Fonte: Congresso em Foco
Policiais militares e bombeiros prometem ações contra a população e até greve como pressão para aprovar a emenda constitucional que estabelece um piso nacional de R$ 4,5 mil para as categorias.
Bombeiros e PMs elegem os inimigos da PEC 300.
Eles prometem carga pesada em defesa da aprovação do piso nacional das categorias
Edson Sardinha
Policiais reclusos nos quartéis. Blitz atrás de blitz nas principais cidades do país, por meio da chamada operação padrão. Sonegação de informações a jornalistas. Campanha na internet e nas ruas contra deputados. Dez mil manifestantes na Esplanada dos Ministérios. Essas são as armas que os policiais e bombeiros militares ameaçam sacar do bolso para pressionar o Congresso a aprovar um piso salarial único para a categoria.
Contrariados com a sinalização de que a Câmara vai enterrar a proposta de emenda à Constituição (PEC) 300/08, que atrela o salário inicial dos policias e bombeiros militares aos vencimentos de seus colegas do Distrito Federal, os policiais prometem radicalizar no corpo a corpo com os parlamentares nos estados e explorar o assunto eleitoralmente.
“O clima é de revolta. Se não colocarem na pauta, vai haver radicalização. Será muito difícil segurar. Uma tropa com fome é uma tropa sem comandante. Não sei o que vai acontecer”, diz o soldado Fernando Almança, da PM do Espírito Santo, que coordena uma mobilização na internet em favor da PEC 300. A proposição aumenta para R$ 4,5 mil o salário inicial dos praças e para R$ 9 mil o dos oficiais. Atualmente, a média nacional é de R$ 1.814,96.
Relator da PEC 300 na comissão especial que analisou o mérito da proposta, o deputado Major Fábio (DEM-PB) diz não ter como controlar a reação dos policiais militares com a eventual derrubada da proposição. “Se a PEC 300 não for aprovada, será o caos, o Brasil vai parar”, prevê.
Guerra contra os inimigos do piso dos PMs
A subida de tom das ameaças é uma resposta da categoria e dos deputados que apoiam a PEC 300 à orientação do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), de engavetar a proposta e submeter ao Plenário a PEC 446/09, que cria o piso salarial para os servidores policiais e remete a definição do novo valor a uma lei federal, a ser enviada pelo governo ao Congresso no prazo máximo de um ano.
“Essa PEC não interessa aos policiais militares. Não define valor do piso, vai apenas empurrar o problema com a barriga”, reclama o deputado Paes de Lira (PTC-SP). Temer entende que a PEC 300 é inconstitucional por criar despesas para o Executivo sem apontar receitas e por incluir na Constituição valores do piso salarial de uma categoria.
Em ano eleitoral, os governadores e o governo federal têm evitado se posicionar sobre o assunto, que interessa diretamente a mais de 700 mil policiais e bombeiros militares em todo o país. Mas, nos bastidores, eles têm se movimentado para convencer seus aliados na Câmara a vetar a proposta por causa do impacto que a mudança terá sobre os cofres públicos.
Isso porque nem todos os estados têm condições de arcar com o novo piso. Para resolver o problema, o texto estabelece que a União terá de completar a conta por meio de um fundo próprio. Uma diferença que, segundo estimativa admitida pelos próprios militares, chegará a R$ 3,5 bilhões.
“Balela”
Coronel da Polícia Militar de São Paulo, Paes de Lira chama de “balela” o argumento de que não há recursos para elevar em até 450% o piso salarial dos policiais e bombeiros militares, como prevê a PEC 300. No Rio Grande do Sul, por exemplo, um PM em início de carreira recebe R$ 850 por mês, o menor valor pago à categoria em todo o país.
“O Brasil não é mais país pobre, caminha para ser a quinta economia do mundo. Os estados têm recursos, basta que não tenham as amarras da Lei de Responsabilidade Fiscal e que os recursos sejam direcionados”, afirma. “A fonte de recursos está na riqueza do Brasil, os impostos pagos pela população brasileira, que deve ter retorno em saúde, educação e segurança”, acrescenta.
Coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos Policiais e Bombeiros Militares, o deputado Capitão Assumpção (PSB-ES) também diz que dinheiro não é problema do governo. “Se o governo de Sergipe vai pagar R$ 3,2 mil sem repasses da União, por que estados mais ricos não podem pagar o mesmo?”, questiona.
O valor pago por Sergipe é considerado viável pelo Ministério da Justiça. Mas desde que o aumento seja escalonado por período superior a um ano. “O governo criou o piso da educação por lei ordinária. O mesmo vai acontecer agora com os agentes de saúde. Esse é o procedimento legal. Sairá muito mais rápido se apensarmos as duas propostas”, defende o deputado distrital Cabo Patrício (PT), presidente da Associação Nacional dos Praças (Anaspra).
Cerca de 5 mil policiais e bombeiros militares lotaram as galerias da Câmara na semana passada nos dois primeiros dias do ano legislativo. Representantes da categoria aguardam a reunião de amanhã (9) entre Temer e os líderes partidários, na qual se definirá a pauta dos próximos dias, para definirem quando voltarão a Brasília. Eles pretendem dobrar o número de manifestantes trazidos à capital federal. Temendo que o quorum na Casa se reduza com a proximidade do Carnaval, os sindicalistas admitem retomar a pressão só depois dos festejos de momo.
“Uma paralisação não é decisão das entidades de classe. Mas não está descartada, depende do desenrolar da votação e do próprio comportamento do presidente Michel Temer”, afirma o sargento Teobaldo de Almeida, presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (Assmal).
Blitz em motel
Como a Constituição proíbe militares e policiais civis de fazerem greve, a categoria estuda outras formas de pressão caso a Câmara não vote a PEC 300 ainda em fevereiro. “Aquartelamento não é greve. Se fizermos operação padrão, não será greve”, diz o soldado Fernando Almança.
O PM capixaba explica a diferença entre os procedimentos: “Com o aquartelamento, o militar se apresenta para o serviço, mas se recusa a sair às ruas. As esposas dos militares podem bloquear as portas dos quartéis. Podemos apertar parafuso e não deixar passar nada. Intensificar blitz em portas de motéis e no trânsito. Estaríamos cumprindo nossa obrigação, mas também desagradando muita gente. Exigindo todos os equipamentos dos veículos. Isso causaria caos total. Seria uma maneira de protesto”.
O deputado Paes de Lira diz que o momento não é de cruzar os braços, mas de elevar a pressão sobre os parlamentares. “Não aceito nenhuma orientação grevista, porque temos um dever constitucional a cumprir. O PM deve permanecer trabalhando na linha de frente e mostrar à população sua importância, porque assim ela vai apoiá-lo”, defende o coronel. “Mas não abrimos mão que o piso seja definido na Constituição. Do contrário, estaremos ao sabor da vontade do Executivo”, acrescenta o deputado, que chegou à Câmara ao herdar o mandato de Clodovil Hernandez (PR-SP), morto no ano passado.
Esse vagabundo do Patrício usa os mesmos argumentos do Nazarento Fonteles. É um safado vendido. Nunca honrou a farda que vestiu. Na verdade ele é ex-cabo. Pilantra. Ele provavelmente já deve ter um carguinho no próximo governo da "companheira dilma". Traidor safado.
ResponderExcluirVejo que estamos voltando ao tempo em que os ditadores Coronéis, Major, Capitães, Oficiais trabalhavam no sentido de marginalizar aqueles que tinham idéias contrarias a suas. Aqueles que se revoltavam contra o sistema era considerado "comunista". Hoje chamam de traidor o Cabo Patrício por ele discordar do Coronel Paes de Lira, do Major Fábio e do Capitão Assumção. Devemos analisar e saber de que lado estamos para não cometermos injustiças.
ResponderExcluirPEC 300 ou 446 define o Piso Nacional.
Capitão Assumção não seja traidor o senhor sabe que o Senado indica que não aprovará o texto com valor fixado na constituição. Tomará Deus que o senhor mude, tinha esperança que o senhor teria um pensamento moderno, mas vejo que está com os mesmos procedimentos dos antigos ditadores.
os policiais militares do todo o brasil.se for o caso têm pressionar o congresso nacional,para a aprovação da nossa pec.300,que faz justiça com os policiais militares de todo o brasil,homens abnegados que trabalham ganhando péssimos salários,e que desta forma,ainda prestam um excelente trabalho a sociedade.a questão e só fazer justiça,não estamos pedindo coisa impossivel,só queremos equiparar os nossos salários,aos policiais militares de brasilia!
ResponderExcluiro congresso nacional.têm agora,a oportunidade de unificar as policias militares de todo o país,com já estar,nada mais justo,começando pela equiparação salarial,depois, pode adotar outras medidas para a unificação,medidas estas que nunca foram tomadas por receios de alguns parlamentares,agora é a hora,ou nunca vai acontecer está unificação!
ResponderExcluirENQUANTO TODOS DORMEM,SE DIVERTEM NA NOITE OU ESTAO TRABALHANDO , TEM SEMPRE PM'S E BM'S NA ATIVA PRONTOS PARA QUALQUER TIPO DE EVENTUALIDADE.NADA MAIS JUSTOS QUE ESSES GUARDIOES SEJAM BEM REMUNERADOS...
ResponderExcluirDIZER NAO A PEC 300 É DIZER QUE NAO TEMOS VALOR, E SE NOSSO TRABALHO NAO TEM VALOR PARAREMOS ENTAO.A SOCIEDADE PRECISA DE NOS E NOS MERECEMOS SER BEM REMUNERADOS.
QUANTO DEVEMOS GANHAR PARA ARRISCAMOS NOSSAS VIDAS?
A NAO APROVAÇAO DA PEC 300/08 CRIARA UMA ONDE DE DESCONTATAMENTO GERAL EM TODO PAIS.AGORA IMAGINEM O PAIS SEM OS GUARDIOES POR APENAS UM DIA...
VAMOS PRESSIONAR OS PARLAMENTARES E O EXECUTIVO, PARA SABEREM QUE NÓS FAZEMOS A DIFERENÇA NO PAÍS!!!!
ResponderExcluirPACIFICAMENTE E CUMPRINDO APENAS O QUE NOS É DEVIDO!!!!
OPERAÇÃO PADRÃO E FISCALIZAÇÃO JÁ!!!
JUNTOS SOMOS FORTES
LUIZ LIMA
Como trabalharemos com segurança e justiça se somos os primeiros a sermos injustiçados?Um policial no Brasil ganha muito mal para meter a cara no fogo cruzado com os traficantes.Inumeros heróis perderam suas vidas até em dias de folga, só por serem policiais.O policial vive se escondendo para não morrer.A pec 300 deve entrar em vigor sim!Quanto vale a vida de um policial e um bombeiro?Saibam que com a aprovação da pec 300, vcs não estão fazendo favor nenhum, pois mesmo a pec 300 nunca vai conseguir pagar as perdas de grandes policiais que tivemos no decorrer dos anos.Façam manisfestação em Brasilia com as fotos dos milhares policiais que morreram, não foi em confronto ou em horário de expediente não, só pelo simples fato de ser policial.
ResponderExcluirEsse tal de Canindé deve ser um pau mandado do Cabo Estrupício. Deve ser militar do DF. Seu otário, seu papinho furado não vai engabelar ninguem. Queremos a PEC 300 e estamos com o Capitão Assunção.
ResponderExcluirAmigos não tenhamos medo de mostra a nossa indignação, sejamos justos como sempre fomos, temos o direito assim como temos o dever, que a luta seja ardua é bestera para todos nos, somos lutadores por natureza e destino, façamos todo o possível e isso não é so por nos e por nosso filhos e parentes por um pais melhor e menos violento por profissionais mais bem qualificados e dispostos que façamos a nossa parte quando chegar a hora.Força e fé.
ResponderExcluiresse tal de canindé é mais um imbé cil pau mandado do tabém imbecil patrico,comentarios como desse idiota,não devia nem ser publicado!á pec criou uma espectativa muito grande na cabeça de todos pms e bms,por tanto se não for aprovada,todo pm e bm tem que parar,greve geral,tem que ficar aquartelados sem sair para as ruas,vamos mostrar o quanto somos importantes.
ResponderExcluirSenhores PMs e BMs de todo brasil se, se a pec 300/08 não for aprovada, vamos parar todo o brasil.Vamos mostrar o quanto somos fortes.
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