sexta-feira, 8 de maio de 2009

Capitão Assumção declara apoio aos PM/BM de Sergipe

CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ

Sessão: 071.3.53.O Hora: 09:24 Fase: BC
Orador: CAPITÃO ASSUMÇÃO, PSB-ES Data: 16/04/2009

O SR. CAPITÃO ASSUMÇÃO (Bloco/PSB-ES. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, nobre Deputado Manato, Sras. e Srs. Deputados, venho declarar nesta manhã meu incondicional apoio aos renomados policiais militares e bombeiros militares do Estado de Sergipe. Como comum em praticamente todos os Estados da Nação, os policiais militares e bombeiros militares sergipanos estão passando fome, estão pagando para trabalhar.
Governos se aproveitam de um regulamento atrasado, obtuso e anacrônico para escravizar aqueles que saem às ruas diariamente para proteger a sociedade dos bandidos.
Infelizmente, esses Governos despóticos, que teimam em não levar a democracia para dentro dos quartéis, ainda se utilizam de certo número de comandantes-gerais paus-mandados, que se regozijam em serem apenas bons abridores de porta, quando não de bons tapetes, esquecendo-se de que um dia foram às ruas para empunhar uma arma em defesa dos cidadãos.
É o caso de Sergipe. Todos os policiais e bombeiros militares estão reivindicando melhorias salariais e, em represália, esse comandante pau-mandado do Governador de Sergipe acena com uma medida autoritária, digna de comandantes puxa-saco.
Essa figura melancólica, que inclusive vai ser beneficiado se essa manifestação der certo e, se Deus quiser, representar uma vitória para a categoria, publicou um aditivo a uma lei que proíbe os militares estaduais de se manifestarem. Mas isso já existe. Os policiais militares estão indo às ruas porque estão passando fome, estão pagando para trabalhar, repito.
Sr. Presidente, a realidade que vemos em Sergipe é idêntica à que passam praticamente todos os Estados do Brasil.
Por causa da opressão exercida em cima dos militares estaduais e da extrema proibição de não manifestação em busca de melhorias salariais e de condições de trabalho, os nossos injustiçados operadores de segurança estão literalmente à míngua.
No caso de Sergipe, o movimento ainda conta com atitudes atrasadas desse comandante anacrônico, que tenta, de todas as maneiras, impedir que os militares estaduais defendam o direito de ter comida na mesa.
Esse comandante-geral tinha de ter hombridade, vergonha na cara e participar do movimento, porque ele é policial militar; ele não é do Governo. Afinal, os militares estão batalhando por um reajuste que vai beneficiar essa triste figura. Mas, não: coloca-se no lugar medíocre de capacho, de fantoche do Governo do Estado.
Essa figura bizarra, Deputado Arnaldo Faria de Sá, chama-se Coronel Alberto Magno Silvestre dos Santos, e parece aquele comandante do Corpo de Bombeiros de Roraima — outro Estado onde os militares estaduais estão passando fome — que se recusou a cerrar fileiras com o movimento.
Dentro em breve, esse suposto policial que hoje comanda a polícia militar estará na reserva, aposentado, de pijamas. Quero ver se ele vai recorrer ao Governador do Estado para reclamar que o seu salário mal dá para pagar a conta de luz.
E daqui mando um recado ao Governador de Sergipe. Tome vergonha na cara também e deixe de se aproveitar de uma categoria com a qual pode contar a qualquer hora — o senhor sabe muito bem disso. E isso porque é incutido na nossa formação que somos policiais 24 horas por dia. Então, atenda ao pleito mais que justo dos que realmente combatem a violência no Estado.
Hoje, nesta Casa, todos já têm o discernimento de que os nossos amados operadores de segurança estão passando fome.
Diante disso, na semana passada, os Deputados Federais aprovaram, na Comissão de Constituição e Justiça, a PEC nº 300, que corrige uma distorção histórica, na medida em que iguala os salários dos militares estaduais de todo o Brasil aos dos militares do Distrito Federal.
Desta forma, acredito que o número de comandantes-gerais frouxos diminuirá bastante, e eles começarão a comprar a verdadeira briga dos injustiçados: a dos militares estaduais, que nunca fecharam as portas para sociedade brasileira.
Sr. Coronel, peça para sair.

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