terça-feira, 9 de agosto de 2011

Policiais e bombeiros acampam em auditório da Câmara em defesa da PEC 300

Gustavo Lima

Os bombeiros e policiais esperam uma solução para a aprovação do piso salarial da categoria.
A manifestação desta terça-feira de policiais e bombeiros, na Câmara, em favor da aprovação de um piso salarial para a categoria, virou vigília. Os agentes de segurança decidiram elevar o tom das ações e permanecer no Auditório Nereu Ramos até que seja definida a votação, em segundo turno, do piso salarial de policiais e bombeiros (PECs 300/08 e 446/09). “Esse já é um espaço ocupado. Só saímos daqui com a votação”, enfatizou um dos líderes do movimento, o cabo Benevenuto Daciolo, bombeiro do Rio de Janeiro.
A reunião chegou a ter momentos tensos, com ameaças de invasão ao Plenário e ao Salão Verde, mas essas iniciativas foram desfeitas com a intervenção do presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, Mendonça Prado (DEM-SE), e dos demais deputados, que conseguiram uma reunião entre os manifestantes e o presidente da Câmara, Marco Maia, para a manhã desta quarta-feira.
Daciolo anunciou ainda que os bombeiros cariocas vão iniciar um regime de aquartelamento, manifestação em que a categoria ficará recolhida nos quartéis. Segundo ele, outros estados também aderiram à manobra, que ele espera se tornar um movimento nacional.
Estratégias
Ao invés de apenas pressionar os líderes partidários para a inclusão da proposta em pauta, como faziam nas últimas reuniões, os bombeiros do Rio de Janeiro pediram a renúncia dos deputados que compõem a comissão especial de segurança publica, criada para analisar todas as propostas do setor, inclusive a PEC 300.
Seis deputados decidiram abrir mão da vaga da comissão, composta de 26 titulares e 26 suplentes: Otoniel Lima (PRB-SP), Lincoln Portela (PR-MG), Delegado Protógenes (PCdoB-SP), Andre Moura (PSC-SE) , Lourival Mendes (PTdoB-MA) e João Campos (PSDB-GO). “Essa é uma comissão que obstrui a PEC 300 e nós vamos fazer que cada parlamentar renuncie hoje a sua cadeira no colegiado”, disse o cabo Daciolo.
Beto Oliveira

Os policiais e bombeiros ameaçam paralisar obras da Copa, caso não tenham reivindicações atendidas.
Por outro lado, os policiais civis ameaçam paralisar as obras de um dos estádios da Copa do Mundo de 2014, proposta recebida pelos manifestantes aos gritos de “sem PEC, sem Copa”. “Vou mandar um recado aos governantes, de que vamos paralisar as obras da Copa com carros de som e com o apoio de sindicatos da construção civil. E a capital de manifestação já foi escolhida”, avisou o presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), Jânio Bosco Gandra.
O líder do PR, Lincoln Portela, avaliou que o clima de enfrentamento de policiais e bombeiros é apenas uma reação à inércia da Câmara sobre a proposta. “A PEC já foi aprovada e nada impede que ela seja votada”, disse o líder.
Oposição do PT
Já o deputado Mendonça Prado disse que está “frustrado” com a oposição feita pela liderança do PT, único partido que não assinou o documento pedindo a inclusão da proposta em pauta. “Não é possível que, numa democracia, a maioria de deputados representados por todos os líderes que assinaram o documento fiquem reféns de um único partido. Se o governo não queria votar, não votasse o texto em primeiro turno antes da eleição para, depois, engavetá-lo”, disse o deputado.
Segundo ele, assinaram o documento os líderes Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN); Ana Arraes (Bloco PSB/PCdoB/PTB); Lincoln Portela (Bloco PR, PTdoB, PRTB, PRP, PHS, PTC, PSL; Ratinho Júnior (PSC-PR); Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA); Nelson Meurer (PP-PR); Giovanni Queiroz (PDT-PA); Sarney Filho (PV e PPS); Chico Alencar (PSOL-RJ); Lourival Mendes (PTdoB); e Duarte Nogueira (PSDB-SP).

O líder do PT, deputado Paulo Teixeira (SP), disse que precisa conversar com os governadores antes de tomar qualquer decisão. A maior oposição ao texto é dos governos estaduais, preocupados com o impacto financeiro da proposta, apesar de o texto aprovado não mencionar valores. Enquanto os estados com os maiores salários pagam R$ 4 e R$ 3 mil para policiais em início de carreira, muitos estados remuneram o setor com pouco mais de R$ 1 mil e não gostariam de ver o valor nivelado por cima.
Para tentar atacar esse setor, Mendonça Prado, com o apoio da Comissão de Segurança Pública, apresentou uma proposta que cria o Fundo Nacional de Valorização do Profissional de Segurança Pública (PEC 63/11), que será composto por 5% do Imposto de Renda e 5% do Imposto sobre Produtos Industrializados. “São R$ 40 bilhões para financiar um salário digno”, defendeu.

5 comentários:

  1. So nos viuva.
    Podemos dizer ao shr dep.cOMO E TRISTE A PERCA DO NOSSO MARIDO.JA NUNCA VI ELE SENDO REALMENTE RESPEITADO COMO UM GRANDE HOMEM QUE SERVIU COM SUA PROPRIA VIDA A POPULAÇAO DO PR.
    AGOARA NEM VENDO ESTES PAIS DE FAMILIA JORANDO ELES NÃO SABE COMO E TRISTE ISSO PARA NOS DA FAMILIA VER.
    ELES NÃO NAO VEREM SE A FAMILIA DELES NAÕ PASSAM POR DIFICULDADE E COM NOSSO VOTO.
    AGORA QUE CLAMAMOS O DELES FIJEM NAO NOS OVIREM

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  2. Que humilhação do caral..., tem que chorar e espernear para ver se votam essa PEC. Só a favor do quebra-quebra se for preciso, só chorar não faz efeito nesses políticos coração de pedra. Tais fatos, como os depoimentos dos videos, só servirão pra que esses políticos tenham assunto quando estarem comendo suas lagostas e champagnhe, e também só servirão para darem risadas de nossas caras. Paralisação já!! É viver ou morrer!!

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  3. MEU DEUS DO CÉU DESDE O ANO DE 2008 PARA CONVERSSAR COM OS GOVERNADORES A ESPEITO DA PEC300 E NADA ATÉ AGORA? OS POLÍTICOS ESTÃO PENSSANDO QUE OS PMS, BMS E PCS SÃO CRIANÇAS. É MUITA CARA DE PAU. ESTÃO FAZENDO HORA COM A NOSSA CARA.

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  4. pessoal. eu disse mais o menos 2 meses atras, se nao parar tudo mundo, todos os estados, a pec nao vai ser votada no segundo turno. se depender dos deputados do pt, ela nao vai ser votada nunca, eles estao no poder. olga gente nos temos que parar tudo, bombeiros, pm e civis, deixa o brasil ficar um caus, ai eu quero ver se eles vao votar ou nao. vamos lutar.

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