórios como mira a laser e silenciador também tem seu preço. Os valores dobram caso o portador da arma ilegal seja preso. Segundo o secretário de segurança pública do estado o intuito é incentivar policiais civis e militares. A remuneração por apreensões realizadas já está valendo em todo o estado.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Beto Chaves: O homem atrás do fuzil

O que pensa o policial civil que morou sete dias no Complexo do Alemão sem se identificar para gravar um reality show
MAURÍCIO RIBEIRO MEIRELES
Rio de Janeiro. Um policial infiltrado no Complexo do Alemão. Não para investigar traficantes, mas para colher histórias de vida. É essa a ideia por trás de Papo de Polícia, reality show que vai ao ar na semana do dia 7 a 13 de fevereiro, às 21h15, no canal pago Multishow. Seu protagonista é Beto Chaves, inspetor da Polícia Civil do Rio de Janeiro há sete anos. Ele, que participou da operação policial que expulsou os traficantes da facção de dominava o conjunto de favelas em novembro, volta ao lugar com outras armas: seu ouvido e sua sensibilidade. O programa é um documento dos medos e esperanças dos moradores do Complexo vistos sob o ponto de vista original de quem só entrava lá em combate. Beto recebeu ÉPOCA na sede do AfroReggae, no Centro do Rio, para esta entrevista exclusiva.

ÉPOCA – Que objetivo você espera alcançar com o programa?
Beto Chaves – Dar visibilidade para histórias e pessoas que talvez nunca fossem conhecidas. O fato de eu ser policial torna tudo mais louco. O Papo de Polícia foi gravado depois que eu saí da operação de novembro. Tinha sido muito cansativo. Fiquei três dias sem trocar de roupa, sete dias dormindo três horas por noite. Decidimos que eu precisava morar lá. Fiquei o mesmo tempo que durou a operação. Aqueles sete dias foram como sete meses.

ÉPOCA – O programa é resultado de um projeto que você desenvolve com jovens. Que projeto é esse e como ele funciona?
Beto Chaves – É o Papo de Responsa. Somos dez duplas de policiais e integrantes do AfroReggae que viveram o crime de forma direta ou indireta. É um ambiente de pura contradição. Se um cara desses, em outro contexto, me descobre como policial, ele me mata. E eu faria o mesmo se tivesse a oportunidade de me defender. Vamos a escolas, universidades, igrejas e vários lugares falar das nossas experiências. Falar de segurança pública é uma desculpa para falar da própria vida. São dois “inimigos” unidos, que olham na mesma direção e sonham os mesmo sonhos. Se eles são capazes de dar as mãos, tudo é possível. Quando crescemos, barreiras visíveis e invisíveis nos impedem de dar as mãos. Como policial, eu preciso vencer a minha própria batalha se quiser vencer as batalhas na fora. A minha batalha é conta meus preconceitos, minhas verdades absolutas. Sem vencer essa luta, eu não vou conseguir ganhar a “guerra” que está lá fora.

ÉPOCA – Esse é um pensamento corrente na polícia ou você é exceção?
Beto Chaves – Não me acho exceção. A polícia civil do Rio é a instituição policial mais antiga do país, com 202 anos. Quando Dom João VI veio para cá fugido de Napoleão, ele tinha medo de uma invasão francesa e dos próprios moradores da colônia. Ele criou o embrião da polícia civil. Não para proteger a sociedade brasileira, mas para se proteger. Na história recente, a mesma coisa aconteceu na ditadura militar. Éramos usados como instrumento de repressão do Estado. A polícia vira “cidadã” com a Constituição de 1988. Faz só 22 anos. Antes disso, era pé na porta e tortura. Nossa democracia é nova. A mudança leva um tempo.

ÉPOCA – A situação está melhorando?
Beto Chaves – Está. A última operação na Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão, em novembro, foi um marco na história da polícia. Um dos motivos é a mudança do olhar da sociedade para nós. Quer um exemplo? Quando chegamos na Vila Cruzeiro, a população do morro e do asfalto nos aplaudiu. Lembro de uma senhora que vibrava como se fôssemos grandes heróis. Me dá até um arrepio lembrar. Nossa responsabilidade é maior quando contamos com a confiança dessas pessoas.

ÉPOCA – A polícia sempre invadiu favelas e nunca tinha sido aplaudida. O que mudou?
Beto Chaves - O principal foi a presença das Forças Armadas. Outro motivo foi a imprensa perceber que o negócio era sério, que a operação podia mudar rumos. Quando deu crédito à operação, ela influenciou a opinião pública. E, quando a população apoia, a história acontece de uma forma diferente. Quando vejo aquela senhora contando comigo, minha responsabilidade quintuplica. Antes quem contava comigo? Ninguém. Ninguém confiava na polícia. Só a minha mãe e isso porque ela tem um filho policial.

ÉPOCA – Se o que você diz é verdade, os aplausos das pessoas deveriam ter impedido que alguns policiais cometessem abusos contra moradores do Complexo...
Beto Chaves – Eu queria que a instituição policial fosse a única corrupta e violenta do nosso país. Para a polícia ficar ruim, ela precisa melhorar muito. Porque a nossa sociedade precisa melhorar muito também. Ela está preparada para uma boa polícia? A sociedade é umbilical, egoísta. Para os outros, o rigor da lei. Para si mesmo, o jeitinho. A polícia errou? Errou, mas é a humanidade que temos em todas as instituições. A sociedade precisa continuar a movimentar a polícia como fez ano passado para evitarmos esse tipo de abuso. A polícia é um gigante bobo e forte, mas é manipulável.

ÉPOCA – Dizer que a culpa da polícia corrupta é da sociedade não é a mesma desculpa que se usa para explicar por que jovens entram no tráfico?
Beto Chaves – Eu não vim de “Poliçópolis”. Não tem uma cidade em Marte de onde saíram todos os policiais. O policial que sou e levo para o trabalho tem os valores que eu trouxe de casa. Naquela cena da TV, dos traficantes fugindo em fila indiana, quantas pessoas não se questionaram: “Cadê o helicóptero que não matou todos?” Ouvi muito essa pergunta. Se tivéssemos feito aquilo teríamos jogado tudo fora. A ONU ia cair em cima da gente. Mas a sociedade clamava por isso. A mesma sociedade que teria nos chamado de assassinos se tivéssemos matado todos.

ÉPOCA – Você diz que não veio de outro planeta. Mas a polícia não tem uma cultura própria?
Beto Chaves – Sim, claro. O jornalismo também não tem? Você não tem os seus jargões? Também temos uma cultura forte. Talvez um pouco pior que as outras. Temos um corporativismo gigantesco, por exemplo. A polícia também está acostuma a dizer o que deve ser feito mesmo quando não sabe o que fazer. Quer um exemplo? Um menino de 12 anos com uma pistola chinesa nas mãos. Isso é responsabilidade da polícia? Olha o que falhou antes. Falhou educação, saúde, trabalho, saneamento, habitação, família, transporte. Aí chamam a polícia. O menino levanta a arma pra mim e atira. Faço o que com ele? Atiro de volta. No caso de graças a deus prendermos esse garoto, o que o sistema penitenciário faz com ele? Vai reeducá-lo? Vai ressocializá-lo? Me diz: sou eu que tenho os meios para lidar com esse menino de arma na mão?

ÉPOCA – Que tipo de lembrança você guarda das operações?
Beto Chaves – Em uma das minhas primeiras operações, morreram três meninos. Eles tinham atirado na gente com seus fuzis. Alguns fugiram, mas aqueles morreram. Vi no rosto de alguns policiais um certo orgulho. Não por ter tirado a vida de três crianças — o que é curioso, já que muita gente imagina que o policial sente prazer com isso. Era um orgulho que vinha dessa cultura de dever cumprido: menos três bandidos, menos três armas na guerra que vivemos. No rosto de outros, havia alguma indiferença. Não por ter deixado de amar, de sentir carinho. Era uma indiferença imposta pela rotina. Quando olhei para aqueles três meninos, vi muitos meninos que tinha visto no passado. Vi uma mãe negra chorando por eles, talvez filhos que eles tenham tido precocemente. Vi uma avó triste. Mas minha cultura, imposta pela sociedade, me diz o quê? Dever cumprido. Quem ganha com essa guerra? Eu não sou. Vários policiais já morreram. Meninos ligados ao crime morreram. Inocentes morreram. Que ganha com essa guerra? Não é a polícia, não são esses garotos. A sociedade, que viveu aterrorizada até há pouco tempo, com certeza não é.

ÉPOCA – Como você é visto na corporação?
Beto Chaves – Sou tido como “operacional”, então tenho respeito dos meus pares para além do trabalho que faço no Papo de Responsa. Mais isso agora. No começo, diziam que eu não sabia se era defensor público, assistente social, psicólogo ou pedagogo. Mas nunca deixei de ir para o combate. Quase morri três vezes. O cara que reclama não diz isso para mim. Sei meu papel na polícia. Meu papel vai além do meu fuzil. Meu irmão, o meu fuzil não pode falar mais alto do que eu. Não são as armas que vão resolver o nosso problema.

ÉPOCA – Que mudanças participar da “guerra” trouxe para sua vida?
Beto Chaves – Participei das grandes operações nos últimos sete anos. Minha mãe diz que sou o He-Man. Faço um esforço para sorrir, mas isso é meu... [silêncio] Não sei o que mudou e o que ficou igual. Não queria precisar fazer isso. Em nosso país, a desigualdade vai além dos problemas financeiros. Neste cenário, eu me considero um trabalhador, que procura fazer que a história das balas perdidas, dos meninos mortos com armas chinesas, não se repita. As pessoas acham que eu trabalho com o crime e a morte. Mas eu trabalho com a vida e sua preservação.

ÉPOCA – Se você trabalha com a vida, por que a polícia cultiva símbolos ligados à morte, como a faca na caveira?
Beto Chaves – Isso é histórico. Antes a polícia tinha essa cultura. Esses símbolos repercutem o passado. O Doutor Alan [Turnowski, chefe da Polícia Civil do RJ] já está trabalhando para o Papo de Responsa ser um trabalho oficial. E os símbolos serão outros.

ÉPOCA – Mas é um símbolo vazio ou há algum reflexo no imaginário do policial?
Beto Chaves – Há reflexo no imaginário do policial. Mas no da sociedade também. Senão, o Tropa de Elite não faria tanto sucesso. Muita gente imagina que ser policial é botar um saco na cabeça de uma pessoa de torturá-la.

ÉPOCA – E o que é ser policial?
Beto Chaves – Ser policial vai além disso. Ser policial é cultivar um heroísmo para além da arma. Tem a ver com a marmita daquele trabalhador que acorda às 6h, pega um ônibus às 7h e só para casa às 21h. É esse o heroísmo do policial. Vou continuar usando arma? Vou. Ainda é um símbolo? É. Sou habilitado para isso? Sou. Mas estamos em um momento de transição.

Fonte: ÉPOCA

Capitão é preso por reivindicar tratamento justo a bombeiros/RJ

Foi publicada no último boletim reservado do CBMERJ (27/01/2011) a punição de 12 DIAS de PRISÃO do Cap BM Lauro Botto, por reivindicar, através de uma mensagem de texto (SMS) enviada ao secretário Sérgio Côrtes, tratamento JUSTO aos verdadeiros BOMBEIROS que hoje estão subordinados à Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil.

O anacronismo dos regulamentos disciplinares dos militares estaduais ainda permite que tais situações como essa ocorram, ao arrepio do que preconiza a Constituição Cidadã de 1988. Militares Estaduais do Rio de Janeiro (BBMM/PPMM) têm limitados direitos garantidos constitucionalmente e sequer têm respeitado seu direito a livre manifestação do pensamento.

E parece que a partir de agora o ex-tenente médico demissionário, ex-futuro ministro da saúde e investigado pelos ministérios públicos estadual e federal, secretário Sérgio Côrtes, começou a revelar a nova maneira de lidar com as legítimas reivindicações da tropa: PRISÃO!

O Capitão Lauro Botto foi candidato a Deputado Federal(PV/RJ) nas últimas eleições e atualmente é suplente à uma vaga na Câmara dos Deputados, onde tramita o projeto de criação de um piso salarial para bombeiros e policiais de todo o país (PEC 300), sendo o referido oficial BM um dos maiores entusiastas da matéria no estado do Rio de Janeiro. Desde o ano de 2007, o Cap Lauro Botto participa de movimentos reivindicatórios legítimos e pacíficos e, apesar de sua ficha disciplinar ser livre de qualquer advertência ou punição, já fora transferido de quartel por 5 vezes no últimos 03 anos.

Enquanto isso, continua o desrespeito às funções constitucionais do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro (UPA/SAMU/RecCadáveres), continua o desrespeito à escala remuneratória dos militares estaduais (Op.Dengue, UPA, SAMU, "Boi-Lambeu", "350,00",...), continuam a perceber o PIOR SALÁRIO DO BRASIL, continua o desrespeito à paridade de vencimentos entre ativos e inativos do CBMERJ, continua a enorme insatisfação da tropa com o governo que declaradamente discrimina os BBMM, continuam sem Rio Card (auxílio-transporte) todos os Bombeiros do Rio de Janeiro e continua em um crescente sem fim a desmotivação de 99% dos "Homens de Cáqui" do CBMERJ.

E quem vai PRESO é o Capitão...

Fonte: diariobombeiromilitar

Maioria quer a PEC 300 aprovada

Levantamento feito pelo G1 registra que 64,3% dos futuros deputados federais são a favor da adoção de um piso nacional para policiais civis, militares e bombeiros. Um detalhe a ser observado é que somente 414 parlamentares participaram da enquete. Desses, 330 deputados querem a aprovação da PEC 300. 

Para se ter uma idéia desses números, significa dizer que se a votação em segundo turno fosse hoje, o piso salarial estaria aprovado na Câmara dos Deputados já que o número mínimo de votos a favor é de 308 por se tratar de tema que altera texto constitucional.

De acordo com o portal G1 “O levantamento do G1 teve início em 29 de novembro e foi finalizado em 27 de janeiro. Envolveu uma equipe de 27 jornalistas de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.” Veja mais detalhes clicando em G1

sábado, 29 de janeiro de 2011

Fortaleza : Passeata de policiais pede a PEC 300

Fortaleza é uma cidade incrível em termos de mobilização social. Um fenômeno cultural, que faz até a direita ser mais à esquerda. Qualquer corrente do movimento sindical ou político, em Fortaleza, acaba distoando dos próprios discursos praticados em nível nacional, e as manifestações são feitas com chuva ou sol, com ou sem gente para assistir, com ou sem cobertura de TV, como foi o caso.

Esse preâmbulo serve para explicar porque, passeando pela Avenida Beira Mar num sol causticante de sábado às 10h da manhã, vi uma passeata enorme, de policiais e entidades apoiando a luta pela PEC 300, projeto do legislativo federal que, se virar lei, elevará os salários de policiais e bombeiros para a faixa dos R$ 3 mil.

Os discursos chamavam a atenção dos moradores (a praia estava vazia) para a insegurança no Ceará, para os míseros salários e a política de enganação dos turistas, que passam pela praia vendo policiais militares em modernos veículos Segway (aquele que só tem duas rodas, tipo patinete) e as Rondas em caminhonetes Hilux com ar condicionado e equipamentos de primeira. Em cima de todo esse aparato, estão policiais pessimamente remunerados. Há 4 anos não há concursos para a polícia civil.

Uma caminhonete da Ronda chegou próxima à manifestação e serviu para direcionamento dos discursos sobre o contraste do belo carro versus mísero salário. A Hilux bateu em retirada.

Também se falou da migração do crime organizado que está sendo expulso do Rio de Janeiro para o Nordeste, sem a contrapartida de reforço policial.

Aqui vai o meu depoimento, de andanças de mais de 20 anos pelo interior do Ceará: há delegacias pessimamente aparelhadas (tem carro mas não tem gasolina), jurisdicionando mais de uma dezena de municípios. Destacamentos da PM com sargento e soldado, sem viatura, com armamentos nem sempre com balas. E salários que, até pouco tempo atrás, não chegavam ao mínimo. Hoje é comum ver em Fortaleza alguns bacanas andando de carro blindado com batedores de moto, porque a segurança pública não acontece depois de umas três ruas paralelas à Beira Mar.

O ato contou com a presença do deputado federal Eudes Xavier, do PT, um dos poucos governistas que se coloca claramente em apoio à PEC 300, já aprovada em primeira instância na Câmara dos Deputados. Há oposição de setores governistas em várias esferas, pelo impacto que o reajuste traria aos cofres públicos, e as manifestações pretendem não deixar engavetarem a proposta.

No local também pudemos ver, fora da manifestação, o deputado Raimundo Matos, do PSDB, acompanhando a passeata. Também estavam presentes a diretoria e a oposição dos vigilantes, os sindicatos da polícia, associação de esposas de militares e centrais sindicais, entre outros. O fato lamentável nesse ato suprapartidário de apoio à melhoria das condições de vida dos policiais foi um breve discurso da Secretária Geral da Força Sindical, denunciando que a CUT não jogou peso no ato, e mandando o carro de som da entidade ficar no final do cortejo.
Fonte: blogdobranquinho

Cadela é resgatada por bombeiros de Nova venécia

Finalmente cadela Brasilia é resgatada pelo Corpo de Bombeiro de Nova Venécia

O drama vivido por uma familia no CÓRREGO DA PENHA,interior de Barra de São Francisco chegou ao final na sexta-feira(28 de janeiro de 2011),por volta das 16 horas.
Uma Cadela que estava presa em uma gruta de pedra foi resgatada.
O choro do animal como se tivesse pedindo ajuda estava agonizando os moradores da localidade desde domingo(23 de janeiro de 2011) quando o animal saiu para caçar e ficou presa.
O corpo de Bombeiro foi obrigado a fazer um rapel para chegar até o animal que ao notar a presença do soldado do corpo de bombeiro Malagone ficou cheia de alegria e começou a lamber o soldado como forma de agradecimento.
A chegada da cadela Brasilia na residência foi comovente e todos não aguentaram a emoção e choravam e abraçavam o animal que ia em direção a cada pessoa que estava no local como se estivesse agradecendo a todos.[...]
Fonte: Voz da Barra

Sargento bombeiro salva criança de afogamento

Uma feliz coincidência pode ter sido a responsável por salvar a vida de uma criança em Aparecida de Goiânia na última terça-feira, dia 18. À procura de um chaveiro depois que seu filho quebrou a chave do carro na porta do veículo, o sargento Mauro Rodrigues de Oliveira, do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO), foi o responsável pelo salvamento do pequeno Kauan Victor, de 2 anos, que tinha se afogado minutos antes na piscina de sua casa no Setor Andrea. "Estava a pé, em busca de um chaveiro, passando por uma rua do setor quando ouvi os gritos de socorro da mãe da criança", lembra o militar.

Imediatamente o bombeiro correu até a costureira Rosalina Cruz de Andrade, 26 anos, que carregava seu filho já insconciente e ficando roxo nos braços em busca de socorro. O sargento Mauro iniciou os procedimentos de ressuscitação cardiorrespiratória. A mãe contou que a criança estava brincando com outros amiguinho no quintal da casa quando caiu na piscina. Ao ouvir os gritos das outras crianças, ela viu o menino dentro da água. O sargento Mauro continuou a manobra até a criança voltar a respirar.

Enquanto isso, o pai do garoto foi chamado e o levou para o Cais do Garavelo. De lá, o pequeno Kauan foi para o Hospital Infantil de Campinas, onde ficou internado por alguns dias até ser liberado, sem sequelas. "Ninguém saberia fazer a respiração boca a boca. Foi muita sorte ter um bombeiro passando em frente a minha casa naquele momento. Sou muito grata a ele", disse dona Rosalina, que pretende redobrar os cuidados na casa. Atualmente o sargento Mauro trabalha no Centro Estadual de Operações Bombeiro Militar (COB), onde são recebidos os chamados de emergência do telefone 193. Muitas das orientações por telefone dos Bombeiros já foram responsáveis por salvar vidas.
Fonte: CBMGO

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

1ª caminhada pela aprovação da PEC 300



Nesse sábado (29/01), a partir das 07h00 da manhã, os policiais civis, policiais militares, bombeiros militares, familiares e amigos farão a 1ª Caminhada Nacional de 2011 pela aprovação da PEC 300 em segundo turno, em Fortaleza – CE.


Essa manifestação gloriosa que visa conquistar a sociedade brasileira e cearense em prol da aprovação em segundo turno do piso salarial nacional está sendo organizada pelo Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Ceará - SINPOCI CE, e a Associação dos Cabos e Soldados Militares do Ceará – ACSMCE


A concentração será no Aterro da Praia de Iracema seguindo em marcha até o Mercado do Peixe.


Desse encontro nacional serão traçados os novos rumos que o movimento tomará até que o Congresso Nacional aprove o piso salarial nacional dos bombeiros e policiais.

Prisões e apreensões de norte a sul do Espírito Santo

Em Serra, foram detidos dois suspeitos de tráfico de drogas já em Cachoeiro de Itapemirim acusado de homicídio foi preso

Policiais civis da Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Serra prenderam, na tarde desta quinta-feira (27), dois suspeitos de envolvimento com tráfico de drogas e um homicídio. Três armas de fogo também foram apreendidas. A operação aconteceu nos bairros Planalto Serrano e Jardim Bela Vista, em Serra.

Segundo o titular da unidade, delegado Josafá da Silva, a operação "Choque de Ordem" foi realizada para apurar denúncias de tráfico de entorpecentes e ameaças contra policiais, além de denúncias do paradeiro dos autores do homicídio de Jackson Pereira Vitória. O crime aconteceu no dia 25 de janeiro no bairro Serra Sede.

O primeiro detido foi E.S.V., 31 anos, em Planalto Serrano. Ele foi surpreendido com maconha e crack preparadas para a venda e com um revólver municiado. O suspeito foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.

Já no bairro Jardim Bela Vista, os policiais descobriram o local onde estaria um dos suspeitos de matar Jackson. R.P.S., 21 anos, foi detido com maconha, crack e duas armas de fogo, sendo um revólver calibre 38 e uma espingarda calibre 12. Ele foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.

A motivação para o homicídio teria sido uma dívida de R$ 300,00 que o suspeito teria com a vítima. Os policiais estiveram na manhã desta sexta-feira (28) na residência de Jackson e apreenderam um revólver calibre 38, munições, um par de algemas e uma touca ninja. O delegado Josafá da Silva ressaltou que as investigações vão continuar.

PM prende quatro suspeitos de tráfico em Colatina

Policiais militares do 8º Batalhão, em Colatina, região Norte do Estado, prenderam, na tarde desta quinta-feira (27), quatro pessoas suspeitas de tráfico de drogas. A ação policial aconteceu por volta das 16h30, no no bairro São Judas Tadeu. Foram apreendidas 99 pedras de crack, 19g de maconha, além de um revólver e R$ 180,00.

A prisão foi realizada durante patrulhamento dos policiais do Grupo de Apoio Operacional do 8º Batalhão (GAO). Eles desconfiaram de dois homens suspeitos em cima da laje de uma casa e resolveram abordá-los. Com os suspeitos foram encontrados inicialmente dois cigarros de maconha.

Ao perceber a abordagem policial, um casal que encontrava-se dentro da residência jogou pela janela dois potes de plástico e uma sacola. Ao verificar o conteúdo jogado pelos suspeitos, os PMs perceberam que tratava-se de maconha e crack. No interior da casa foi encontrado, ainda, um revólver calibre 32.

As quatro pessoas suspeitas, além da arma, da droga e do dinheiro apreendido, foram encaminhados para o DPJ da cidade de Colatina

PM detém em São Mateus traficante com arma e drogas

Um traficante de drogas que atuava na cidade de São Mateus, região Norte do Estado, foi detido na noite desta quinta-feira (27), com aproximadamente 1,5kg de maconha. O suspeito estava armado com um revólver calibre 38, mas não reagiu à ação policial.

A prisão, que aconteceu por volta das 21 horas, foi realizada por policiais militares do 13º Batalhão da PM (São Mateus), com apoio do Batalhão de Missões Especiais (BME).
A abordagem ao suspeito foi realizada no bairro Vila Nova, após o recebimento de denúncias sobre tráfico de drogas na região. Foi apreendido um tablete inteiro de maconha, pesando um quilo, além de dois pedaços menores e 41 buchas da droga, prontas para comercialização.

No local da abordagem, foi detido também um usuário de drogas. Os envolvidos foram conduzidos ao DPJ de São Mateus, junto com a arma e a droga apreendidas.

Polícia Civil prende acusado de homicídio em Cachoeiro de Itapemirim

Policiais civis da Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Cachoeiro de Itapemirim prenderam, na tarde desta quinta-feira (27), um acusado de homicídio. A ação aconteceu no bairro Gilson Carone, na cidade.

De acordo com informações, L.R.B., 18 anos, é acusado de matar Giovane silva Andrade, 18 anos, em fevereiro de 2010. O motivo seria a venda de uma arma pela vítima sem a permissão do acusado.

L.R.B., foi preso após policiais averiguarem um ponto de comercialização de entorpecentes com o intuito de prender um outro homicida, ainda não localizado.
Fonte: ESHoje

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

PEC 300 está entre as mais solicitadas

Desde que o Disque-Câmara e o serviço de correios eletrônicos foram inaugurados em 1998, a distância entre a Câmara dos Deputados e os grupos de trabalhadores organizados diminuiu sensivelmente. 
JK, ao construir a capital federal distante de tudo e de todos, nunca imaginaria que esses serviços atuais reduziriam as divisas estaduais, aproximando os grupos de pressão dos seus Deputados Federais.

Canais de interação

Atualmente, Além do Disque-Câmara, onde através do telefone gratuito 0800619619 o cidadão pode solicitar aos seus deputados o apoiamento e defesa de sua proposição, a Câmara disponibiliza também, pela internet, os endereços de e-mail de todos os parlamentares, o fale conosco , o fale com o deputado , o fale com o Presidente da Câmara, e o fale com a ouvidoria..

Em 2010, a Câmara recebeu 719 696 ligações através do 0800619619 e 15 360 correios eletrônicos, um recorde desde a inauguração do serviço. Mas ainda é muito pouco.

Dentre as matérias campeãs de solicitações está a nossa PEC 300, só perdendo para o projeto que proíbe a cobrança da tarifa básica de telefonia (1⁰ lugar). Em terceiro lugar vem a proposta que acaba com o fator previdenciário.

Refinando-se a pesquisa “PEC 300”

Pesquisando-se a expressão PEC 300 no site da Câmara e filtrando-se essa pesquisa, o tema aparece empatado em primeiro lugar com o tema segurança pública, quando se cruza “PEC 300” com diversos temas abordados em  “assunto”.

Quando a referência é “deputados”, relacionados com a PEC 300, os cinco primeiros nomes são respectivamente de Michel Temer, Cândido Vaccarezza, Major Fábio, Capitão Assumção e Marco Maia. Nessa lista estão os que mais atrapalharam e os dois deputados policiais defensores da PEC 300.

Esses dados só vem a afirmar que, independente das pressões governamentais, estamos no caminho certo. Menos de 5% dos policiais e bombeiros está fazendo toda essa sensibilização no Congresso Nacional, todo esse barulho. Ora ligando para o 0800619619, ora mandando e-mail para os parlamentares.

Temos que convencer cada companheiro, dos mais de 700.000 que somos em todo o Brasil, a fazer o mesmo, todo o dia, toda a hora. Nossas esposas, maridos, pais, filhos, parentes e amigos precisam entrar nessa guerra. A luta não vai parar até que a PEC 300 seja uma realidade em nossas vidas. A união é a nossa força.

Quatro policiais morrem em tiroteios na mesma semana

Roger Castillo e Amanda Haworth foram mortos quando tentavam prender um criminoso em Miami.
Enquando Miami velava Roger Castillo e Amanda Haworth, dois policiais mortos quando tentavam prender um criminoso, outros dois policiais morriam em condições parecidas, em St. Petersburg, no dia 24.

Durante tiroteio entre um fugitivo escondido em um sótão e a polícia, em St. Petersburg, Tom Baitinger e Jeffrey Yaslowitz foram recebidos a balas, e mortos no tiroteio que se seguiu. Mais de cem tiros foram disparados entre o suspeito e a polícia. Autoridades afirmam que o criminoso foi encontrado morto dentro da casa cerca de seis horas mais tarde. A polícia acredita que o fugitivo seja Hydra Lacy Jr., de 39 anos. Lacy teria uma extensa ficha criminal, que inclui condenações por roubo à mão armada e agressão sexual. Desde 1980 nenhum policial de St. Petersburg tinha morrido em serviço.

Em Downtown Miami, Castillo e Haworth recebiam, na manhã do dia 24, as maiores homenagens já vistas em situações como esta. Os dois morreram no dia 20. O ginásio do American Airlines Arena recebeu milhares de pessoas, entre parentes e colegas das vítimas. Miami parou durante boa parte do dia para a passagem do cortejo fúnebre com os corpos dos dois policiais, que foram enterrados no fim da tarde no cemitério de Miami Lakes.
Fonte: gazetanews

Quem discutirá a PEC 300 e a valorização dos policiais?

A partir da próxima semana, com o início da nova legislatura, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara deve debater um relatório de uma organização não-governamental internacional que trata da violência policial.
Até aí tudo bem, afinal o Parlamento é o lugar onde a sociedade encontra abrigo para debater os temas pertinentes aos brasileiros. Mas, para tentar ser imparcial, será que a mesma Comissão de Direitos Humanos da Câmara vai debater os baixos salários dos policiais e bombeiros brasileiros? E as péssimas condições de trabalho desses trabalhadores sensibilizam essa comissão?
Será que a aprovação da PEC 300, e a conseqüente valorização salarial desses profissionais, não se encaixam como um assunto relacionado aos direitos humanos? Ou todos são seres humanos, menos os trabalhadores da segurança pública?
O referido colegiado também se interessa pelo policial que sai de casa toda manhã e não sabe se volta vivo para o aconchego de sua família? Ou do bombeiro que enfrenta incêndios, desabamentos, enxurradas, e qualquer outro tipo de situação para salvar os cidadãos?
Tenho a certeza de que a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados apóia a valorização dos trabalhadores da segurança pública. O Brasil todo apóia. Basta ver o apoio que a população deu a policiais e militares na retomado do Complexo do Alemão, realizada no ano passado na cidade do Rio de Janeiro. Basta ver a atuação dos bombeiros na recente tragédia da região serrana fluminense.
O povo brasileiro está cansado de tanta violência, de tanta insegurança, de ser refém da criminalidade. Qualquer pesquisa de opinião aponta isso como uma das principais, se não a principal, reivindicação dos brasileiros.

Contudo, é preciso considerar que a melhoria na segurança pública passa, invariavelmente, pela valorização salarial dos policiais e bombeiros, os verdadeiros heróis dessa nação. Não há outro caminho para fazer com que o brasileiro tenha mais segurança. É por isso que o Brasil grita: PEC 300 já.
A valorização dos profissionais de segurança pública também precisa ser discutida nas comissões da Câmara dos Deputados. E tenho a certeza de que esse é um assunto caro aos nobres parlamentares da Comissão de Direitos Humanos.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Policial é baleada após lutar com bandidos

Uma investigadora da Polícia Civil foi baleada na noite da última terça-feira (25) no bairro Cruzeiro do Sul, em Cariacica, durante uma tentativa de assalto. Após lutar com os criminosos, ela acabou sendo baleada em uma das mãos. Os suspeitos do crime, o cinegrafista Geovani Santos Cunha, de 24, Eloilson Dias dos Santos, 27, foram presos. Outro identificado apenas como Bruno conseguiu fugir.

A ação dos bandidos aconteceu em frente à casa dos pais da policial por volta das 8 horas. A vítima deixava a residência quando viu pelo retrovisor do carro o pai sendo rendido pelos criminosos. Ao ver a cena, a investigadora, que estava com os dois filhos no carro, decidiu reagir.

Ela seguiu em direção de um deles e tentou desarmá-lo. Os dois entraram em luta corporal e a arma acabou disparando, atingindo a policial. Mesmo ferida, ela conseguiu retirar as crianças do veículo, deixando os bandidos fugirem com o automóvel.

A vítima, de 32 anos, recebeu os primeiros socorros e já está em casa com a família. Segundo a titular da Delegacia da Mulher, Tânia Zanoli, a investigadora passa bem, mas está muito abalada com o crime.

O delegado titular do DPJ de Cariacica, Germano Pedrosa, afirmou que a policial estava preparada para qualquer tipo de situação. "O policial tem o dever de agir. E havendo oportunidade o policial age. Para um policial é muito mais complicado ser sequestrado levado por bandidos do que uma pessoa do povo".
Fonte: Folha Vitória

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

PEC 300: opinião do Senador Armando Neto PTB-PE


“Todo mundo sabe que é preciso melhorar as condições de remuneração das forças de segurança no país, mas isso não pode ser feito de uma hora para outra. Você sabe que há um grande desnível nas faixas salariais e uma disparidade de salários em todos os estados da Federação. Há estados menos desenvolvidos que pagam mais; há estados desenvolvidos que têm uma força de segurança maior e, evidentemente, pagam menos. Essa é uma questão complexa que diz respeito à própria Federação, à autonomia dos estados. Não é possível, de uma hora para outra, corrigir todas essas distorções. E o impacto que isso produziria no orçamento dos estados, nas finanças dos estaduais, de repente, isso desestruturaria as finanças dos Estados. Então, o que eu defendo é uma política que possa ser sustentável, é algo que possa apontar para a correção de uma série de distorções que ainda estão aí presentes, mas sem colocar em risco o equilíbrio dos estados”.
Fonte: carlosbritto.com

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

PEC 300 é o mínimo que eles merecem

A tragédia da região serrana deixou a descoberto muito mais além da tremenda destruição, da imensa dor da perda de vidas e bens e da sesquipedal incompetência de todos os governos em agir preventivamente em situações como estas. Trouxe também à tona , para que todos aqueles que ainda tinham qualquer dúvida do heroísmo, do espírito de despreendimento, do valor pessoal e coletivo de nossos policiais, tanto civis quanto militares, como nossos Bombeiros Militares .

Policiais do 11º Batalhão, sediado em Nova Friburgo perderam suas vidas e outros perderam bens e familiares. Tivemos quatro Bombeiros mortos, sendo três em uma viatura que seguia para um resgate e foi soterrada e outro que tentou salvar a própria família e perdeu sua vida nessa tentativa. Os integrantes da equipe de helicóptero da CORE da Polícia Civil são incansáveis em um vai e vem interminável a resgatar pessoas e a levar feridos da região serrana para hospitais. Nossos policiais e bombeiros não são apenas heróis porque trabalharam incansavelmente nas tarefas de resgate, de fornecimento de suprimento e de proteção ao patrimonio das pessoas atingidas pela tragédia. São heróis porque mesmo ganhando como salário base um valor em torno de dois salários mínimos atuais não demonstraram em qualquer momento desestímulo em trabalhar arriscando as próprias vidas, sem descanso sequer, para cumprir seu dever, no caso dos policiais, servir e proteger, e no caso dos bombeiros, vidas a salvar e patrimonios a resguardar.

Hoje, durante a vivencia imediata da tragédia e suas consequencias, todos certamente reconhecem o valor destes profissionais, porém , como em quase todas as situações pelas quais já atravessamos, o tempo é implacável para apagar da memória da grande massa tragédias, sejam causadas pela natureza ou pela má gestão pública. Daqui a algum tempo restarão apenas a dor dos que tudo ou quase tudo perderam, as imagens dela feitas e policiais e bombeiros voltarão a ser vistos por boa parte da população através de uma ótica perversa que estabeleceu para eles o paradigma da incompetencia e da violencia no caso dos policiais e da inépcia e ineficiencia no caso dos bombeiros..

Eu não gosto da palavra inveja, mas é com uma ponta dela que assisto como em outros países, principalmente nos EUA, se valoriza e se reverencia os heróis de suas polícias e bombeiros. O primeiro passo para isso já foi dado a algum tempo atrás por parte dos cidadãos com os aplausos populares à tomada do Alemão, cabe agora ao poder público agir concretamente para fortalecer esse espírito valorizando publicamente , não só em declarações como também na área pecuniária, o valor de cada policial e bombeiro que no momento em que escrevo está lá no meio dos escombros buscando por um suspiro de vida a salvar. A eles, nossas homenagens.
Fonte: falandoaverdadecomsegadasvianna

Treinamento nas alturas

A mais de 20 metros de altura. Foi assim que sete militares do Corpo de Bombeiros de Criciúma realizaram treinamento na tarde deste domingo (23). O dia, marcado por pouca ocorrência na cidade, foi dedicado ao treinamento de rapel feito, em média, de dois a três meses, para reforçar a capacidade de salvamento nas alturas.

“É uma técnica pouca usada, mas que há necessidade de sempre estar reforçando o treinamento, por ser uma especialidade que impõe bastante risco, tanto ao bombeiro, quanto a vítima”, conta o soldado Rafael da Silva Gonçalves.

“Lá em cima o risco é bem maior. Nunca se sabe o que pode acontecer, e a pessoa que está sendo resgatada está num nível de estresse bastante elevado”, conta o soldado Lindomar Romancini.

Três décadas e muitas vidas

Há 30 anos servindo o Corpo de Bombeiros de Criciúma, o sargento Perci Domingos tem dezenas de histórias envolvendo buscas. “Não faz muito tempo, mas não recordo o ano, lembro que um homem queria se jogar de uma construção. Ficamos das 7h até a tarde convencendo ele a não se jogar. Nesses casos o desgaste é mais psicológico do que físico”, conta.

O treinamento foi realizado na torre do 4ª Batalhão e durou até a noite. “Quando não tem ocorrência a gente realiza esses procedimentos para se aprimorar em salvar vidas”, conclui o soldado Rafael.
Fonte: atribunanet

domingo, 23 de janeiro de 2011

Novos paradigmas no uso da força policial

Com o objetivo de reduzir gradativamente os índices de letalidade nas ações empreendidas pelos agentes da força pública, o Ministério da Justiça e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República editaram recentemente a Portaria Interministerial nº 4.226, de 31 de dezembro de 2010, estabelecendo novas diretrizes sobre uso da força e de armas de fogo por parte das polícias da União, compostas pela Força Nacional de Segurança, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e agentes penitenciários federais.

A luz do texto não atinge as corporações estaduais e municipais, como as policiais civil e militar e as guardas civis, entretanto, nada obsta que os próprios Estados e Municípios usem do mesmo parâmetro para os seus agentes.

Dentre as principais mudanças na conduta policial está a proibição do agente da força pública atirar contra o cidadão que esteja em fuga, mesmo que este esteja armado. O disparo de arma contra veículos que tenham furado um bloqueio policial ou em blitz, igualmente está proibido. O ato de apontar arma de fogo durante uma abordagem na rua ou em veículos também deve ser bastante criteriosa.

Pela nova regulamentação, também estão proibidos os chamados tiros de advertência, quando o agente dispara para o alto a fim de controlar situações de conflito ou objetivando parar pessoas ou veículos em situações suspeitas.

O uso da força letal pela polícia só será considerado legal em caso de legítima defesa própria ou de terceiros.

De acordo com o texto da portaria, o uso da força deverá obedecer aos princípios da legalidade, necessidade, proporcionalidade, moderação e conveniência.

Os agentes policiais deverão portar pelo menos dois outros instrumentos de menor poder ofensivo como alternativa ao uso da arma de fogo. Para isso, o porte de armas não-letais como spray de gás de pimenta, bastões tonfa, coletes à prova de bala e pistolas TASER serão incentivadas para o uso freqüente em todas as policias do país.

Não-letais são as armas especificamente projetadas e utilizadas para incapacitar cidadãos em conflito com a polícia, minimizando fatalidades.

É bem verdade que as armas não-letais não têm probabilidade-zero de risco, ou seja, pode ocorrer mortes ou ferimentos permanentes nos confrontos com a polícia, em virtude principalmente do poder dos electrochoques paralisantes das armas TASER, entretanto, reduzem esta probabilidade se comparadas com as armas tradicionais que têm por objetivo a destruição física dos seus alvos.

A prática demonstra e comprova através das diversas ações policiais que a única arma não-letal capaz de instantaneamente paralisar um criminoso e que pode muito bem ser portada no cinturão de qualquer policial é a pistola TASER, razão pela qual, deve ser tal utensílio de trabalho o parâmetro principal do Ministério da Justiça em aquisição e maior distribuição dessa tão importante arma para toda a força policial brasileira.

Esta ação interministerial não visa retirar as armas de fogo dos policiais, afinal, o armamento letal ainda é insubstituível em determinados confrontos, por isso todos os nossos agentes deverão portar a sua arma normal para enfrentar o perigo maior e a arma especial TASER para os demais conflitos que assim possa utilizar desse artifício.

A portaria ainda prevê que os processos de seleção para ingresso nas forças de segurança pública terão de observar se os candidatos possuem o perfil psicológico necessário para lidar com situações de estresse e uso da força e arma de fogo. Os cursos de treinamento policial também terão a obrigação de incluir nos seus currículos conteúdos pertinentes a nova regra e relativos à proteção dos direitos humanos.

O texto da portaria foi baseado no Código de Conduta para Funcionários Responsáveis pela Aplicação das Leis, adotado pela Organização das Nações Unidas (ONU), de 1979, e também nos princípios do uso da força e de arma de fogo na prevenção do crime e tratamento de delinqüentes, adotado no Congresso das Nações Unidas em Havana, capital de Cuba, em 1999.

Assim caminhamos para alcançar a tão almejada polícia cidadã que estabelece o elo de boas ações direcionado verdadeiramente a serviço da comunidade, ou seja, uma polícia em defesa do cidadão e não ao combate ao cidadão.

Entretanto, apesar do avanço das medidas não podemos esquecer que a segurança pública pressupõe a existência de uma estrutura alicerçada em quatro pilares tão básicos quanto necessários: excelente salário, excelente equipamento, excelente treinamento e excelente Corregedoria de polícia, tudo em busca da sonhada polícia de excelência.

No item principal desse pilar, a PEC 300 que busca dentre outras melhorias, o piso salarial nacional, um salário digno para a polícia, se arrasta lentamente, sempre procrastinada, sem solução adequada ou aprovação definitiva no Congresso Nacional e até com proposta de inviabilização, dá a entender é que o poder público pretende continuar com uma polícia fraca, desvalorizada, desmotivada, desacreditada, submissa, esvaziada, humilhada, falida.
(*Archimedes Marques)
(Delegado de Policia no Estado de Sergipe. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Publica pela Universidade Federal de Sergipe) archimedes-marques@bol.com.br
fonte: colunacolaborador

PEC 300: o leitor tem sempre razao!

O leitor tem sempre razão!
Já dizia o ditado: o freguês tem sempre razão. Jornalistas e escritores deveriam dizer: o leitor tem sempre razão. Pois bem, faço aqui um mea culpa: tenho recebido no site uma série de opiniões em que leitores e seguidores reclamam de que nós, os ditos especialistas em questões de segurança, nos limitamos a reclamar e denunciar situações críticas, sem nunca apresentar propostas para resolver os problemas relacionados a esta matéria. Como estou convencido de que a reclamação é justa, inicio aqui um esforço para propor soluções.

Vou chamar minha proposta de “Programa de 20 Pontos” para reduzir os índices de violência urbana e de combate ao crime organizado. Apresentarei cada item de modo sintético, mas me comprometo a desenvolvê-los em separado, com a colaboração de todos. Esse conjunto de sugestões se divide em três partes: ações imediatas (para resultados imediatos, já); ações táticas (de médio prazo); e ações estratégicas (de longo prazo). Eventualmente, essas propostas não constituem novidades, mas revelam, principalmente, o quanto deixou de ser feito. Acompanhem o raciocínio:

“Programa de 20 Pontos” para a redução da violência e combate ao crime organizado:

AÇÕES IMEDIATAS:

1. Reforma do aparato de segurança, acabando com a divisão entre polícia civil (ou judiciária) e militar (as PMs, forças auxiliares do Exército, entulho dos períodos autoritários. Durante os anos 1930-1950, os governadores queriam ter seu próprio exército regional.). Criação de uma só força de segurança, incluindo as polícias, a defensoria pública, o ministério público e o juízo de primeira instância. Todos juntos, numa mesma unidade física à disposição do cidadão, em condições de resolver os casos mais simples e acabar com a burocracia. Dotada de recursos da moderna informática, limparia o terreno da maioria das ocorrências criminais.

2. As polícias e os agentes judiciários, juntos, teriam ação de policiamento local (comunitário), patrulhamento, inteligência e grupos de intervenção (forças de choque para casos graves, com a presença de reféns ou situações de conflitos, baseados em armas não letais). É preciso que as forças de choque estejam habilitadas a intervir em conflitos e tragédias.

3. Aprovação do piso nacional salarial das polícias. Não faz sentido que os policiais de São Paulo ganhem menos do que os mesmos cargos do Piauí. Há no Congresso a PEC 300 (Proposta de Emenda Constitucional 300),sobre o tema, que deve ser aprovada. Os salários de fome pagos aos chamados “homens da lei” são a porta da corrupção. Sem um sério combate à corrupção, qualquer iniciativa contra o crime será inútil.

4. Criação do cadastro nacional de procurados, facilitando a identificação de criminosos e organizando a ação interestadual das polícias. Há anos se fala nisso, mas as medidas não são praticadas. Com a tecnologia do mundo virtual, seria muito fácil.

5. Atuação dos movimentos populares organizados (sindicatos, associações de bairro, OAB, CNBB etc) para exigir reformas legais. Especialmente a revisão da progressão de penas (se você comete 10 homicídios, paga apenas por um e sai com dois terços da pena); critérios mais rigorosos na concessão de indultos; rebaixamento da maioridade penal para 16 anos (assim como para votar ou tirar carta de motorista); construção de presídios destinados ao pessoal “dimenor”, que deve ficar separado do criminoso profissional. Acabar com a ideia de que “liberalidade penal” é um fator de “sociedade democrática”. A democracia deve preservar o direito dos comuns, a maioria, e cuidar das minorias conforme o seu caráter: vítimas ou agressores? Os critérios devem ser diferentes, porque a violência é antidemocrática. A violência é o caos. A atualização das leis no Brasil é um fator determinante na redução da violência. Mas nossos políticos são relutantes, uma vez que a atualização da legislação pode atingi-los. Essa é uma questão básica a ser reformada. A progressão de penas não poderia ser aplicada a crimes hediondos, nem a reincidentes. Exemplo: libertaram no dia das crianças dois dos sequestradores do publicitário Washington Olivetto – eles não eram brasileiros nem tinham filhos. Fugiram no mesmo dia. Como se explica isso?

6. Muitas ações do movimento popular organizado e de ONGs honestas têm mudado a cara do Brasil. Há grandes avanços em matéria de ações culturais, esportes, pré-escola e saneamento que estão dando resultado em muitas zonas pobres do país. É preciso criar coordenações municipais, estaduais e nacionais para esses movimentos. Não se combate a violência apenas com polícia. É preciso mudar a vida das pessoas objetivamente e resistir ao apelo sedutor do crime. Tirar as crianças das ruas é fundamental.

7. Aplicar as forças federais de maneira mais intensiva, superando discrepâncias políticas. A Polícia Federal deve coordenar as tarefas nacionais de combate ao crime organizado e à corrupção. Passando por cima dos interesses locais, que alimentam a corrupção e o crime.

8. O projeto das UPPs deve continuar, porém mudando de foco. Ao invés de ser apenas um “pequeno estado de sítio” sobre uma população juridicamente indefesa, deve se tornar um instrumento de defesa constitucional e proteção das obras públicas necessárias a devolver a dignidade a essas populações. O Estado se afastou dessas comunidades há 30 anos, permitindo a instalação do poder paralelo do narcotráfico. Se as UPPs permanecerem como forças de vingança contra o povo pobre, agredindo moradores (“eles adoram dar tapas na cara da gente”), assediando as mulheres (“não tem uma garota aqui que não tenha levado uma cantada”), saqueando moradores (a PM chegou a proibir que os soldados usassem mochilas, onde escondiam bens sequestrados dos moradores), teremos mais um fracasso. E teremos perdido uma grande oportunidade de construir uma polícia comunitária, educada e solidária. Precisamos superar o conceito de “classes perigosas”, que apontam para os pobres como “celeiro” de criminosos – e que aponta para seus locais de moradia como “áreas perigosas”. O nome disso é preconceito e arbitrariedade.

9. Criação de estruturas nacionais de coordenação de defesa civil e socorro às vítimas de tragédias. Gastamos muitos milhões de reais com a reconstrução de cidades e bairros assolados, mas quase nada em prevenção e desenvolvimento de mecanismos de alerta para tragédias. Países mais pobres do que nós, como o Chile e o Irã, podem nos ajudar com bons exemplos. Aqui reconstruímos no mesmo lugar das tragédias, o que é quase antecipar a próxima. A insegurança no modo de vida dessas populações também incentiva o crime e a violência.

AÇÕES TÁTICAS:

Ocupando as áreas dominadas pelo crime, as forças públicas precisam garantir o trabalho de saneamento básico, fornecimento água potável, eletricidade, limpeza pública, creches, educação fundamental, projetos culturas, esportivos e lazer. Se tudo isso for oferecido, estará estabelecido um paradigma positivo contra a sedução do crime. Melhor: todas essas tarefas de construção e manutenção devem ser executadas com mão de obra local, mediante treinamento e especialização. Assim o ciclo se completa com a geração de emprego e manejo econômico local. O morador com dinheiro no bolso vai gastar nos empreendimentos da própria comunidade, como o varejo de alimentos e bens de consumo, material de construção etc. Imensas populações pobres vão adentrar o mercado de consumo, realimentando o processo de inclusão social. É muito mais barato do que os prejuízos provocados pela violência e as tragédias.
Aprovação pelo Congresso Nacional de uma “lei de infiltração”, que garanta imunidade ao agente policial que se misture com os banidos, visando investigá-los. Hoje, ao se aproximar dos criminosos, o policial comete uma série e crimes, inibindo a sua atuação. É preciso transformar isso numa ação legal – e não clandestina. O policial infiltrado ainda deve receber benefícios e seguros especiais. A mesma lei deve assegurar o uso de verbas para a compra de informações e recrutamento de informantes. A chamada “delação premiada” ainda é um instrumento precário, mais destinado a criminosos arrependidos (ou ameaçados), do que a ações policiais organizadas.
Criação da Guarda Nacional de Fronteiras, coordenada entre as forças armadas nacionais e a Polícia Federal, para combater o narcotráfico, a infiltração de grupos hostis (como as FARCs colombianas), o contrabando e a pirataria pelas fronteiras secas e amazônicas. Desenvolvimento de um acordo multinacional para a ação das polícias e das forças armadas dos países vizinhos (Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai, Colômbia e Venezuela), criando uma zona de 50 quilômetros nas fronteiras, onde poderiam ocorrer ações de ataque contra grupos criminosos e produtores de drogas, mediante troca de informações e aviso prévio. Não se trata de reeditar a Operação Condor dos tempos das ditaduras, mas promover uma ação legal e de resultados.
Criação da Guarda Costeira Nacional, ligada à Marinha do Brasil. Temos quase 10 mil quilômetros de litoral atlântico sem qualquer tipo de proteção. Todos os especialistas em tráfico de drogas sabem que as grandes partidas de entorpecentes e armas, que só podem ser medidas em toneladas, seguem pelo mar. O material clandestino chega misturado com as cargas comerciais e – em alto mar – é transbordado para pequenos navios pesqueiros. Estes atracam em pequenos portos de cabotagem ao longo da costa, inclusive nas grandes cidades. A Guarda Costeira estaria equipada com fragatas, barcos torpedeiros de interceptação e assalto, aviões-radares e helicópteros. A força também seria aplicada em resgates no mar.
O meio acadêmico brasileiro deveria ser estimulado, por meio de bolsas e prêmios, a produzir o estudo de alto nível da questão da violência e do crime organizado. A universidade está devendo um papel decisivo na compreensão do fenômeno, inclusive prevendo desenvolvimentos futuros. Este raciocínio permite avançar no sentido da criação das Universidades de Polícia, com currículo teórico e tecnológico. Isto permitiria o surgimento de uma “inteligência policial”, substituindo a violência e a corrupção. É uma forma de assegurar a repressão ao crime sem ofender a ampliação das conquistas democráticas.
O Brasil comemora 25 anos de liberdades, tendo pelo menos 4 períodos de governo (FHC e Lula, em 16 anos) com excelentes resultados. Lula entra para a história como autor de políticas que reduziram a pobreza e a desigualdade social. No entanto, nos últimos 30 anos, mais de um milhão de pessoas, a maioria jovens, foram vítimas da violência armada em nosso país. Isto é mais do que todas as guerras modernas, pós-Vietnã. Em dez anos de conflito no Iraque e no Afeganistão – e em toda a chamada “guerra ao terror”, desencadeada por George W. Bush após os atentados de 11 de setembro de 2001 – houve algo em torno de 100 mil mortos. Ganhamos de longe. O moderno Estado brasileiro está devendo uma política de pacificação nacional. A presidente Dilma deveria se preocupar com o item da pacificação. Os ministérios da Justiça e da Defesa deveriam criar uma coordenação nacional para o tema, propondo as ações necessárias à pacificação. A chamada “sociedade civil” deveria estar envolvida nas propostas.


AÇÕES ESTRATÉGICAS:

As ações de desenvolvimento econômico dos governos Lula resultaram na criação de 15 milhões de novos postos de trabalho no país, com a inclusão de imensas massas de pessoas no mercado formal. Só em 2010, foram 2,5 milhões de contratados, um recorde histórico. No entanto, o ritmo geral de redução da violência foi de apenas 6%. Com a criação de empregos, os crimes de homicídio têm uma redução imediata. Por razões óbvias: o desempregado não fica mais bebendo no bar. Pelas mesmas razões, diminuem os crimes passionais e a violência doméstica, especialmente contra as mulheres. Portanto, a manutenção e a ampliação do nível de emprego é uma tarefa estratégica contra a violência.
No quadro geral da violência criminal, 70% das ocorrências policiais são ataques contra o patrimônio, furtos e roubos, com a novidade das “saidinhas de banco” e dos “sequestros relâmpagos”. A maioria dos sentenciados do país (cerca de 473 mil prisioneiros), está condenada por tais crimes. Note-se que, no Brasil, só 1% dos crimes resultam em condenações judiciais, especialmente pobres, pretos e favelados. Em nossos tribunais de todos os tipos (cíveis, criminais, superiores) há 70 milhões de processos parados. Portanto, a reforma dos códigos de processo penal é urgente. Nas penitenciárias. 5% dos presos já cumpriram suas penas e continuam encarcerados, por causa da burocracia judiciária. A reforma do sistema penal é estratégica. Todas as facções criminosas conhecidas nasceram dentro das cadeias. O sistema carcerário é desumano, deseducador e baseado no castigo. Não recupera ninguém. O sujeito entra ladrão e sai chefe de quadrilha. Sem uma profunda reforma do sistema penal e carcerário, dificilmente conseguiremos deter a marcha da violência e do crime organizado.
O operário Lula iniciou um modelo de reforma do capitalismo no Brasil, demonstrando que é possível crescer com lucro e distribuição de renda, ao mesmo tempo. O PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), de um ponto e vista estratégico, será o principal fator de redução da violência. Com emprego e aumento de renda para amplas camadas sociais, a criminalidade tende a decrescer, ao longo dos anos. Acabar com o crime é uma ilusão. Existe crime organizado, narcotráfico e coisas piores em países como a Suécia, a Islândia e o Canadá, onde o nível de desenvolvimento humano atingiu patamares elevadíssimos. Mas podemos imaginar uma meta, que tornaria a situação mais aceitável em termos brasileiros: redução de 50% das estatísticas criminais em dez anos.
Como a sociedade brasileira está criminalizada de alto a baixo, precisamos criar mecanismos para confirmar o mandato de políticos e administradores, a cada dois anos, confirmando ou não o apoio popular. Como as eleições no país já ocorrem a cada dois anos, poderíamos acrescentar plebiscitos para confirmar mandatos. A banda podre da política seria eliminada no meio do prazo de vigência dos mandatos. Já seria um avanço notável.
Da mesma forma que presidentes, governadores, senadores, deputados federais, estaduais, prefeitos e vereadores são eleitos pelo voto direto, também deveriam ser eleitos os juízes de tribunais superiores, secretários de segurança, chefes de polícia etc, em chapa conjunta, para que o povo possa expressar a sua vontade num conjunto mais amplo. No país, após ser eleito, o político não presta contas a quem o elegeu. E ainda manda muito por decreto, ignorando a vontade popular.


Estas são propostas simples, alinhavadas sem muito rigor científico. Mas apresentam um ponto inicial de raciocínio. Comentem. Critiquem. Cada luz é uma luz.

Carlos Amorim

"Carlos Amorim é jornalista profissional há 40 anos. Começou, aos 15, como repórter do jornal A Notícia, do Rio de Janeiro. Trabalhou 19 anos nas Organizações Globo, cinco no jornal O Globo (repórter especial e editor-assistente da editoria Grande Rio) e 14 na TV Globo. Esteve no SBT, na Rede Manchete e na TV Record. Foi fundador do Jornal da Manchete; chefe de redação do Globo Repórter; editor-chefe do Jornal da Globo; editor-chefe do Jornal Hoje; editor-chefe (eventual) do Jornal Nacional; diretor-geral do Fantástico; diretor de jornalismo da Globo no Rio e em São Paulo; diretor de eventos especiais da Central Globo de Jornalismo. Foi diretor da Divisão de Programas de Jornalismo da Rede Manchete. Diretor-executivo da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão, onde implantou o canal de notícias BandNews. Criador do Domingo Espetacular da TV Record. Atuou em vários programas de linha de show na Globo, Manchete e SBT. Escreveu, produziu e dirigiu 56 documentários de televisão.

Ganhou o prêmio da crítica do Festival de Cine, Vídeo e Televisão de Roma, em 1984, com um especial sobre Elis Regina. Recebeu o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1994, na categoria Reportagem, com a melhor obra de não-ficção do ano: Comando Vermelho – A história secreta do crime organizado (Record – 1994). É autor de CV_PCC- A irmandade do crime (Record – 2004) e O Assalto ao Poder (Record – 2008). Recebeu o prêmio Simon Bolívar de Jornalismo, em 1997, na categoria Televisão (equipe), com um especial sobre a medicina em Cuba (reportagem de Florestan Fernandes Jr). Recebeu o prêmio Wladimir Herzog, na categoria Televisão (equipe), com uma série de reportagens de Fátima Souza para o Jornal da Band (“O medo na sala de aula”). Como diretor da linha de show do SBT, recebeu o prêmio Comunique-se, em 2006, com o programa Charme (Adriane Galisteu), considerado o melhor talk-show do ano.

Em 2007, criou a série “9mm: São Paulo”, produzida pela Moonshot Pictures e pela FOX Latin America, vencedora do prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor série da televisão brasileira em 2008. Em 2008, foi diretor artístico e de programação das emissoras afiliadas do SBT no Paraná e diretor do SBT, em São Paulo, nos anos de 2005/06/07 (Charme, Casos de Família, Ratinho, Documenta Brasil etc).

Atuou como professor convidado do curso “Negócios em Televisão e Cinema” da Fundação Getúlio Vargas no Rio e em São Paulo (2004 e 2005)."

Policial assassinado no RJ é identificado

Foi identificado o policial militar que morreu na manhã de 22/11, depois de um atentado na Rodovia Washington Luis, em Duque de Caxias, na Baixada. O cabo do 15º batalhão Márcio Grei Moraes, de 36 anos, estava fardado e saía do trabalho quando seu carro foi atingido por cinco tiros. O policial foi encaminhado ainda com vida ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

Fonte: Extra Online

sábado, 22 de janeiro de 2011

Militar da FN que trabalha no resgate de vítimas no RJ fala à Gazetaweb

Voluntário diz que a imagem parece surreal; 500 pessoas ainda podem estar desaparecidas
Gazetaweb- com Dulce Melo
Hospital foi totalmente arrancado pela enxurrada (Fotos: Cortesia voluntário da FN)
Um integrante da Força Nacional (FN), que não é alagoano, e participa do resgate dos mortos na catástrofe ocorrida no Rio de Janeiro, falou com exclusividade, via MSN, com a Gazetaweb. As declarações são comoventes. Segundo o militar, a imagem panorâmica “parece surreal”.
Povoado Campo do Vieira e os sinais da destruição
Apesar de já ter participado de muitos momentos complicados, em ações de alto risco, o policial se emociona ao relatar o que ver no local. Carros enfiados nos restos das casas, condomínios e povoados soterrados, hospital totalmente destruído, famílias inteiras mortas.Muita gente ainda desaparecida.
Pedras que desceram das encostas empancaram no Centro de Nova Friburgo
“Aqui é algo mais chocante ainda....nunca vi nada igual nessa vida, parece que o mundo está acabando. Tsunami...maremoto...terremoto...Haiti..nunca imaginei ver isso no Brasil. Minha querida, é algo muito triste, algo que não consigo descrever. Somos muito pequenos frente aos problemas que podem nos envolver”- declara o policial.
Condomínio do Lago antes da tragédia
A estimativa é de que mais 500 corpos ainda estejam soterrados, segundo o policial voluntário. No local, diz ele, “as geladeiras são caminhões frigoríficos que ficam na porta do ginásio. Para ter uma ideia, somente em Teresópolis tem cinco caminhões em frente ao ginásio, todos com corpos”.

Ao todo, da Força Nacional (FN), estão nas áreas atingidas 95 bombeiros, além de 130 policiais que trabalham com o auxílio de cinco aeronaves e retro-escavadeiras.
Condomínio do Lago totalmente destruído
Demonstrando muita emoção, o policial da FN complementa. “Pense na dor e no pranto desse povo. Não há quem não se comova. Afinal, crianças, idosos e famílias inteiras se acabaram. Enfim, alguns corpos adultos são encontrados abraçados com as crianças no intuito de protegê-las. Mas, todos se foram”.
Neste local, que era uma casa, os pais e dois filhos morreram
O trágico é que além de toda a situação, muito corpos que foram encontrados, ainda não foram reclamados pela família, porque toda a família se foi, afirma o militar voluntário da Força Nacional.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Bombeiro salva vidas e recebe agradecimento especial

O bombeiro tinha acabado de salvar uma Doberman de um incêndio em sua casa, colocando-a para fora da casa para o jardim, e, em seguida, continuou a combater o incêndio.
Quando finalmente foi extinto o incêndio, sentou-se para tomar fôlego e descansar.
Um fotógrafo do jornal News of North Carolina, reparou o cão ao longe olhando para o bombeiro.
Ele viu a Doberman andar em linha reta para o bombeiro e perguntou o que ela faria.
Então, ele levantou a câmera, o animal se aproximou do homem cansado, que tinha acabado de salvar sua vida e as vidas de seus bebês. O fotógrafo capturou o momento exato do beijo de agradecimento ao bombeiro salvador.
Fonte: appensamentosaovento.blogspot.com

Gangue ataca policiais com granada

Traficantes do Bairro da Penha, em Vitória ES, jogaram uma granada de efeito moral contra policiais militares que faziam patrulhamento na região na noite de quarta-feira. Como os criminosos não destravaram o artefato, ele não foi detonado.
Os policiais contaram que passavam pelo beco Santo André, quando viram seis homens manuseando a granada. Logo que os acusados perceberam a presença da polícia, tentaram fugir.
Para escapar, eles jogaram a granada na direção dos militares e saíram correndo para uma mata que fica nas imediações.
Os quatro policiais que integram a 3ª Companhia (Praia do Canto) do 1° BPM (Vitória) foram atrás do bando, mas eles conseguiram escapar. O atentado aconteceu às 22h30.
O cabo Gilcimar de Paula informou que o ponto da abordagem não tem iluminação e que, quando os bandidos lançaram a granada, acreditou que o artefato fosse explodir.
"Nossa reação foi a de correr atrás dos marginais. Esse é o nosso serviço. Circulamos nos pontos de tráfico de drogas para impedir que a venda seja feita para prender os responsáveis pelo comércio "ilegal", explicou o militar.
Após a fuga dos bandidos, os policiais fizeram buscas na região e a granada foram levadas para o Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Vitória.
Investigadores da Delegacia de Armas e Munições e Explosivos (Dame) informaram que, em uma análise preliminar, foi constatado que o artefato não tem poder de explosão mas de efeito moral, que pode causar irritação na pele e nos olhos.
Os policiais acreditam que a granada lançada pelos bandidos condicione gás lacrimogêneo, o que poderá ser confirmado quando a perícia for realizada.
Eles informaram que o produto é fabricado no Brasil. No entanto, mais detalhes sobre a origem do material não puderam ser coletados porque a numeração está raspada e a granada foi pintada.
Fonte: A Tribuna

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

PEC 300 é uma das prioridades do novo Congresso


Pesquisa realizada pelo INSTITUTO FSBPESQUISA objetivando mapear a agenda legislativa do próximo Congresso Nacional revela que a PEC 300 está entre as quatro matérias principais definidas espontaneamente pelos congressistas.

Ao ser perguntado de forma espontânea (onde não são apresentados os temas), Qual é a principal matéria que o parlamentar gostaria de votar no 1º semestre de 2011, a PEC 300 (7%) figura entre os quatro primeiros temas, ficando atrás da reforma política (66%), reforma tributária/fiscal (49%) e Código/Reforma Florestal (10%).
veja na íntegra a pesquisa do Instituto FSB

Justiça dá liminar e suspende pagamento da PEC 300 em janeiro

A Justiça da Paraíba deu liminar nesta quinta-feira (20) ao governo do estado para que o desobrigue de pagar a PEC 300 no mês de janeiro até que se julgue o mérito da Ação movida pelo Ministério Público do Estado.

O MP pediu a ilegalidade da PEC 300 ao mover uma Ação Civil Pública questionando a legalidade e a constitucionalidade das leis 9.245, 9.246 e 9.247 que tratam de reajuste para os policiais. A decisão foi tomada pelo juiz Antônio Eimar, que responde pela 6 Vara da Fazenda na Capital, no final da tarde.

Eimar alega que há fortes indícios que o estado será prejudicado pela entrada em vigor da lei, e que poderia comprometer serviços de obrigação da Administração Pública.

Nesta quinta-feira o secretário da administração estadual, Gilberto Carneiro, já havia afirmado que estava esperando a decisão para poder fechar a folha de janeiro.

Fonte: paraiba.com.br

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Ameaça a PMs no Espírito Santo leva a prisão de jovens de classe média

A criminalidade no país está tão grande que muitos bandidos nem temem mais a presença dos policiais.

No bairro de Jardim Camburi, situado na capital do Espírito Santo, oito jovens e adolescentes de classe média foram presos por ameaçar policiais através de músicas divulgadas na internet. Por trás das ameaças, estaria o envolvimento deles com o tráfico de drogas.

“Bonde dos Xerebedels” ou “Bonde do Village”, como são conhecidos, produzem letras de músicas de funk ameaçando a morte de PMS, principalmente dos que atuam na 4ª Companhia da Polícia Militar.

Em trechos das músicas ressaltam:

“Hoje eu acordei com ódio
Preparado pro combate
Hoje é dia do ataque
[...]
E o nosso primeiro alvo
É o DPJ da PM
[...]
Nós que somos traficantes
[...]”.
E mais:          
“E se mexer com nós,
Nós corresponde
[...]
E pode até ser morto
                                                                  [...]”

Tamanho é o destemor em relação à Polícia Militar que o grupo, já há algum tempo, vem divulgando na internet algumas de suas letras que fazem apologia ao crime e mostram a intenção dos jovens em atacar o posto policial. “Na letra de uma das músicas cita os nomes dos PMs e ainda diz como eles seriam mortos: com tiro no rosto, na cabeça e nas costas”.

As letras são totalmente ofensivas, tanto para os combatentes da criminalidade, quanto para a sociedade.

A audácia e a petulância são tamanhas que os criminosos criaram na internet comunidade para passar informações de quem tem droga para vender, valor e quantidade vendida por dia. Se a intimidação não bastasse por aí, eles ainda divulgavam fotos de armas, munição, maconha, pichações de muros e siglas dos Condomínios Village Camburi e Atlântica Ville.

O Delegado André Luiz Cunha, responsável pelo caso, acredita que a prisão desses jovens servirá de advertência para outros que têm a ilusão de pertencer a algum grupo: “Todo tipo de associação ao tráfico, seja uso ou comércio, configura crime, e quem colabora, acaba punido”, ressaltou.

A operação que resultou nas prisões foi realizada por policias da Divisão de Homicídios do Grupo de Operações Especiais (GOT) da Polícia Civil e da Polícia Militar que ressaltaram, ainda, que não deixaram se intimidar pelos criminosos e que o combate ao tráfico vai continuar.

Fonte: A Tribuna e A Gazeta.