Por: Capitão Assumção
Fazer uma pequena retrospectiva do que aconteceu em Brasília nesses dias 9 e 10 é importante, principalmente porque as próximas ações exigirão um caráter excepcional de praticidade e não de lero-lero. Toda a conversa fiada que se viu na última terça e quarta foi uma repetição de uma etapa que já havíamos superado em um passado recente. voltamos atrás.
Com o desenrolar das manifestações concentradas dentro de um único espaço, auditório Nereu Ramos, no primeiro dia (9), obviamente que o movimento ganhou densidade mas ao tempo em que se multiplicavam os oradores para pronunciar as suas falas o tempo ia passando e o objetivo imediato ia perdendo o foco: a coleta da assinatura do único líder que faltava, o do PT, deputado Paulo Teixeira (PT/SP). Quando foi formada uma comissão, por iniciativa do deputado Mendonça Prado (DEM/SE), diga-se de passagem, um grande guerreiro dos bombeiros e policiais brasileiros, o grupo de representantes de diversos estados, ao localizar o líder do PT, obteve um belíssimo “não” como resposta.
Ora, diante da recusa do deputado Paulo Teixeira (PT/SP) em assinar a colocação na pauta da PEC 300, ficou nítido que esta etapa estava queimada. Diante desse quadro, os bombeiros e policiais, acantonados dentro do auditório, ouviram muitas propostas mas somente uma, concreta, vai tirar o sono do deputado Marco Maia (PT/RS) e do governo federal: a retirada dos nomes dos parlamentares que compõem a disfarçada “Comissão Especial da PEC 300”, fantasia criada ano passado para aniquilar de vez a PEC 300. com essa sugestão, imediatamente muitos parlamentares vieram até o plenário retirar o seu nome do rol dessa comissão “enrolativa”. O resto das ações foi uma repetição dos movimentos anteriores já acontecidos dentro da Câmara: muita enrolação.
No momento da recusa de Paulo Teixeira (PT/SP) em assinar a inclusão, adotou-se a já costumeira ida ao presidente da Câmara, deputado Marco Maia, mas para o dia seguinte. Sugeri, por conhecer as artimanhas dos deputados aliados ao governo federal, que os bombeiros e policiais fizessem os seus protestos dentro do plenário da Câmara, já temento um desenrolar enfadonho, mas fui voto vencido. Estabeleceu-se que todos dormiriam no auditório para no dia seguinte ouvirem o blá blá blá de Marco Maia. Tal fato aconteceu. O presidente Marco Maia colocou todos no bolso. Com um detalhe: ainda tripudiou. Posou para foto ao lado dos representantes e concluída a farsa declarou para a mídia corporativa que ele “permitiu” que os manifestantes “dormissem” no auditório Nereu Ramos e que não admitiria mais tal constrangimento.
Para piorar, Marco Maia forçou uma desarticulação do movimento ao lançar mão de uma frase que já virou jargão nesses dois anos de PEC 300: “não será aprovada na marra.” O entristecedor disso é que algumas lideranças acharam que foi um avanço. Outros falaram que agora a coisa ia andar e que imaginavam poder marcar uma audiência com a Dilma e inforrmar-lhe (como se ela não soubesse de nada) que tinham propostas de fundo para prover os recursos para complementar salários. Perdeu-se o foco. A meta é concluir a votação, não é informar ao governo de onde sairão os recursos. Ele tem 180 dias (seis meses) para fazer isso. Acorda bombeiro, acorda policial.
Com o segundo dia sem qualquer tipo de avanço, com exceção da retirada dos nomes de alguns deputados que compunham a famigerada “Comissão da PEC 300”, para destruírem-na em seu nascedouro, não restou outra saída para os manifestantes senão colocar a viola no saco mais uma vez e retornar para casa.
Durante toda a existência da Câmara dos Deputados em Brasília, as votações mais polêmicas só aconteceram por muita pressão. Literalmente “na marra”. E com a PEC 300 não será diferente. Gastar os parcos recursos dos bombeiros e policiais para bancar idas e vindas na Câmara para ficar ouvindo conversa fiada de deputados já cansou. Infelizmente, só respeitarão os destemidos héróis da nação se houver um recrudescimento nas ações. Hoje, o pequeno grupo de parlamentares que barra a votação em segundo turno da PEC 300 está pagando para ver. nos seus pensamentos paira a certeza de que bombeiros e policiais, disciplinados que são, nunca radicalizarão. Mas PEC 300 só será votada na marra.
As "RAPOUSAS VELHAS"do governo são especialistas em desarticular movimentos que lhes são contrários.Mas a questão agora está claríssima que estamos cometendo um erro em continuar verbalizando com pessoas que não têm compromisso com a causa,nem tampouco com a sociedade.Eles estão tripudiando em cima de todos,especialmente daqueles que foram até lá em Brasília.Estão convictos de que o movimento está amordaçado e perderá forças,mas vamos provar que eles estão enganados saindo do discurso para ação concreta.Sabemos que nenhuma conquista significativa dos trabalhadores NO PLANETA foi conseguida sem CONFRONTOS.Diante do esposto na capital do país era para termos o mínimo de respeito desses "senhores"que são nossos representantes mas,ao invés disso insultaram nossas inteligências e nossa paciência opostando que nos acovardaremos e recuaremos.Eles estão pagando pra ver até onde a classe que é reconhecida como exemplo de disciplina vai com essa questâo.Mas,ser diciplinado não implica ser acomodados!
ResponderExcluirCOCORDO PLENAMENTE COM O COMENTÁRIO ACIMA.AGORA É A HORA DE SEPARARMOS OS HOMENS DAS CRIANÇAS.FICAR DE TROLOLO COM ESSE PEESSOAL JÁ FOI ALÉM DAS MIMNHAS FORÇAS,SE É GUERRA QUE ELES QUEREM ENTÃO SERRÁ GUERRA QUE ELES TERÃO!!!!!!!!!NÃO SE FAZ UM OMELETE SEM SE QUEBRAR ALGUNS OVOS!!!!
ResponderExcluirTramita na Câmara a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 63/11, do deputado Mendonça Prado (DEM-SE), que busca recursos para pagar o aumento salarial dos policiais e bombeiros militares.
ResponderExcluirFONTE AGENCIA CAMARA
GANHAMOS MAIS UMA PEC PARA LUTAR.INCLUSIVE POR QUE ESTA NÂO CITA APOSENTADOS E PENSIONISTAS. MELHOR INCLUIR JA!
Falei ontem para a Cobrapol,
ResponderExcluirFica atenta com este presidente da Câmara, Marco Maia, homem de 2duas palavras, 2duas caras, 2dois partidos ...
Ele vai querer empurrar para o ano que vem, se não se mexer vamos ver a banda passar.
Como bem disse o Cap Assunção. Estamos perdendo o foco... temos que não arredar o pé de lá de dentro até sair alguma coisa de concreto. não foi pra lá, que continuem as manifestações em todo o território nacional. Tem que dar mídia, jornal nacional e etc, mas tem que bater muito tempo (agua mole e pedra dura...).
ResponderExcluirOutras reportagens que ilustram o que eu disse:
ResponderExcluirhttp://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/8/11/tombini-defende-rigor-fiscal
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/8/11/politica-fiscal-rigida-e-essencial-para-pais-atravessar-a-crise-global
http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,governo-tem-pelo-menos-r-1-trilhao-para-proteger-brasil-da-crise,79844,0.htm
Não se enganem com os números da 3ª reportagem (1 trilhão de reais). Esses recursos só poderão trazer resultados satisfatórios caso o governo mantenha o seu rigor fiscal e BAIXE OS JUROS. Para que o governo baixe os juros ele precisará de um cenário interno e externo favorável, o que EXIGE RIGOR FISCAL
Por favor, leiam
Lavínia
Ninguém está dizendo que os policiais e bombeiros do país não merecem melhores salários: Sim, os policiais ganham mal no Brasil.
ResponderExcluir.
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Porém,o momento que vocês escolheream para pressionar a União e os Estados não poderia ser pior. Medidas desse porte irão prejudicar seriamente as contas públicas do país em 2012, 2013 e 2014, anos que serão de turbulências econômicas globais muito sérias.
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Lembrem-se: Nós ainda estamos atravessando a crise iniciada em 2008, com a quebra do banco Lehman Brothers, apenas estamos agora em um novo estágio.
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NESTEmomento, o governo PRECISA manter os gastos públicos em ordem, sem sobressaltos, para que o país possa tomar medidas anti-crise com boa margem de manobra, possivelmenmte abrindo caminho para a queda dos juros nos próximos meses, para que a economia como um todo do país possa reagir à crise externa.
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Vocês merecem sim, ganhar mais, mas esta é uma situação-limite, não é o momento apropriado para essa demanda, assim como não é o momento para o aumento dos salários do Poder Judiciário
São demandas legítimas, mas POR HORA, são inoportunas.
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Não é nem um pouco difícil COMPREENDER a situação que o mundo hoje vivencia, basta olhar os jornais, brasileiros e estrageiros, para constatar a complexidade do momento, vendo osriscos e oportunidades que ele agrega para o Brasil: A título de exemplo, vejam:
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/8/11/uma-janela-de-oportunidades
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/8/11/dilma-atribui-efeito-domino-ao-judiciario
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18206
Obrigada a todos!
Lavínia
Chega de falsos politicos agradando policiais e familiares em epoca de eleições para somarem votos nas urnas eleitorais. Nos policiais, bombeiros da ativa, reserva,reformado e pencionistas,ja esta na hora de lancarmos o partido politco dos policiais e bombeiros militares.Lancando candidatos a presidencia, governo, senado, deputados federais e estaduais, prefeituras e vereadores, PEC 300 foi bandeira de muitos candidatos e elegerem na ultima eleição, para chega.
ResponderExcluirEu estava lá nos dias 9 e 10 e percebi que essas idas e vindas estão nos desgastando e que estamos sendo enrolados. Acho que deveríamos ter fechado as duas Avenidas em frente ao Congresso e o Palácio do Planalto, talvez assim teríamos chamado a atenção. Diante do descaso do PT com a PEC 300, penso que devenos radicalizar e mostrar a nossa força e provarmos para eles que estão duvidando da nossa capacidade de mobilização. Eu acredito na PEC 300.
ResponderExcluirSgt Eleno - Ref PM Ms
LAVÍÍÍÍÍNIAAAAA???????... ACORDA MULHER... TEMOS QUE BRIGAR PELO QUE QUEREMOS... SE FOSSE O PT OPOCIÇÃO GARANTO QUE JÁ TÍNHAMOS CONSEGUIDO O QUE QUEREMOS... POLICIA LEGAL JÁ. EM TODO O BRASIL. SÓ SAIR ÁS RUAS PARA TRABALHAR EM COMFORMIDADE COM A LEGISLAÇÃO. DO CONTRÁRIO AQUARTELADOS, DEVIDAMENTE FARDADOS E AGUARDANDO SENTADOS.
ResponderExcluirLavínia para um país que desvia 70 bilhões em corrupção aumentar os salários de quem realamente trabalha não é nada, dinheiro tem é só saber onde colocar....
ResponderExcluirabs