sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

PMs pedem equiparação salarial com colegas do DF

Ricardo Lopes
Manifestação reuniu mais de 300 veículos que percorreram a região central de Maringá. Um soldado aqui ganha R$ 1,8 mil; no Distrito Federal, R$ 4,5 mil.
Edson Pereira da Silva
epereira@odiariomaringa.com.br
Carreata de policiais militares: por melhores salários
Uma carreata composta por policiais militares, entidades civis e autoridades públicas agitou e paralisou ontem o tráfego das principais vias de Maringá. A manifestação teve por objetivo reivindicar que os policiais militares do Paraná passem a receber o mesmo patamar salarial praticado para oficiais e soldados do Distrito Federal. Os PMs querem que seja aprovada no Câmara Federal a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de número 300 ainda este ano, o que possibilitaria a equiparação a partir de janeiro do ano que vem.

Um soldado em início de carreira no Paraná recebe R$ 1,8 mil de salário. No DF, o salário de um soldado é de R$ 4,1 mil. Entre os oficiais, a disparidade salarial também ultrapassa o dobro da diferença, um segundo tenente recebe no PR R$3 mil e no DF, R$ 8,71 mil.

O segundo-tenente do 5º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Maringá Eriksen Mafra lembrou que sobre salários dos soldados do PR ainda incidem descontos, restando um líquido de aproximadamente R$ 1,5 mil.

Soldados presentes à manifestação, que reuniu mais de 350 veículos, comentavam que a única saída para saldar os compromissos financeiros é a realização do “bico”, prestando serviço de segurança nos horários de folga em empresas, comércio em geral e casas noturnas.

Mafra comentou que dados da PM apontam que a maioria das mortes de policiais acontece na hora de folga, justamente quando alguns optam a fazer o “bico”. A cada 17 horas um policial militar é morto no Brasil, seja em serviço ou em folga.


Comitê

As cidades de Maringá, Sarandi e Paiçandu formaram o Comitê pela Aprovação da PEC 300. Participam da organização o Sindicato Estadual dos Professores, Sindicato dos Trabalhadores em Energia Elétrica de Maringá, servidores municipais de Maringá e Paiçandu, Central Única dos Trabalhadores (CUT), além de vereadores petistas dos três municípios.

O vereador de Maringá Humberto Henrique (PT) disse que o objetivo do Comitê é sensibilizar a sociedade de Maringá e região sobre a situação salarial dos policiais.

Ele ponderou que, pela violência enfrentada pelos policiais diariamente, o valor do salário deveria ser proporcional ao serviço que prestam à sociedade, inclusive, correndo risco de morte.

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