quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Estado tem 150 dias para regularizar escala de 40 horas

Polícia Militar e Bombeiros // Estado tem 150 dias para regularizar escala

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte tem um prazo de 150 dias para enviar um projeto à Assembleia Legislativa que regularize as escalas dos Policiais Militares e dos Bombeiros, conforme decisão do Tribunal de Justiça (TJ/RN) publicada na última terça-feira. Enquanto isso, o Estado deve estabelecer uma carga horária de 40 horas semanais para esses servidores. Segundo o presidente da Associação dos Praças da PM (Aspra/RN), Eduardo Canuto, a decisão atende a um pleito da categoria pelo direito ao policial trabalhar somente 160 horas mensais. "Alguns chegam a tirar 300 horas de serviço mensal, o que é um absurdo". Segundo o secretário estadual de Segurança Pública e Defesa Social, Aldair da Rocha, ainda está sendo estudado como atender à decisão judicial.

Eduardo Canuto explica que a decisão partiu de um mandado de injunção impetrado pela Aspra. A associação argumentava que não existe uma lei estadual regulamentando a carga horária ao qual o PM é submetido. Enquanto isso, alguns policiais chegavam a cumprir escalas de 24 horas deserviço, com 48 horas de folga, o que para o presidente da Aspra era exorbitante. "O problema dessa escala é a carga de estresse ao qual o policial é submetido. Nesse período o PM fica esgotado e seu atendimento à população é prejudicado devido ao cansaço sofrido". Ele lembra ainda que, segundo a Constituição Federal, o trabalhador pode ser submetido a uma carga máxima de 160 horas semanais.

O acórdão estabelecido pelo TJ/RN, cujo o relator foi o juiz Nilson Cavalcanti, determina que o Estado adeque a carga horária para PMs e Bombeiros para 40 horas semanais assim que for intimado a cumprir a decisão. Eduardo Canuto explica que, ainda que o governo venha a recorrer, tal medida não suspende a decisão. Ele afirma que a Aspra deve conversar com representantes do governo nos próximos dias para discutir a criação do projeto de lei que regulamente a carga, como exigido pelo acórdão.

O comandante da PM no estado, o coronel PM Francisco Araújo Silva, afirma ainda não ter sido informado oficialmente sobre a decisão epor isso prefere não se pronunciar. (Paulo de Sousa) Fonte: Diário de Natal

Com menor salário do Brasil, PMs ameaçam revolta no RS

Na madrugada desta quarta-feira, policiais queimaram pneus e protestaram em rodovia cobrando aumento salarial

De um lado, policiais da Brigada Militar (BM) queimam pneus, bloqueiam rodovias e pressionam por aumento salarial no Rio Grande do Sul. De outro, o governador do Estado, Tarso Genro (PT), afirma que a proposta não será apresentada enquanto houver protestos. Na próxima quinta-feira, às 10h30, uma reunião entre governo e manifestantes tentará solucionar um impasse incômodo à cúpula da segurança gaúcha. Conforme o presidente da Associação de Cabos e Soldados da BM, Leonel Lucas, se o aumento pretendido pela categoria não for assegurado, os protestos fugirão do controle.

"Estamos preocupados com a situação. Caso o governador não garanta o aumento, poderá acontecer uma revolta maior. Espero que ele venha com uma boa proposta, pois durante a campanha eleitoral nos foi prometido um salário de R$ 3,2 mil até 2014", disse Lucas. Um PM gaúcho recebe hoje R$ 1.170, o menor piso do País. A categoria quer reajuste escalonado, mas até o momento recebeu a oferta de apenas 4%. "Isso nós não aceitamos", afirmou o presidente da associação.

O chefe da Casa Civil gaúcha, Carlos Pestana, garantiu que haverá negociação mas ressaltou que definir uma proposta em meuio a protestos poderia representar "um incentivo a prática". "Não queremos passar a ideia de que esse tipo de protesto serve de elemento para definir o reajuste salarial. Do ponto de vista do governo, esse tipo de ação não ajuda. Acaba tirando legitimidade", avaliou.

Na madrugada desta quarta-feira, um grupo de policiais levou cartazes e queimou pneus nas BRs 386 (Canoas), 471 (Santa Vitória do Palmar) e 290 (Alegrete), exigindo o aumento. Na segunda-feira, os manifestantes já haviam queimado pneus em outros atos. Eles descumpriram um acordo feito com o governo na semana passada, em que ficou definida a suspensão dos protestos por cinco dias, começando pela última sexta-feira. A associação não soube dizer quem foram os responsáveis pelas novas manifestações.

Desde o início do mês, protestos semelhantes têm sido registrados em várias rodovias gaúchas, como as BRs 153 (Concórdia), 116 (Novo Hamburgo) e ERS-344 (Santa Rosa-Giruá). O governador Tarso Genro afirmou que, enquanto as manifestações continuarem, não há negociação. "Elas são justas, mas viemos alertando para que os policiais não percam o controle. A nossa proposta está pronta, só que enquanto continuar a queima de pneus, não vamos apresentá-la", ressaltou o governador, através de sua assessoria.
"Proposta beira o rídiculo"

O deputado Edson Brum (PMDB), que defendeu os PMs ontem na tribuna da Assembleia Legislativa, criticou Tarso Genro, dizendo que ele foi o responsável por criar uma crise de segurança ao oferecer uma proposta que "beira o ridículo". "Ele cometeu um estelionato eleitoral ao prometer salários acima de R$ 3 mil para a categoria. Oferecer 4% chega a beirar o ridículo. O governador deveria economizar em algumas pontas e ser mais justo, transferindo os aumentos dos cargos em comissão (CCs) para os policiais", disse o deputado.

"Os policiais já receberem quase 7% neste ano e deverão ser contemplados por mais duas parcelas até o fim do ano. Uma delas seria esta de 4% neste momento. Desconheço um governo que neste período tenha dado um percentual deste nível. O deputado (Brum) já participou de outros governos e sabemos que as reividincações não foram atendidas", argumentou Pestana.

A reunião entre a cúpula da segurança e a Brigada Militar ocorrerá na Casa Civil, que salientou que "a categoria tem todo o direito de se manifestar, mas o governo não concorda com a queima de pneus".

MAURICIO TONETTO Portal Terra
Direto de Porto Alegre

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Bombeiros protestam por melhores salários no Rio de Janeiro

Rio de Janeiro - Os bombeiros voltaram ontem (30) a ocupar a escadaria da Assembleia Legislativa do Rio. Eles protestam por aumento salarial e pela aprovação da anistia criminal aos que participaram das manifestações no mês de junho, quando houve a invasão do quartel central.

Um dos líderes do movimento, o cabo Pedro Ivo, cobrou aumento do piso da categoria para R$ 2 mil. “Nada mudou. O nosso salário continua o pior da Federação. O vale-transporte que foi dado, de R$ 100, não atende à real necessidade dos militares. Não tivemos reajuste e nossa anistia criminal ainda não foi votada. Nós ainda corremos o risco de sermos expulsos, porque [a anistia] ainda não foi sancionada pela presidenta [Dilma Rousseff]”, reclamou o militar.

A deputada estadual Janira Rocha (PSOL), uma das principais interlocutoras durante a crise passada, considerou que a retomada dos protestos é consequência da frustração com o adiamento da votação pelo Congresso da PEC 300, proposta de emenda constitucional que prevê um piso único às polícias e bombeiros de todo o país.

“Eles estão se rearticulando para lutar por um piso salarial. Houve um processo de mobilização, que foram a Brasília brigar pela PEC 300, mas o que ouviram do governo federal é que deviam pressionar os governadores. Então acho que eles estão seguindo o conselho”, disse a deputada.

O assessor chefe da Comunicação Social dos Bombeiros, coronel Hélio Oliveira, considerou normal a nova mobilização de parte da tropa, mas ressaltou que as reivindicações devem ser feitas “sem tumulto e dentro da ordem”. Segundo ele, as negociações com o comando da corporação prosseguem e atualmente os militares que têm mais de três anos de incorporação já ganham mais de R$ 2 mil, incluindo no cálculo uma gratificação de R$ 350 e os R$ 100 do vale-transporte.

Repórter da Agência Brasil
Edição: Rivadavia Severo

PEC 300: Oposição traída quer emperrar votação na Câmara

Autor: Capitão Assumção
Na semana passada diante da obstrução nas votações pela oposição, Marco Maia, a mando do governo, armou uma maracutaia se comprometendo em elaborar uma agenda nesta terça (30) para se votar temas de interesse do povo brasileiro em setembro. Mesmo não acreditando a oposição cedeu, votou-se a MP 533, de interesse do governo e, ontem (29), a tropa de choque do governo comandada pelos algozes da PEC 300, Idelli Salvatti e Cândido Vaccarezza, usaram os canais de comunicação e foram taxativos: como não fizeram o dever de casa, usando e abusando do dinheiro do contribuinte, alardearam que o momento era de prudência e que temas como PEC 300 e EC 29 não eram prioridades.

Chegaram ao cúmulo de noticiar em um portal de notícias que a PEC 300 já estava fora de pauta definitivamente no decorrer deste ano tentando jogar um balde de água fria nas mobilizações em prol da conclusão da PEC 300 dentro da Câmara. O terror que se apoderou desses algozes foi tamanho que reduziram os seus argumentos a imensas falácias como “de onde sairão os recursos” ou “os governadores não terão condições financeiras agora de agüentar esse impacto financeiro”.

É um baita de um engano. Até o mais moderno bombeiro ou policial sabe que ainda teremos grandes embates quando a matéria chegar no Senado. Não será fácil vencer as resistências do governo naquela casa que tem a maioria governista. E quanto tempo isso decorrerá? Ninguém sabe. Mas bombeiros e policiais querem continuar a luta no Senado. E, depois de aprovada a EC será promulgada pelo Congresso Nacional. SÓ DEPOIS DE PROMULGADA, O GOVERNO TERÁ 180 PARA ENTREGAR NA CÂMARA UM PROJETO DE LEI CONTENDO VALOR, FUNDO E ESTADOS QUE ESTARÃO SENDO COMTEMPLADOS COM A COMPLEMENTAÇÃO DO PISO.

A quem esses senhores querem enganar? Os formadores de opinião sabem que o piso talvez demore um ou dois anos para que, efetivamente, seja ato concreto na vida dos bombeiros e policiais. Esse é o grande erro do governo e de sua base dentro da Câmara: querem argumentar que a aprovação do segundo turno da PEC 300 vai inviabilizar o caixa do governo quando na sua essência, são extremamente contra a inclusão do piso salarial nacional para bombeiros e policiais na Carta Magna. O governo está pagando para ver.

A oposição, revoltada com a traição do partido do governo, promete radicalizar nas próximas votações se os compromissos assumidos na última quarta pelo deputado Marco Maia não se cumprirem. Todas as atenções estarão voltadas para hoje na reunião do colégio de líderes. Só depois desse encontro é que poderemos saber se o governo ganhou essa parada ou não. O momento agora é de ligar, mandar e-mail ou twitter para os líderes dos partidos que, antes do recesso, assinaram pela inclusão na pauta da PEC 300.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Governo quer dar golpe na PEC 300 para pagar juros da dívida pública

Votações da Emenda 29 e PEC 300 ficam indefinidas após anúncio de corte de gastos
Aumento de superavit primário deve adiar decisão sobre projetos que impactam o Orçamento. Oposição ameaça obstruir pauta do Plenário caso Emenda 29 não seja votada.

O anúncio de que o governo vai cortar gastos e aumentar em R$ 10 bilhões a economia para pagar juros da dívida pública, o chamado superavit primário, vai repercutir nas votações do Plenário. O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que não devem ser votadas neste ano propostas como a regulamentação da Emenda 29 (PLP 306/08), que garante mais recursos para a Saúde, e a criação de piso salarial para policiais e bombeiros (PECs 300/08 e 446/09). A oposição já ameaça obstruir os trabalhos.

Vaccarezza citou a presidente Dilma Rousseff, que, em reunião do conselho político nesta segunda-feira (29), pediu apoio aos partidos para que não criem despesas que não tenham fontes de receita. O objetivo, segundo o governo, é proteger a economia do País da crise internacional.

"A presidente Dilma pediu ao Congresso Nacional contribuição nessa caminhada do Brasil para enfrentar a crise. Nesse processo, ao aumentar o superavit, você não terá comprometimento de investimentos, mas não poderão ser criados gastos excedentes sem definir a fonte (para pagamento) desses gastos", disse o líder.

Emenda 29
Para o líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira (SP), a aprovação da Emenda 29 não vai comprometer Orçamento. “O próprio excesso de arrecadação vai permitir aumentar o superavit primário sem se descuidar da saúde”, disse. “O que o governo quer é fugir de qualquer compromisso que não seja aquele já estabelecido com as suas próprias ações. Isso reforça que a saúde não é prioridade do governo do PT."

Líder do PPS, o deputado Rubens Bueno (PR) criticou mais uma tentativa de adiar a regulamentação da emenda e admitiu a possibilidade de reagir com a obstrução da pauta de votações. “Não podemos deixar o governo da forma como está, imaginando que o País vai suportar mais uma desculpa”, disse.

A obstrução também é defendida pelo líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), caso a votação da emenda não seja acertada na reunião de líderes desta terça-feira (30). "Se não houver garantia da votação da Emenda 29 ainda em setembro, tenha certeza de que nós não vamos votar nada."

CUT
A decisão do governo de evitar novas despesas também foi criticada pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique. "Pra quem quer manter as políticas públicas e as políticas sociais, precisa ter Estado. Pra ter papel do Estado, é preciso ter funcionário, reajuste salarial, trabalhadores sendo pagos e seus salários reajustados", disse. Fonte: Agência Câmara
Título modificado pelo autor do blog

Governo diz que não "há clima" para votar PEC 300

Governo diz que não "há clima" para votar PEC 300 e piso para bombeiros fica para ano que vem

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou nesta segunda-feira (29) que não “há clima” para votação de projetos que impliquem aumento de gastos para a União devido à resolução do governo federal de conter gastos como forma de blindar a economia brasileira para enfrentar a crise financeira mundial.

Com isso, a retomada de votação da PEC (proposta de emenda à Constituição) 300, que fixa o piso salarial nacional para bombeiros e policiais, não deve ser retomada este ano. “Não tem clima no Congresso para votar a PEC 300 neste ano”, resumiu o líder petista após sair da reunião do conselho político com a presidente Dilma Rousseff.

O líder já sabe que terá de enfrentar a fúria de deputados da base que tentaram de tudo para retomar a discussão do tema. A PEC 300 foi aprovada pela Câmara em março do ano passado, em primeiro turno, mas ainda precisa ser votada em segundo turno na Câmara antes de seguir para o Senado.

O piso salarial seria de R$ 3.500 para os militares de menor graduação, no caso dos soldados, e de R$ 7.000 para os de maior posto.

A polêmica discussão da regularização da emenda 29 – que estabelece percentuais mínimos a serem investidos em saúde pela União, Estados e municípios – também será adiada.
O governo avalia que a proposta não é suficiente para minimizar os atuais problemas de saúde do país e que um novo projeto deve ser encaminhado entre setembro e outubro deste ano ao Congresso Nacional.

Os detalhes da nova proposta não foram apresentados aos líderes partidários e aos ministros presentes na reunião no Palácio no Planalto, mas o projeto embrionário já recebeu um apelido do vice-presidente, Michel Temer: “emenda 58” – uma tentativa de mostrar que o setor precisa muito mais do que a emenda 29 prevê.

Camila Campanerut
Do UOL Notícias

Obs.: Essa matéria foi extraída do portal UOL. Não representa a opinião desse autor. Acredito, pelo contrário, que com a nossa mobilização, sem cessar, PEC 300 sai este ano. O risco vai ser do governo.

domingo, 28 de agosto de 2011

Colégio de Líderes – quem fará a defesa da PEC 300?


Por: Capitão Assumção

Nesta terça (30), os líderes partidários estarão reunidos para definirem a pauta de setembro. Depois da obstrução nas votações (24) por parte da oposição, encabeçada pelos partidos DEM e PSDB, o governo recuou e determinou ao presidente Marco Maia (PT/RS) que abrisse um debate para a elaboração de uma pauta mais ampla. Hoje, a pauta é elaborada com base nos anseios do governo e não nos anseios do povo brasileiro.

Dessa forma, o governo recuou e os parlamentares puderam votar a MP 533. No entanto, até aquele último instante de sessão os parlamentares, de um modo geral, só lembraram da EC 29. Cabe a nós fazer a nossa manifestação ás portas dos líderes partidários para que incluam no debate dessa reunião do colégio de líderes também a PEC 300. Ou ficaremos a ver navios.

sábado, 27 de agosto de 2011

Maldição da PEC 300 volta a atacar

Por: Capitão Assumção
O Presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marco Maia (PT/RS) tentou sair pela tangente (mentir mesmo) mas não teve jeito. Foi mais um a ser alcançado pela maldição da PEC 300. Nos últimos quatro meses Maia utilizou-se, por quatro vezes, de jatinhos da empresa UNIMED. Segundo o parlamentar ele teria pago todas as viagens. Vamos fazer as contas: as viagens teriam custado cerca de R$ 54 mil reais. Mas ele ganha R$ 20 mil líquido. Que conta estranha, não?

Outro enigma: na última quarta (24) o deputado, que se recusa a colocar na pauta a PEC 300, teria jurado de pé junto que fretou apenas um voo. No final do dia recuou afirmando que também teria voado no dia 4 de junho. Mas que teria sido uma viagenzinha rápida. Coisa trivial, que todo o brasileiro faz quando está entediado de voar por linhas comerciais. Vocês entendem, não é?

Síndrome de Pinóquio.
O Estadão desvendou a "pequena mentira". Mais duas viagens aconteceram: 29 de abril, entre Concórdia, Passo Fundo e São Paulo, e 24 de junho, de Brasília para Porto Alegre. Não restou outra alternativa ao protelador da PEC 300 senão deixar o nariz crescer. Haja óleo de peroba. Quem será o próximo?

Curiosamente, Marco Maia, em entrevista a uma rádio gaúcha, declarou que não conhece ninguém da diretoria da UNIMED. Então, o que significa essa matéria em seu site oficial?
Marco Maia recebe presidente da Federação das Unimeds
(Foto acima mostra provável aeronave "fretada" por Maia)

PEC 300: INJUSTA?

Dia 23/08/11, ao ligar a TV no “Bom Dia Brasil” escuto a seguinte notícia: Senado pede e Juiz suspende liminar que impedia funcionários do próprio órgão de receberem salários acima dos Ministros do Supremo Tribunal Federal (pela Constituição de 1988, Ministro do STF deve ser o cargo a receber mais em nosso país, hoje em torno de R$ 27.000).

Quando a “PEC 300” da Paraíba foi aprovada muitos a contestaram, alegando que um policial não deve receber salário de R$ 3.000, pois defendiam que os professores não podem ganhar menos que um policial. Concordo em parte.

Concordo que os professores precisam receber muito bem (no mínimo uns R$ 3.500), pois só a Educação pode reverter o quadro de atraso socioeconômico em que nosso país se encontra. Desta forma os professores e a sociedade em geral devem lutar para que 10% do PIB nacional seja designado para a Educação, bem como 3,5% do PIB para Ciência e Tecnologia.

Discordo quando dizem que um policial não merece receber um salário digno. Em países desenvolvidos, os jovens que escolhem ingressar na Segurança Pública (assim como os que escolhem ingressar no Magistério) não o fazem por falta de opção, já que estão entre os bons alunos do Ensino Médio. Estes jovens escolhem essa carreira por vocação e se sentem satisfeitos na mesma: pois há bons salários; planos satisfatórios de cargos e carreiras; os crimes cometidos contra os mesmos recebem um agravante, já que fora cometido contra o indivíduo policial e contra o Estado.

Mas vocês podem dizer-me que é muito dinheiro. O Brasil é a 15ª economia do mundo, um país com várias riquezas. Porém a concentração de renda e a corrupção não deixam que a maioria da população desfrute nossas riquezas. Friso que dinheiro há; e ele está sendo desperdiçado em obras não concluídas, em desvio de merenda escolar, em auxílio moradia, auxílio paletó, em cartões corporativos usados indevidamente, no aumento salarial exorbitante de deputados e senadores e etc.

Desta forma não devemos nivelar por baixo as outras profissões, devemos repudiar frases mesquinhas tais como: “se um professor só ganha R$ 800, um policial deve ganhar ainda menos”. Esse discurso não melhora a vida nem dos policiais e muito menos dos professores. Ambas as classes profissionais devem ganhar bem, e se unirem com a população para fazer valer seus direitos, pois como disse o ilustre Rui Babosa: ”O Homem que não luta por seus direitos não merece viver”.

Repito, dinheiro há. Nossos governantes é quem têm que perder o mau costume de quererem as riquezas de nossa nação apenas para si. Quando o Senado e/ou a Câmara querem aprovar seus aumentos são rápidos, e nenhum de seus aumentos é inferior a 80% de seus salários.

DESTA FORMA ENFATIZO: A PEC 300 É MAIS QUE JUSTA!!!

Por José Jâmerson

PEC 300: Coalizão dilmista vira grande saco de gatos

Dilma Rousseff [...] está preocupada com matérias legislativas que certamente serão discutidas a partir de setembro. A Emenda 29, que reserva maior volume de recursos para os setores de saúde, alarma o Planalto.

[...] Ao mesmo tempo, crescerão, também, as pressões das categorias sociais, como as dos policiais civis e dos bombeiros, amplamente mobilizados e apoiados, no Congresso Nacional, em defesa da PEC 300. Por ela, são equiparados os salários das duas categorias ao nível salarial vigente para os policiais e bombeiros do Distrito Federal.

Somados, os recursos previstos, tanto para a saúde, como para os policiais, superariam o patamar dos R$ 90 bilhões. De onde o governo Dilma tiraria os recursos? As crescentes pressões sociais sobre o PT e o PMDB, relativamente, a essas duas matérias, obrigarão a titular do Planalto a refazer suas contas para pagamento de juros aos bancos, a partir do ano que vem, realizando superávit primário - receita menos despesas, excluindo os juros - menor do que o atual, na casa dos 3,5% do Produto Interno Brasileiro (PIb). [...]
Obs.: ao título original foi acrescentada a expressão "PEC 300"
cesarsfonseca@gmail.com Redação Jornal da Comunidade

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Ética na justiça ou dedo na ferida?

Por: Capitão Assumção

Ninguém é mais prejudicial para a boa imagem, o prestígio social e a eficiência da justiça do que um magistrado desonesto. De quantos acontecimentos podemos lembrar de juízes, acometidos de sua soberba que extrapolam as suas atribuições e se arvoram como donos do Estado, cometendo crimes os mais variados possíveis como agressões, homicídios, advocacia administrativa, peculato, desacato a policiais, nepotismo, enriquecimento ilícito e corrupção. Melhor parar por aí.

E com frequência temos tomado acesso a informações sobre magistrados imbricados com o crime , patrocinando e estimulando a prática e o acobertamento de ilegalidades, muitas vezes abusando de sua autoridade e se utilizando da maior violência contemporânea: o conhecimento como ferramenta para a prática do mal. Isso vem contribuindo para que se amplie e se agrave a sensação de insegurança da população de modo geral, mas contribui também para a redução da confiança na justiça brasileira e para a deterioração da imagem dos magistrados como agentes públicos de grande importância, incumbidos de assegurar, na prática diária, o respeito aos direitos e a convivência pacífica das pessoas. Essa degradação da imagem é péssima para toda a sociedade, mas também para os juízes honestos, cumpridores de seus deveres e conscientes de sua alta responsabilidade social, que têm diminuídos seu prestígio e sua responsabilidade por culpa de seus colegas desonestos.

O que fazer para reverter tal situação e para que a justiça e seus integrantes figurem na primeira linha das instituições e dos agentes públicos merecedores do máximo respeito e da gratidão da cidadania? Evidentemente, muitos dirão que a melhor resposta será a punição rigorosa dos que praticam desvios de comportamento e assim prejudicam as instituições a que pertencem, prejudicando também gravemente os colegas que, agindo corretamente, com dedicação e assumindo riscos, dão valiosa contribuição à sociedade. O juiz desonesto deve ser punido com todo o rigor da lei e, além disso, declarado indigno de ocupar um cargo ou de exercer uma função pública. Mas é preciso cuidar seriamente de outros aspectos fundamentais, que são a rigorosa seleção dos candidatos a ingresso na magistratura e, além disso, a boa preparação para o exercício de suas relevantes funções sociais.

A Constituição brasileira dá bastante relevância à magistratura como valor jurídico, dedicando ao PODER Judiciário todo o capítulo III da Carta Magna e nas disposições gerais desse mesmo capítulo também encontramos um artigo, o 99: Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira. (isso é dever?) É preservação das pessoas e do patrimônio da magistratura. Nesse capítulo, no artigo 92,  temos também a enumeração dos órgãos “públicos” especialmente encarregados de fazer justiça. Um ponto que deve ser ressaltado é que, diferentemente dos encarregados da segurança (agentes jurídicos - policiais) o Poder Judiciário é a própria justica, e seus componentes devem estar conscientes disso e ser bem preparados para agir segundo o direito, por meios previstos ou autorizados pelo direito vigente no país e sempre com absoluto respeito às normas e determinações jurídicas.

A preparação de um magistrado vai muito além do ensino e treinamento de aspectos técnicos. Passa precipuamente pelos seus abastados salários e vantagens imensuráveis. É absolutamente necessário que ele tenha plena consciência de seu papel social, de sua alta responsabilidade, do dever de estrito cumprimento das normas legais e, além disso, de sua responsabilidade ética. Afinal, com todas essas regalias e prerrogativas, deveria ser praticamente impossível ter desonestidade nesse meio. Não é o que a imprensa relata. Isso deveria ser dito constantemente aos magistrados, nos seus mestrados e nos seus doutorados, para o bom exercício de suas funções, mas deve ser reiterado todos os dias. No entanto, pergunto, por quem? Pelo CNJ?

As organizações policiais brasileiras, em especial as militares estaduais, não deveriam seguir o péssimo exemplo da Magistratura, que, nos seus horários reduzidíssimos atendem de modo insatisfatório a sociedade brasileira. Hoje, os policiais trabalham em regime de semi-escravidão e não vejo ninguém do Poder Judiciário levantar uma voz sequer para defendê-los. Já começam a ser molestados nos concursos de ingresso com a aplicação de métodos militarísticos a alguém que não vai para a guerra e que durante toda a sua vida “castrense” lhe é cobrado marchar muito bem e prestar uma bela continência. Nunca questionar. Salário justo nem pensar! PEC 300 então...

As organizações policiais brasileiras nunca poderiam participar de cursos e eventos à moda da Magistratura por que, afinal, depois de provar do bem-bom, quem vai querer enfrentar o AR-15 do traficante? A sociedade já aferiu o desempenho de um magistrado, a sua ética? 

A sociedade tem absoluta necessidade de bons juízes, e estes cumprirão com maior eficiência suas “difíceis” tarefas se contarem com o respeito e a colaboração da cidadania, o que estará assegurado se, a par de terem um bom preparo técnico, forem exemplares como cidadãos. A grande maioria dos policiais aprendeu isso do pior modo possível. Na marra: trocando tiro com bandido e sendo abandonado pelo Estado como um pária da segurança pública brasileira.

Essa matéria é uma paródia de um artigo do jurista Dalmo Dallari. Quem quiser perder o seu precioso tempo lendo o texto original, clique aqui.

Policial do futuro: botas à prova de balas e computador acoplado à cabeça. E o salário ó!!!

Feira de segurança no Rio apresenta inovações para a área, como primeira arma elétrica nacional e polar para operações de resgate. 
Parece coisa de James Bond, mas não é. Os policiais do futuro próximo terão à disposição botas à prova de balas, computador portátil na cabeça acionado por voz e pistolas elétricas brasileiras.

Um grupo de resgate e retomada poderá ter os movimentos monitorados por uma espécie de polar, que medirá respiração, batimentos cardíacos e mostrará até se o policial caiu no chão, possivelmente vítima de tiro. O treinamento de abordagem e tiro poderá ser virtual, com cada policial treinando sozinho em um software interativo e com tiro ao alvo a laser. Até o confronto real pode ser treinado, com as armas adaptadas a laser e coletes com sensores.

Muitos desses aparatos já existem mundo afora, mas ainda não são usados maciçamente no Brasil. Outros são novidades, como as botas balísticas ou os computadores de cabeça. Equipamentos do gênero, exclusivos ou não da área de segurança ou de Defesa, foram apresentados por fornecedores na Interseg, feira de segurança no Riocentro.
Tiros de pistola não furam bota balística, pioneira mundial
A partir do ano que vem, policiais brasileiros poderão usar além de coletes, botas à prova de balas. A paranaense Guartelá concluiu os testes de campo da “Shell” e espera a aprovação do Exército para começar a comercializar as botas, que resistem a tiros de pistola calibre .40, .380 e revólveres .38. O material que reveste o modelo é o kevlar, semelhante ao de coletes.

“Uma das dificuldades dos policiais que atuam em operações é que têm as partes vitais protegidas, mas expõem o pé. Se atingidos por um disparo, perdem uma essencial articulação do corpo, o tornozelo, e têm de sair de combate, comprometendo a equipe e um resgate”, explica Luiz Fernando Malta, sócio da empresa de 130 funcionários e 80 mil pares por ano.

É a primeira do gênero no mundo e levou cerca de dois anos, entre concepção original e testes. Existe uma bota de Cingapura resistente a explosões de minas terrestres, mas nenhuma à prova de balas. A Shell tem proteção balística nas laterais, de pouco antes do bico – para não perder a área de flexão – até a articulação dos tornozelos. A sola é feita de material anti-perfuro, que impede a entrada de objetos pontiagudos. Uma vez aprovado pelo Exército, o modelo deve custar entre R$ 500 e R$ 600 no mercado.

Especializada em “botas táticas de alta performance”, a Guartelá também lançou na Interseg modelo especial para pilotos de helicóptero e profissionais de resgate em aeronaves, com couro anti-chamas e reforço no tornozelo, a “High Fly Fire. “Os pilotos se preocupavam com o macacão anti-chamas, mas se esqueciam dos pés. A tripulação precisa fazer socorros e saltos de 2 metros ou 3 metros de altura. Muitas vezes se machucam ao cair, torcendo o tornozelo”, explica Luiz Fernando. A Guartelá conta ainda com calçados especiais para bombeiros, com solado resistente a 1200ºC, couro anti-chamas e impermeável.
Computador portátil usado na cabeça

A Motorola está lançando um computador portátil de cabeça com tela, para o profissional de segurança – ou de outras áreas que não possa ficar com as mãos ocupadas. O head-mounted computer é um equipamento pequeno e leve, que parece um fone de ouvido de operadores de telemarketing acrescentado de um óculo, que contém o computador, que fica atrás da cabeça. Os comandos são dados por voz, e as telas – semelhantes às de um iPhone – vão mudando de acordo com a ordem.

“A tela pode parecer pequena, mas a imagem da tela é curvada, com lente de aumento e dá a sensação de ser uma tela de 15 polegadas”, explica o engenheiro Carlos Augusto Levy.

Pela tela, é possível a um operador de trânsito ver câmeras da companhia de tráfego para saber como está o movimento de veículos. Basta dizer o número da câmera, que o vídeo se abre. Isso vale também para documentos e fotos.

O computador aceita pendrive e pode receber informação via Bluetooth e internet sem fio, via banda larga, e a bateria, semelhante à de telefones celulares, dura de 4h a 5h. “Dá mobilidade, agilidade na tomada de decisões, com maior qualidade”, disse Levy, que desenvolveu no Brasil o aplicativo de vídeo – os aplicativos podem ser desenvolvidos de acordo com a demanda do cliente.
Polar para operações especiais

Outro produto da Motorola se assemelha a um polar usado por corredores sob a camisa. O aparelho envia os sinais vitais da pessoa, como respiração, batimentos cardíacos, mostra a posição do corpo – se em pé ou deitada, por exemplo.

Em uma operação policial de resgate de reféns, por exemplo, o comandante pode saber se o seu policial foi baleado em um ambiente fechado, vendo na tela do computador uma seta deitada. A tela de computador do comando pode ter os dados de toda a equipe monitorada.

“Ao perceber a queda de um agente, é possível disparar a ambulância e socorro”, disse o presidente da Motorola Solutions no Brasil, Eduardo Stefano.

Os sinais são emitidos por um Bluetooth acoplado ao radiotransmissor, ligado por fio a um “modem” colocado no colete do policial. Se acontece algo diferente do normal, a cor muda do verde para o vermelho. Os equipamentos se comunicam entre si, mas para mandar mensagens para um computador distante, é preciso ter disponível uma rede wireless local.
Arma elétrica tem mira a laser e memória com hora dos disparos

A Condor, empresa de tecnologias não-letais, está lançando a Spark, primeira arma elétrica brasileira, que só depende agora da aprovação do Exército. O “dispositivo elétrico incapacitante” é o terceiro do gênero no mundo – as outras são a mais “Taser” e a Karbon, da Karbon Arms.

“Nossa arma usa menos energia no indivíduo, preservando o risco de fibrilação. A intensidade do choque e a amperagem são menores do que as da concorrência, o que reduz o risco de letalidade”, afirmou Vilson Tolfo, diretor da Condor.

A arma elétrica pode ser disparada a uma distância entre 4 metros e 8 metros, com mira a laser. São lançados dois dardos, presos à arma por um fio condutor da corrente, que causa o choque. A Spark conta ainda com um dispositivo de memória digital interna, com a hora e data dos disparos.

A Cientistas investe na “inteligência artificial” para treinar policiais e vigilantes em abordagens com respeito a direitos humanos. A empresa desenvolveu um software interativo que permite o treinamento e prática de comandos e uso progressivo da força entre alunos e suspeitos virtuais. É um sistema portátil com cenários 3D que pode ser instalado em uma área pequena, de ao menos 3 metros x 3 metros.

“Não precisamos de Rambos, mas de policiais que saibam verbalizar ordens e respeitem os direitos humanos”, disse Paulo Guerra, gerente de negócios da Cientistas.

Fonte: Último Segundo

PEC 300 perde para Emenda 29

Por: Capitão Assumção

Durante a sessão desta quarta (24), no plenário da Câmara dos Deputados, o governo já amargava a derrota provocada pela obstrução dos partidos de oposição ao governo para não votar a Medída Provisória 533/11. Quando todos davam como certo surge o presidente da Câmara, Marco Maia anunciando que se comprometia em buscar acordo para a votação da Emenda 29 no próximo mês. Nesse caso, os partidos da oposição teriam que sair da obstrução e votar a MP 533.

Um a um os partidos, através de suas respectivas lideranças, usaram espaço de pronunciamento de suas siglas para levar mensagens de desconfianças com esse compromisso assumido pelo deputado Marco Maia. O líder do Democratas, deputado ACM Neto, chegou a dizer que o compromisso de Maia era falso relembrando a última vez que tal fato aconteceu ante a iminência de votar a Emenda 29. Mesmo assim, ACM (líder do DEM), Paulo Abi-Ackel (líder da minoria) e Duarte Nogueira (líder do PSDB) cederam, a obstrução veio abaixo e a MP533 pode ser votada.

Na ânsia de na próxima reunião do colégio de líderes poderem definir data para votar a proposta de regulamentação da EC 29 (PLP 306/08) essas lideranças fizeram discursos entusiasmados em prol da irrigação financeira para a saúde mas simplesmente não mencionaram a votação em segundo turno da PEC 300. Ninguém quis incluir em sua fala a PEC 300 como tema para a próxima reunião de líderes (30). Para não registrar palavras levianas, no início da obstrução o deputado ACM Neto fez pronunciamento se referindo à PEC 300 também. Naquele momento, por volta de 19 horas, afirmou que só encerrava a obstrução com a garantia da definição de data para o piso salarial nacional dos bombeiros e policiais.

Os líderes querem discutir na próxima terça uma “agenda do povo” e não uma ”agenda do governo”, frisou o deputado Pauderley Avelino, que pediu apoio à PEC 300. Mas os parlamentares já tem a sua lista de matérias e nesse rol a PEC 300 está fora. Querem votar “o Projeto de Lei 1209/11, do Executivo, que cria o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec); a ampliação das faixas do Supersimples (PLP 87/11); a regulamentação do aviso prévio proporcional (PL 3941/89); as emendas do Senado para o Projeto de Lei 5798/09, que cria o Vale-Cultura; e o PL 6716/09, que muda o Código Brasileiro de Aeronáutica.”

Estão empurrando os bombeiros e policiais para os movimentos clandestinos ao evitarem a qualquer custo o debate do tema PEC 300. No próximo dia 12 de setembro, os trabalhadores da segurança pública estarão em São Paulo. Irão reivindicar apoio aos parlamentares estaduais para a sua causa. Em seguida, prometem parar uma via de grande movimentação.

Como não vêem avanços dentro do parlamento brasileiro partirão para essa seara ao modo do que já vem acontecendo no Rio Grande do Sul, porém mais ostensiva. Se essa é a estratégia mais acertada só o tempo dirá. Mas a responsabilidade pelo prejuízo a ser causado na interdição de uma rodovia dentro de São Paulo será creditada na conta do governo federal que não deixa a PEC 300 ter o seu trâmite finalizado dentro da Câmara.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

PEC 300 vive dia de cão

Por: Capitão Assumção
O piso salarial nacional dos bombeiros e policiais (PEC 300) levou nova investida ontem (23) quando o Senado recebeu em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) o ministro Mantega. O debate durou exatas duas horas e quarenta e cinco minutos. Falando extensamente sobre a crise mundial aos parlamentares do Senado, começou o seu relatório de forma contraditória ao afirmar que o Brasil está mais preparado para passar pela crise atualmente do que durante o ano da quebra do Lehman Brothers (2008), citando valores de US$152 bilhões em reserva a mais do que o ano de 2008.

E durante a sua assertiva só falou sobre a pujança da nação brasileira, sendo muito enfático na diferença superior que o Brasil tem em relação aos demais estados nacionais exemplificando a grandiosidade de nosso mercado interno em relação aos demais países que não vivem essa realidade. Até ai tudo bem. Mas o ataque veio em seguida quando o ministro citou as despesas obrigatórias. Afirmou que as despesas de custeio precisam ser controladas, crescendo menos que o PIB e, detalhe, que novas “despesas” não possam ser criadas.

Prevendo para esses momentos uma vitória dos bombeiros e policiais dentro da Câmara, com o encerramento da votação em segundo turno da PEC 300, e imediato encaminhamento da proposta ao Senado Federal, Mantega desferiu um golpe contra a matéria: “Faço um apelo a esta Casa para que os Senadores nos ajudem a cumprir essa diretriz, que é muito importante para a solidez do Governo. Por exemplo, PEC 300, não aprovação da DRU, isso é delicado, acaba ameaçando a situação do Governo. A gente deve fazer essa contenção de gastos de custeio e não criar novos gastos de custeio, pelo menos neste ano, para abrir espaço para a continuação de investimentos e desonerações tributárias.”

Mantega, como os demais opositores ao Piso dos bombeiros e policiais, continua se utilizando de termos inapropriados para o real investimento na segurança pública brasileira. Chama a criação do piso nacional de “gasto” quando, pela sua própria especialidade na área deveria falar de investimento. A sua choldra já adquiriu esse costume quando o assunto é desmerecer uma matéria relevante para a nação em detrimento aos interesses rasteiros dos que hoje administram o Brasil. Já era de se esperar. O ministro fez o mesmo na Câmara dos Deputados no último dia 9, quando os bombeiros e policiais perderam a grande oportunidade de ocupar o plenário da Câmara e cobrar do presidente Marco Maia a imediata inclusão na pauta da PEC300.

À noite, foi a vez de Michel Temer e cerca de 120 convidados jantar com a Presidenta Dilma Roussef no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da República. Mesmo que aparentemente não tenha surgido nenhuma fala direta, o jantar, regado a anchova branca, filet mignon e rondelli, teve por objetivo tácito unir os parlamentares do PMDB novamente para que estes não venham a forçar a inclusão da PEC 300 na pauta. Dilma não discursou muito pois afinal, segundo ela, teriam ido ao Jaburu "para beber” e não para “conversar". Já Temer aproveitou o momento para reafirmar que o PMDB "está mais unido do que nunca" em apoio ao governo. Será?

A única ressalva positiva do dia ficou por conta da convocação do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, à Câmara, depois que vieram à tona as denúncias de uso irregular de avião de uma empreiteira, a construtora Sanches Tripoloni. Os deputados não ficaram satisfeitos com as respostas do ministro e programarão retorno de Bernardo para nova rodada de esclarecimentos sobre esses fatos.

Esse ministro, relembrando, foi o responsável pela divulgação tendenciosa de números irreais sobre a repercussão financeira da complementação salarial da PEC 300 por parte da União aos estados: cerca de mais de R$ 40 biilhões de reais anuais. Uma grande farsa amplamente divulgada pela imprensa nacional. Ciente de uma inevitável vitória dos bombeiros e policiais tanto na Câmara quanto no Senado o governo não cessará os ataques até que tenha dissuadido completamente todo movimento em prol da PEC 300.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Ducha fria na PEC 300


Autor: Capitão Assumção
Hoje à noite, a Presidenta Dilma se reúne em um jantar com os deputados e senadores do PMDB para, inicialmente, apagar incêndios dentro da própria sigla, resolver os problemas na indicação de cargos dentro do governo e acalmar os ânimos dos deputados peemedebistas, insatisfeitos com o presidente da sigla, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), que querem incluir na pauta temas que causam terror ao Palácio do Planalto como a PEC 300, o piso salarial nacional dos bombeiros e policiais e a Emenda 29, que irriga recursos para a saúde aos municípios.

Um importantíssimo detalhe: quem armou essa maracutaia e convidou a presidenta Dilma para aplacar os espíritos dos parlamentares afetos à PEC 300 foi o atual vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB/SP). Quando esse senhor era presidente da Câmara dos Deputados, jurou de pé junto que concluiria a votação da PEC 300 mas foi só terminar a eleição que desapareceu da Câmara Federal, só ressurgindo para fazer discurso de despedida. Engabelou bombeiros e policiais.

Insatisfeitos com os rumos que a matéria (PEC 300) está tomando, as lideranças do movimento em nível nacional já se preparam para o “contra-ataque”. Desejam centrar esforços justamente no estado do “queridíssimo” vice-presidente da República, Michel Temer.

Bombeiros e policiais brasileiros, motivados pelas manifestações recentes em rodovias no Rio Grande do Sul por policiais civis e militares da Brigada Militar, querem paralisar as principais vias arterias de São Paulo. Perguntado a um dos líderes se esse seria o caminho mais apropriado, o militar respondeu que o objetivo da categoria é parar o coração do país e dar um recado ao governo federal para frear a intervenção dentro da Câmara.

Caso o goveno não entenda o recado, querem parar o país. Para isso, já estão convidando entidades municipais ligadas à Emenda 29. Vem chumbo grosso por aí.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Governador esquiva-se quando o assunto é PEC 300


Governador do estado da Bahia, Jaques Wagner, tripudia com os bombeiros e policiais ao defender o seu governo (estadual e federal), esquivando-se da pergunta que lhe é feita, ao citar o "baixo" orçamento do seu colega Marcelo Déda,  governador de Sergipe, que paga aos trabalhadores da segurança pública sergipana o segundo melhor piso da nação. Porque ele não citou o modesto estado do Piauí que passou recentemente pelo "Movimento Polícia Legal" para que reconhecesse o valor dos nobres heróis piauienses?

"BN: O senhor é a favor da PEC 300, que cria um piso para os policias em todo o país?

JW: Se disser de onde vem o dinheiro, eu sou a favor. Se não, aí fica complicado. Vivemos em uma federação de 27 estados com diferenças gritantes de orçamentos. A Bahia apesar de ser a 7ª maior economia, o orçamento é o 24º pior per capita do país. Temos R$ 26 bilhões para 14 milhões de baianos. Sergipe tem R$ 6 bilhões para 2 bilhões de sergipanos. Nosso orçamento deveria ser R$ 42 bilhões. Muito estado não tem orçamento para pagar um piso alto. Se votarem um fundo e disserem de onde vem o dinheiro para esse fundo, aí tudo bem. Merecer, todo mundo merece salário melhor. Agora governar é trabalhar dentro do orçamento que você tem." Fonte de parte da entrevista: bahianoticias e Blog PEC 300 - Bahia

domingo, 21 de agosto de 2011

A maldição da PEC 300

Autor: Capitão Assumção
Uma intervenção bastante indesejável por parte do governo breca a conclusão da PEC 300 na Câmara. Reza a lenda egípcia que a todos que profanassem os túmulos dos faraós,  recairiam sobre eles moléstias e tragédias as mais diversas. De uma maneira bastante sórdida nos deparamos também com os políticos que ousaram profanar o batalhado e árduo piso salarial nacional dos bombeiros e policiais. Um a um, todos  estão caindo em desgraça.

Alguém se lembra do senhor Vaccarezza, conclamado o inimigo público número um da PEC 300  acusado de dar calote nos companheiros de campanha para deputado federal?

A edição nº 2180 de 20 de agosto da revista IstoÉ divulgou a intervenção da Ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, à época, ministra da Pesca, que negociou para manter o cargo de um aliado acusado de irregularidade no Departamento de Infraestrutura de Transportes (Dnit).  A conversa apareceu em gravações feita pela Polícia Civil catarinense com o presidente do PR de Santa Catarina, Nelson Goetten. Atualmente ele está preso sob a acusação de pedofilia. Essa ministra foi escalada pela Presidente Dilma para frear a PEC 300 dentro do Congresso Nacional. Como Senadora era voz recorrente contrária à PEC 300. Chegava a ser mal educada quando o tema era esse.

Agora, surge o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Quando exercia o cargo de ministro do Planejamento no governo Lula, apregoou uma falsa verdade nos meios de comunicações que até hoje não é contestada. Mentiu ao dizer que o impacto da complementação salarial de bombeiros e policiais era da ordem de mais de R$ 40 bilhões de reais ao ano. Até hoje esse valor imaginário permeia um bom número de matérias que citam PEC 300 como “rombo nas receitas públicas.” Bernardo fez muito mal aos bombeiros e policiais.

A revista Época dessa semana desnudou o esquema de Paulo Bernardo. Esse senhor usava um avião particular em seus deslocamentos eventuais quando fustigava a PEC 300 na função de ministro do Planejamento. Utilizou o King Air, matrícula PR-AJT da construtora Sanches Tripoloni. A sua esposa, a ministra chefe da Casa Civil da Presidência da República, Gleisi Hoffmann, durante campanha ao Senado do Paraná fez política a bordo do mesmo avião.

Como responsável pelo orçamento da União, Bernardo se empenhou sobremaneira em enviar recursos para uma obra da construção do Contorno Norte de Maringá, no Paraná – da empreiteira Sanches Tripoloni, “que já custa o dobro de seu preço original”. Incluiu a obra no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Finalizando a chafurdância, obrigou Lula a assinar um decreto incluindo o anel rodoviário de Maringá num regime especial no PAC, garantindo transferências obrigatórias de dinheiro público para o empreendimento que bancaria as suas viagenzinhas de jatinho particular. O TCU avisa: Essas obras estão superfaturadas. A empreiteira doou R$ 510 mil para a campanha da ministra Gleisi Hoffmann ao Senado. E agora Bernardo?

Quem será o próximo a se levantar contra a PEC 300?

sábado, 20 de agosto de 2011

Família de PM acidentado busca ajuda para custear tratamento médico em Campo Grande - MS


Diarionline/AS
Segue em coma induzido, na Clínica Campo Grande, na Capital, o policial militar Daniel Adolfo Valdez Fushimoto, de 32 anos, acidentado na quinta-feira, 11 de agosto, durante perseguição a um suspeito na rua Pedro de Medeiros, bairro Popular Velha. O quadro clínico já mostra sinais de recuperação, mas agora, a família do soldado do 6º Batalhão enfrenta outro desafio: custear parte do tratamento que não é coberto pelo plano de saúde.

"Nesse momento, a família se encontra unida e dando total assistência a minha irmã que, está com o Daniel em Campo Grande. Agora temos outra dificuldade, que é conseguir recursos para custear o tratamento pneumático, pois como ele está em coma induzido, a circulação sanguínea não realiza as atividades como deveria, e esse tratamento auxilia nessa questão que é essencial. Mas esse tipo de tratamento não está incluso no plano de saúde de meu cunhado nem de minha irmã. Teremos que arcar com todos os custos e para isso, estamos recebendo ajuda da população, que se mostrou solidária com a situação", explicou Juliano Godoy. Ele é cunhado do policial.

Os últimos dias têm sido positivos na recuperação do soldado, que já esboça reações. "Apesar de estar em coma induzido, o Daniel já apresentou suas primeiras reações. Ele chorou e apertou as mãos da minha irmã, quando ela falou da filha deles. Ele apertou também as mãos da irmã dele, quando um enfermeiro pensou que ele fosse pai dela. Ele mexeu a perna direita e conseguiu engolir saliva. Estamos felizes com isso", apontou o cunhado.

No dia em que sofreu o acidente, o soldado Valdez cumpria o primeiro expediente após retornar das férias.

Campanha

A família do policial iniciou uma mobilização para conseguir custear o tratamento pneumático de Valdez. No Orkut, a família criou a comunidade "Volta Logo Daniel Valdez". Além de criar uma corrente positiva para que o policial militar se recupere, a comunidade quer informar sobre tratamento médico e como colaborar.

"É um tratamento que tem custo elevado. Decidimos através da campanha do Orkut arrecadar os donativos para essa etapa do tratamento, que a princípio tem a previsão de durar dois meses. Desde já estamos contando com o auxílio da comunidade. Além do recurso financeiro, também estamos recebendo doações de fraldas geriátricas, tamanho GG, pode ser com hidratante corporal. Em média um litro de hidratante é usado em dois dias, talco também está sendo usado no Daniel. 


As pessoas podem entrar em contato com o meu telefone particular 067 9257-1276, ou pelo telefone 067 9933-1157, que é do soldado Amarilho, amigo do Daniel. As pessoas podem nos ligar, que vamos buscar as doações, podem também entregar na alameda Carijó, número 03, bairro Guarani, em frente ao Detran. No momento só temos a agradecer aqueles que já nos ajudaram e aqueles que com certeza irão contribuir", concluiu Juliano.

Sindicância

O comandante do 6º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Waldir Acosta, informou ao Diário que um inquérito já foi instaurado para apurar as causas do acidente ocorrido com o soldado da PM de Corumbá, Daniel Adolfo Valdez Fushimoto, 32. A princípio foi aberto o inquérito técnico para apurar as causas e o motivo do acidente.

De acordo com relatos, os policiais estavam em perseguição a uma motocicleta, deram ordem de parada ao condutor, que não obedeceu e continuou a fuga. Para ampliar o cerco, a equipe se dividiu e o soldado Valdez seguiu pela rua Pedro de Medeiros, onde a moto dele colidiu contra uma barreira de pedras (semelhante a lombada, mas feita possível e rusticamente por moradores da localidade) que cruzava a via não pavimentada. Com o impacto, o policial militar foi lançado a uma distância aproximada de 20 metros.

O tenente-coronel Waldir destacou que só será possível a comprovação de que as pedras foram o motivo do acidente, após a conclusão do inquérito que será encaminhado à Corregedoria e posteriormente serão tomadas as devidas providências, se será encaminhado ao Ministério Público, à Polícia Judiciária, ou Polícia Militar.

Pela PEC 300 militares preparam nova investida; PT vira alvo

PEC 300
O sonho de salários dignos desejado por policiais e bombeiros de todo Brasil continua tropeçando na manobra política do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara Federal. A Proposta de Emenda à Constituição de número 300 (PEC 300), que define um piso nacional para a categoria, precisa ainda passar por apreciação dos deputados federais em segundo turno e a pressão da categoria continuará por todo país.

Adiada por diversas vezes, a votação tem tirado o sono de mais de meio milhão de policiais e bombeiros da ativa, que esperam remunerações à altura do trabalho desenvolvido pelas ruas de todo Brasil. Os salários dos militares variam entre R$ 953,00 (Bombeiros do Rio de Janeiro) e R$ 2.700 (PM de Goiás), salvo os estados mais bem pagos do país – Brasília e Sergipe. Em Alagoas, um soldado em início de carreira recebe aproximadamente R$1.800.

Para mudar esse quadro, policiais e bombeiros brasileiros uniram forças em torno de um único objetivo: implantar um piso nacional. Mas para isso, vários obstáculos estão sendo enfrentados no Congresso Nacional ao longo de três anos.

Este mês, a categoria levou um balde de água fria quando o presidente da Câmara Federal, Marco Maia (PT), afirmou que a PEC 300 não iria ser votada nas próximas semanas. Para Maia, a proposta deve ainda ser discutida com os governadores, que pediram cuidado em assuntos relacionados a gastos para os estados.

A possibilidade de a crise econômica internacional atingir o Brasil também é um discurso utilizado para empurrar a votação do 2º turno da proposta com a barriga.

Para os militares, a PEC 300 continua viva e as mobilizações em todo país seguirão até que a proposta entre em votação. A programação ainda não foi definida, mas deverá ter início na cidade de São Paulo, curral eleitoral do deputado federal Paulo Teixeira (PT), considerado o pivô do impasse para que proposta seja colocada em pauta.

Esta semana, Alagoas sediou um Fórum de discussões em prol da PEC 300. O encontro reuniu representantes de São Paulo, Brasília e Sergipe para falar sobre o assunto.

"A PEC irá ser aprovada é uma questão de tempo. Hoje, todos os deputados estão a favor, falta apenas o líder do Governo Paulo Teixeira (PT). Temos que acreditar que será aprovada, já que, só falta um deputado. A PEC terá que ser votada de qualquer forma, pois não pode ser arquivada de acordo com o regimento interno da Câmara Federal. Assim, deve ser colocada em votação para o 2º turno”, explicou a representante da PEC 300 em São Paulo, Adriana Borgo.

Borgo também contou as dificuldades que os militares passam para acompanhar os trâmites da PEC em Brasília. “O principal problema é a logística. É muito desgaste psicológico e físico. Têm companheiros que dormem em ônibus e não tem nem dinheiro para comer, mas estão lá lutando por uma vida digna. Sou a maior defensora da proposta, pois as únicas profissões que o profissional arrisca sua vida em prol das dos outros são as de policial e bombeiro. Por isso, merecem melhores salários e condições de trabalho”, afirmou.

A esperança da PEC 300 continua batendo na porta de cada família miliciana. Até os melhores remunerados saem em defesa do piso nacional. “Não adianta Brasília comer caviar e os outros estados arroz com feijão. Vamos dividir o pão porque o trabalho é o mesmo. Nas corporações as condições de trabalho são precárias e os militares quando saem dos quarteis são para salvar vidas. Estamos abraçando a causa, apesar de termos a polícia e bombeiro melhor remunerados”, disse o presidente do Clube dos Sargentos e Subtenentes do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, subtenente Sinomar José Benedito.

Priscylla Régia/Danielle Silva Alagoas24Horas

SOS Bombeiros na Meia Maratona

Amanhã haverá a Meia Maratona no Rio de Janeiro. Um grupo do movimento SOS Bombeiros também vai estar lá manifestando sua indignação. Queremos fechar pelo menos um carro para poder economizar na gasolina e nos pedágios.

Interessados, favor entrar em contato comigo (Sardella) no tel. (22) 92675747.
Fonte: Bombeiros do Brasil

Policial morre e outro fica ferido



Policial morre e outro fica ferido após entrarem por engano em favela da Maré
POR RICARDO ALBUQUERQUE
Rio - Um policial civil morreu e outro levou dois tiros na perna esquerda após intensa troca de tiros com traficantes da Comunidade Boa Esperança, na Vila dos Pinheiros, Complexo da Maré, por volta das 20h desta sexta-feira. Três suspeitos deram entrada no Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) - dois deles com tiro no peito estão em estado grave.

Evandro Carlos Mendez, 33 anos, lotado no Instituto Médico Legal (IML), dirigia a Pajero de sua propriedade na Linha Amarela, quando acessou a Linha Vermelha para evitar o engarrafamento da Avenida Brasil. O outro policial, Wálter Cardoso, lotado na Academia Estadual de Polícia Silvio Terra (Acadepol), estava no banco do carona.

O policial disse que errou o caminho ao fazer o retorno e saiu dentro da comunidade. Segundo ele, os traficantes armados dispararam contra o veículo. Os policiais revidaram. Mesmo atingido por dois tiros de pistola na perna esquerda, Evandro dirigiu até o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, na Zona Norte. Com tiros no peito e cabeça, Wálter morreu a caminho do hospital.

Os três suspeitos de participar do confronto estão internados sob custódia da Polícia Militar no Hospital Federal de Bonsucesso (HFB). Víctor Souza dos Reis, 28, e Gladson Alves dos Santos, 20, levaram tiros no peito e permanecem internados em estado grave. Já Matheus Nascimento da Silva, 18, levou um tiro no braço.

O trio foi levado por comparsas para a UPA de Bonsucesso, mas não houve atendimento. Os três foram levados de ambulância para o HFB, onde policiais do 22º BPM (Maré) deram voz de prisão. Após a morte do policial, a Divisão de Homicídios informou que assumiu as investigações.

Família do policial ferido está revoltada

A mãe do policial civil Evandro Carlos Mendez, que levou dois tiros na perna esquerda, disse que está saturada do Rio de Janeiro e criticou a falta de sinalização do lugar. "Se não fosse pelos meus filhos, eu não estaria mais morando no Rio. Iria para um lugar mais sossegado. Hoje um amigo dele perdeu a vida, como fica a família? É doloroso demais. Devia haver mais placas de sinalização, orientando sobre os locais perigosos". Ela preferiu não se identificar.

Policial há 12 anos, Evandro está lotado no Instituto Médico Legal (IML), onde colabora com a investigação de várias delegacias. Sua mulher, grávida de três meses, levou um susto quando soube do confronto. "Minha cunhada está assustada. Também não é para menos. Acho ridículo o pessoal pensar em Olimpíadas e Copa do Mundo e não mostrarem preocupação com a segurança. Meu irmão, devido ao engarrafamento, pegou o retorno e se deparou com os vagabundos fortemente armados", desabafou o irmão da vítima. Fonte: O Dia Online

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Decisão inédita: Estado é condenado a indenizar familiares de policiais militares assassinados durante resgate de preso

Em uma decisão inédita, a Justiça condenou, em primeira instância, o Estado do Espírito Santo a pagar indenização mensal a duas famílias de policiais militares que foram assassinados a tiros durante resgate de um preso em São Mateus.


O Estado ainda foi condenado a indenizar, por danos morais, as duas famílias em mais de R$ 81 mil cada uma. A tragédia ocorreu no dia 9 de dezembro de 2005, em São Mateus, Norte capixaba. Mesmo com as indenizações a que terão direito, as duas viúvas continuarão recebendo os salários dos dois militares como pensionistas.


As duas sentenças, dadas pelo juiz Flávio Brasil Fernandes Reis, da 4ª Vara Cível de São Mateus, foram assinadas no dia 15 deste mês. O magistrado entende que o Estado falhou e por isso os militares foram mortos na emboscada. Flávio Brasil concluiu ainda que, embora soubesse do plano de resgate a um presidiário, a Polícia Civil não comunicou o fato à Polícia Militar.


Na ação criminosa, foram assassinados covardemente, com tiros na cabeça, o sargento Adalberto da Cunha Júnior, 47 anos, e o cabo Altamiro Paulino Sodré, 43 anos. Um bandido também foi morto, posteriormente, numa troca de tiros com a PM.


Os acusados de matarem os dois militares aguardam julgamento. São eles: Marcionílio Rodrigues de Paula, Flávio Correia Cristal, Renato Gomes Rodrigues, Ediana Lacerda Machado, Katiana Cristine Sales e Michele Guimarães Freire.


No dia 9 de dezembro de 2009, a Polícia Civil pediu à Polícia Militar que enviasse uma guarnição para buscar Marcionílio, que estava preso no cadeião da cidade, que funcionava anexo ao Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de São Mateus. A intenção era levar Marcionílio, que estava preso por tráfico de drogas, a um consultório dentário. O preso alegou que estava com problema dentário, mas o consultório a que foi levado era de um dentista prático.


Ao chegarem ao consultório, porém, o sargento Júnior e o cabo Sodré foram interceptados por bandidos armados de pistolas, que atiraram nos policiais e os mataram. Os criminosos resgataram Marcionílio, mas logo em seguida outras equipes da PM entraram em ação e cercaram as principais ruas do centro de São Mateus. Um dos bandidos foi morto na troca de tiros e os demais acabaram sendo presos.


Marcionílio confessou que havia tramado o resgate por intermédio de telefone celular que foi entregue para ele dentro do DPJ de São Mateus e em encontros pessoais que mantinha com sua mulher, Ediana, que o visitava quase que diariamente no DPJ.


Confessou ainda, conforme consta em depoimento na 2ª Vara Criminal do Fórum de São Mateus, que teria pago R$ 35 mil a dois policiais civis para que pudesse ter acesso ao celular e para que o plano do resgate não fosse impedido pela polícia. Entretanto, durante as investigações, a Polícia Civil concluiu que os dois policiais civis eram inocentes e sequer foram indiciados.


Em agosto de 2008, as famílias dos militares mortos entraram com uma ação de reparação e danos morais na 4ª Vara Cível de São Mateus. Para isso, contrataram o advogado André Luiz Pacheco Carreira.


“Tivemos que provar que os dois militares foram mortos por culpa do Estado”, disse o advogado. “A decisão do juiz Flávio Brasil é o reconhecimento da Justiça de que os policiais foram mortos por falha do próprio Estado”


A ação foi proposta pelas viúvas dos dois policiais: Maria Lucimar Goltara, que era casada como cabo Sodré; e Marina de Fátima Miguel da Cunha, esposa do sargento Júnior.


Logo no início da sentença favorável à Maria Lucimar, o juiz Flávio Brasil Fernandes Reis observa: “Os Requerentes pretendem, em síntese, a condenação do Requerido (Estado), independentemente da pensão previdenciária que é por eles recebida, ao pagamento de indenização por danos materiais e morais decorrentes do homicídio de que foi vítima o seu companheiro e pai, o policial militar Altamiro Paulino Sodré, alvejado e morto em serviço por meliantes que tentavam resgatar um preso no momento em que o servidor público conduzia-o a um consultório odontológico situado fora da cadeia pública, nesta cidade de São Mateus, no dia 09/12/2005”.


O magistrado Flávio Brasil prossegue:


“Para tanto, alegam, em suma: 1) que os policiais militares estavam trabalhando sem os necessários equipamentos e, os que tinham, eram verdadeiras sucatas; 2) que o Estado falhou ao determinar que policiais militares realizassem a condução de preso para consulta odontológica, incidindo hipótese de desvio de função, uma vez que tal atividade é inerente à policia civil; 3) que a Delegacia de Polícia/Cadeia Local não mantinha, à época dos fatos, ambulatório médico/odontológico em suas dependências, o que obrigava o deslocamento dos presos a hospitais e consultórios odontológicos, quando necessário; 4) a falta de segurança na Cadeia, tendo a fuga sido tramada dentro das suas dependências com utilização de telefones celulares; 5) que a responsabilidade do Requerido é notória e deriva dos artigos 186 e 927 do Código Civil, devendo responder pelos prejuízos causados por força da teoria do risco objetivo do Estado; 6) restando caracterizada a presença dos elementos da responsabilidade civil do Estado, quer objetiva, quer subjetiva, é de ser deferida a indenização por danos materiais aos autores, por dependentes da vítima, sendo que, o recebimento de benefício previdenciário - pensão por morte -, por possuir natureza jurídica distinta (previdenciária), não afasta o recebimento da pensão decorrente da indenização do direito comum; e, 7) que a indenização por dano moral está embasada na CF, art. 5º, incs. V e X, e art. 186 do CC, sendo possível a cumulação com a indenização por dano material”.


O juiz destaca também a defesa feita pelo governo do Estado:


“Contestação às fls. 214/224, acompanhada dos documentos de fls. 225/262, no bojo do qual o Estado alega, em suma: 1) que não existe nexo causal ou obrigação de indenizar; 2) que o dano experimentado não decorre de conduta praticada por agentes públicos; 3) que eventual responsabilidade por omissão é de natureza subjetiva, que demanda a prova de culpa; 4) que o ônus da prova cabe aos Requerentes, inclusive do nexo de causalidade; 5) que o vitimado estava com os materiais adequados e em perfeitas condições de uso; 6) que o nexo causal não decorre de suposto desvio de função; 7) que não existe lei que determine que as Delegacias de Polícia possuam ambulatórios médicos e odontológicos; 8) que não houve falta de segurança na Cadeia Pública; e, 8) que os pedidos indenizatórios são absurdos”.


Para os dois processos e nas duas sentenças, o magistrado deixa claro:


“No caso em tela, indo à origem, não se pode olvidar que o preso teve acesso, no interior da cela, a um aparelho de telefone celular (fl. 129), o que possibilitou a comunicação com os assassinos e consequentemente na tentativa frustrada de fuga que ocasionou a morte do policial militar que na época era um dos responsáveis pelo transporte do preso até o consultório odontológico, local da ocorrência dos fatos - a propósito, remeto aos documentos de fls. 82/83, 93/96, 111/116, 174/176, 178/179, bem assim, aos depoimentos de fls. 282/283 e 284/285, admitos por prova emprestada.


O fato é que, do exame percuciente dos documentos juntados aos autos, não infirmados, verifica-se claramente a utilização deliberada de aparelho de telefone celular pelo preso, por várias vezes e com diversas pessoas, inclusive tramando todo o seu plano de fuga, tudo diante da falha de fiscalização estatal, fato que não se pode conceber, notadamente quando se levanta o fato de que o Estado, por seus agentes públicos (policiais civis), possuíam informações da existência de plano para resgate do preso.


No depoimento de fls. 284/285, consta o relato da testemunha Elvis Silvares Pereira, servidor público militar, no sentido de que "restou apurado nas investigações, por meio de informação prestada pelo investigador Delson Baeta que a polícia civil já possuía informação no sentido de que existia plano para resgate do preso escoltado por ocasião do evento danoso; que a referida informação não foi transmitida para o Comando da Polícia Militar antes do sinistro.


Não obstante não se possa, de tal depoimento, de forma isolada, extrair potencial suficiente à responsabilização do Estado, porquanto faz alusão a informação prestada por terceiros, constitui ele sem dúvida mais um elemento de convicção, diante do contexto probatório produzido, notadamente quando se verifica que tal depoimento encontra congruência com a afirmação do preso Marcionílio Rodrigues de Paula, constante do documento de fls. 111/116, prestada à Autoridade Policial na presença do Ministério Público, no sentido de que "chegou a perguntar ao policial civil Delso, se não tinha conversa, pois queria fugir, porém o policial civil disse que não tinha conversa."havendo elementos outros indicativos de que o plano de fuga tinha o conhecimento de agentes estatais”.


“É bom frisar que, naquele ano de 2005, o Espírito Santo tinha outro governador (Paulo Hartung), que começava a modernizar e moralizar o sistema prisional capixaba. Hoje, o cadeião de São Mateus nem existe mais. O governo construiu uma cadeia moderna e de segurança máxima no município.


O juiz Flávio Brasil, entretanto, teve que se ater ao ano de 2005, quando os militares foram barbaramente assassinados. Por isso, o magistrado concluiu:


“Quer me parecer claro que o Estado falhou quando permitiu a entrada de aparelho celular na Delegacia de Polícia. Falhou o Estado quando permitiu a manutenção de tal aparelho no interior da Cadeia Pública. Falhou o Estado quando permitiu o acesso do preso ao aparelho celular. Falhou o Estado quando permitiu a comunicação do preso com o mundo exterior por meio do aludido aparelho por várias e seguidas vezes. Falhou o Estado quando não se cercou das cautelas necessárias ao impedimento da consecução do plano de fuga do preso, arquitetado, segundo consta, no interior da própria Cadeia Pública, notadamente quando há elemento indicativo de que agentes da polícia judiciária estadual possuíam a informação de que havia plano de resgate do preso escoltado, ou, na pior das hipóteses, da deliberada intenção de fuga deste, nada tendo feito, entretanto, que pudesse objetar a intenção do preso. Por fim, falhou quando procedeu ao tranporte de preso de alta periculosidade com número insuficiente de policiais.


Da leitura atenta destes autos, não existe qualquer dúvida de que a tentativa de resgate e consequente homicídio do servidor público foi planejada de dentro da Cadeia Pública pelo preso com a utilização de aparelho de telefone celular (fls. 178/179), fato incontroverso nesta lide, mesmo porque não infirmado por parte do Requerido”.


E diz mais: “Percebe-se também que a operação do tranporte do preso de alta periculosidade foi realizada por número insuficiente de policiais militares, havendo, também neste particular, falha do Estado”.


A decisão abaixo é em favor de Maria Lucimar, viúva do cabo Sodré, mas é a mesma dada à outra viúva, Marina de Fátima, que era casada com o sargento Júnior:


A) Condenar o Estado do Espírito Santo ao pagamento de uma indenização para a família, em forma de pensão mensal, em valor correspondente a 2/3 (dois terços) do soldo da vítima, inclusive décimo-terceiro, acrescido apenas das vantagens ordinárias e habituais que recebiam na época dos fatos, na forma da fundamentação, devida em conjunto aos Requerentes, sendo que, para o filho, até o atingimento da idade de 25 (vinte e cinco) anos (segundo a data do seu aniversário), e para a companheira, até que se complete a suposta expectativa de vida da vítima, ou seja, a data em que completaria 70 (setenta) anos (25.07.2032), eis que esta a expectativa de vida do brasileiro segundo dados recentes do IBGE.
A extinção da obrigação alimentar com relação a qualquer dos beneficiários reverte-se em prol do montante (direito de acrescer - RJTJSP 61/99 68/194, 67/195, 62/101, 45/117; Lex-JTA 75/129, 93/115), sendo que o direito da companheira ao pensionamento cessará também na hipótese de contrair núpcias ou união estável, revertendo-se em favor daquele cujo direito remanescer.


A pensão será retroativa à data do falecimento da vítima.


As prestações vencidas deverão ser pagas da data do evento danoso, acrescida de correção monetária calculada mês a mês e de juros de mora de 0,5 % também a partir do evento.


As prestações vincendas deverão ser incluídas em folha de pagamento, por ora, em nome da Requerente Maria Lucimar Goltara, observados, até a implementação do seu pagamento, os mesmos critérios de juros e correção monetária, sendo de sua inclusão em folha, deverão observar tão somente os reajustes de subsídios a que fizerem jus os praças com igual graduação (atualmente os servidores policiais militares recebem subsídios).


B) condenar o Estado do Espírito Santo a ressarcir aos requerentesas despesas havidas com o funeral e aquisição de jazigo para cada uma vítimas, no total de de R$ 3.100,00 (três mil e cem reais) cada, devendo incidir os juros legais e correção monetária a partir do efetivo desembolso;


C) condenar o Estado do Espírito Santo a pagar aos Requerentes, a título de danos morais, o valor de R$ 81.750,00 (oitenta e um mil setecentos e cinquenta reais), equivalente, hoje, a 150 (cento e cinquenta) salários mínimos, devendo incidir juros de 0,5% e correção monetária a partir da publicação da sentença, uma vez que já se está levando em consideração o valor consentâneo com a atualidade e não com aquele correspondente à época do evento danoso.


Para ler a íntegra das duas sentenças, basta ir ao site do Tribunal de Justiça do Espírito Santo. Os dois processos são de número 047080061683 e 047080066393. O site é www.tj.es.gov.br

Fonte: Blog do Elimar Cortês