A cidadã Ana Cristina me enviou, através do formulário de contato, o texto abaixo. Peço aos policiais militares do Rio de Janeiro que o encaminhe ao Sr. Cmt do 18º BPM/PMERJ ou até mesmo ao Comandante-Geral.
Meu nome é Ana Cristina e fui a vítima de uma assalto que está saindo nos jornais de hoje (Pálio prata roubado na Araguaia). Gostaria de, se possível, levar pessoalmente ao conhecimento do comandante do 18º Batalhão da Polícia Militar que, na data de 18 de outubro de 2010, por volta das 17h30, fui vítima de ação criminosa de bandidos que me abordaram na Rua Araguaia, próximo ao Frutas da Freguesia, com o carro em movimento, sob ameaça de morte.
Sob a mira de 2 armas de fogo, tentei abrir a porta do carro e, ao mesmo tempo, o bandido forçava a abertura do carro por fora, o que fez o carro travar. Depois de uns 2 minutos de pânico e sem conseguir abrir a porta, tive a ideia de sair pela porta do carona. Quando eles estavam prestes a apertar o gatilho, sai do carro sem sapatos e muito nervosa.
Num Rio de Janeiro marcado pela violência e por relações cada vez mais individualistas, as ações que apontam para a valorização da vida devem ser mostradas, como forma de reafirmar que, apesar de todas as dificuldades, ainda temos muitas pessoas especiais.
Testemunhas que presenciaram vieram até mim e nem me dei conta que alguém havia ligado para polícia. Imediatamente após o assalto, passou pelo local a viatura de numero 54-3832, do 18º Batalhao, do sub-setor A, composta pelo sargento Valle e Cabo Simões. As pessoas tentaram pará-la, sem sucesso, no entanto essa viatura retornou e o policial que estava no carona já gritava: "Qual a placa do carro que foi roubado agora!". Informei a placa e eles retornaram descendo a rua novamente com a sirene ligada.
Fui para casa de uma pessoa que me ajudou na rua, a qual me emprestou sapatos e dinheiro para pegar um táxi. Liguei da casa dela para avisar minha família e para uma amiga cujo marido é policial militar. Às exatamente 17h40, fui informada pelo marido de minha amiga que meu carro fora achado. O carro foi visto pela viatura 54-3619, do setor A da UPP, composta pelo Soldado Ramos e Soldado Gabriel, na estrada do gabinal. Essa viatura retornou, e os bandidos perceberam que estavam sendo seguidos; entraram em um condomínio onde, finalmente, foram detidos em flagrante.
Quando cheguei à delegacia, ainda muito nervosa, apesar da dor, do desespero e da revolta que esse roubo gerou, tive a oportunidade de conhecer os policiais militares que, o tempo todo, me dirigiram palavras de conforto. Fui recebida por exemplos de profissionais que, além de terem armado um cerco e resgatado o carro em 10 minutos, me trataram com muito profissionalismo e respeito. Policiais militares equilibrados, educados e competentes, que atuaram com pronta ação e muita coragem, demonstrando elevado nível profissional, o que nos enche de orgulho da nossa Polícia Militar. Profissionais estes que são pouco valorizados, pois eu mesma mudei meus conceitos a partir de hoje. Recebi meu carro inteiro e com todos os pertences dentro.
Muitas vezes a própria sociedade não reconhece o trabalho dos policiais que, cotidianamente, se expõem às mais diferentes situações, enfrentam desafios e, devido à ação de alguns que não cumprem com suas obrigações, acabam sendo desvalorizados.
Deste modo, utilizo-me desse espaço para externar toda gratidão a esses policiais que não mediram esforços para deter bandidos, que me mostraram o lado humano da Polícia Militar, por meio de um trabalho sério, responsável, comprometido com o bem-estar da cidade.
Agradeço primeiro a Deus, por nada de ruim ter me acontecido, em segundo agradeço a esses quatro policiais que hoje sao merecedores de minha gratidão. Que Deus abençoe, fortaleca e ilumine todos eles e suas famílias, para que possam seguir trabalhando de forma tão ágil e digna. Meu muito obrigado a todos os policiais envolvidos.
Sargento Valle
Cabo Simões
Soldado Ramos
Soldado Gabriel
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