Fonte: ABSMSE
Eles chegaram a chorar ao ouvir a decisão. Samuel, Vieira, Edgar e Prado foram inocentados por três votos a dois
Durou cerca de 5 horas o julgamento dos sargentos da PM Alexandre da Silva Prado, Edgar Menezes Silva Filho, Jorge Vieira da Cruz e do capitão Samuel Alves Barreto, que foram acusados de crime de motim por promoverem uma manifestação em abril de 2009 em frente ao Palácio do Governo. O julgamento aconteceu na última sexta-feira, 15, na 6ª Vara Criminal, e contou com a presença de amigos, políticos, familiares e diversos policiais militares.
O promotor de Justiça Jarbas Adelino afirmou que os militares tinham conhecimento de um Boletim Geral Ostensivo - BGO - publicado pelo Comando Geral da Polícia Militar proibindo qualquer reunião de policiais militares de caráter reivindicatório na manhã do dia 16 de abril de 2009. Segundo a denúncia do Ministério Público, os militares se reuniram nas proximidades do Palácio do Governo para fazer reivindicações salariais e depois foram em carreata para a sede da Secretaria de Estado da Administração - Sead.
Já a defesa deles alegou que os militares foram até o Palácio do Governo apenas para informar que não haveria mais reunião naquele local, já que teria ficado acordado com o comandante geral que aconteceria uma reunião com os militares e representantes do Governo do Estado. De fato, o Cinform acompanhou as negociações e nenhuma manifestação aconteceu em frente ao Palácio do Governo, e sim em frente à Sead. O julgamento de um militar é diferente de uma pessoa normal.
CONSELHO
Ao invés dos jurados, é montado um Conselho Especial da Justiça Militar que é composto por oficiais da própria PM. A decisão sobre o futuro dos quatro acusados foi apertada. O juiz Diógenes Barreto começou a votação e decidiu pela condenação dos quatro policiais, E seu voto foi seguido pelo major César Luiz Lima Bispo. Com dois votos a zero, os militares começaram a se preocupar com a decisão final. Mas o tenente-coronel Augusto Cesar de Oliveira Santos, a tenente-coronel Fátima Cristina Dias Arnaldo e o major Valmir Souza Cruz julgaram improcedente o pedido de punição dos acusados.
Emocionados, os líderes do movimento Tolerância Zero se abraçaram e choraram muito. O sargento Edgar Menezes disse que um peso foi tirado das costas dos militares. "Poderíamos pegar quatro anos de prisão ou até perder o emprego. Quando a gente senta no banco dos réus é que vemos como a situação é ruim", afirmou. Mas o sargento garante que não ficou arrependido pela luta que travou em prol do salário dos policiais. "Hoje o policial tem dignidade, dinheiro pra ter um carro e uma casa. Tudo valeu a pena", explicou Edgar.
"Um policial me procurou depois do julgamento e disse: 'Sargento, você matou a minha fome'. Não tem coisa mais gratificante do que isso", afirmou Edgar. Já o sargento Vieira, representante da Caixa Beneficente, disse antes do julgamento que caso fossem condenados a culpa era do Governo do Estado. "Pais de família estão nessa situação por culpa do Governo do Estado, que usou do poder para humilhar trabalhadores", disse Vieira. A decisão do julgamento ainda cabe recurso, mas o promotor Jarbas Adelino ainda não decidiu se entrará com o pedido neste sentido.
Fonte: Cinform
PMs de todo o brasil nesta segunda havera debate dos candidatos na RECORD
ResponderExcluirVAMOS MANDAR E-MAIL PARA R7.COM COBRANDO A PEC 300