Fonte: A TARDE
George Brito
Os policiais civis baianos decidiram por unanimidade, em assembleia realizada nesta sexta-feira, 14, entrar em greve por tempo indeterminado caso a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 446/300, de 2009, não seja votada no Congresso até a próxima terça-feira, 18. A PEC prevê a criação em todo o País de piso salarial para policiais civis, militares e bombeiros em R$ 3,5 mil, nível médio, e R$ 7 mil, nível superior.
"Se o piso nacional não for votado, a partir da zero hora do dia 19, entraremos em greve por tempo indeterminado", afirmou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc), Carlos Lima. A decisão referenda a proposta de greve da Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), feita na quinta, 13, pelo presidente da Cobrapol, Jânio Gandra, após audiência pública na Câmara dos Deputados.
Conforme o site da confederação, também aderiram ao indicativo de greve os sindicatos dos estados do Acre, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Paraíba e Alagoas. Na Bahia, o indicativo também considera outros aspectos, informou Carlos Lima. "Se os parlamentares não acelerarem a votação que cria os cargos da nova cadeia pública, também entraremos em greve, independente da paralisação nacional. Continuamos tomando conta de preso, e isso não vai durar muito tempo", disse.
O presidente do sindicato afirmou ainda que caso haja qualquer "perseguição" por parte do governo, a exemplo de transferências "absurdas", como punição pelo indicativo, nova greve poderá ser deflagrada. No Estado, existem aproximadamente cinco mil policiais civis entre agentes, investigadores, peritos técnicos e escrivães.
O secretário estadual de Segurança Pública, César Nunes, afirmou que as negociações estão em andamento. "Espero que não se queira resolver tudo à base de greve. Espero que nossos policiais entendam que esse não é o melhor momento para uma greve", afirmou.
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