Ao receber a faixa de Paulo Hartung (PMDB), hoje pela manhã, no Palácio Anchieta, o governador Renato Casagrande (PSB) vai colocar nos ombros também a responsabilidade de cumprir as promessas feitas durante a campanha eleitoral, em debates, entrevistas e discursos. Uma de suas primeiras missões é ajudar os municípios atingidos pela chuva.
Ontem ele concedeu uma entrevista coletiva, em que anunciou distribuição de remédio, cesta básica e colchonetes, além de recuperação de estradas e pontes. A cobertura completa você confere nas páginas 14 e 15. Quanto às promessas de campanha, para ajudar os capixabas a cobrarem do socialista o cumprimento delas, A GAZETA fez um levantamento com os principais pontos.
Em todas as áreas e para todos os setores há algo prometido, mesmo que em alguns casos ele tenha preferido não estabelecer números a cumprir. Vão desde a realização de concursos públicos para as Polícias Civil e Militar, as áreas de Saúde e Educação, à redução dos índices de criminalidade no Estado, algo que o governo que se despede não conseguiu atingir.
Casagrande defendeu que o Espírito Santo não fique acima da média nacional, que é de 25,4 homicídios por 100 mil habitantes. Isso significaria reduzir a menos da metade o índice capixaba, que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de 53,3 homicídios a cada 100 mil moradores - só perde para Alagoas, onde são 59,5 mortes para 100 mil pessoas.
Para tentar atingir essa meta, o socialista decidiu criar uma nova pasta, de Ações Estratégicas, que ficará diretamente ligada ao seu gabinete, para acompanhar os índices bem de perto. Na área, ele também prometeu reduzir o percentual de presos provisórios no Estado.
As promessas de Casagrande também chegaram à Saúde: ele planeja construir 60 novas unidades de saúde no Estado, quer adotar novo modelo de gestão nos hospitais e aumentar a oferta de consultas e exames especializados.
Na Educação, prometeu levar o ensino profissionalizante a todas as 78 cidades, ampliar de 12 mil para 20 mil as vagas em cursos técnicos e aumentar vagas nas creches, em parceria com os municípios.
O governador que toma posse hoje também se comprometeu a manter o Banestes como banco estadual e levar internet gratuita a todas as cidades capixabas.
Na lista de compromissos fiirmados pelo governador Renato Casagrande (PSB) há espaço também para o diálogo com a Assembleia Legislativa, outros poderes e setores da sociedade e equilíbrio fiscal. Essas promessas foram reforçadas pelo socialista depois de eleito, em discursos feitos em eventos e ao ser diplomado governador pelo Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES), no último dia 17.
Casagrande garantiu, em discurso feito durante o 5º Encontro de Lideranças Empresariais, promovido pela Rede Gazeta, no início de dezembro, que vai manter as contas do Estado em dia e que pretende reservar o dinheiro que vai receber em caixa, cerca de R$ 1,4 bilhão de acordo com Paulo Hartung, para os momentos mais difíceis. No primeiro ano de governo, ele terá orçamento total de R$ 12,8 bilhões.
"Temos ameaças e desafios. Para organizar demora tempo, mas para desorganizar, é num piscar de olhos", afirmou o novo governador, no evento. Ele ainda mencionou que é preciso ficar de olho no mercado internacional, cujas oscilações podem afetar diretamente o desempenho da economia capixaba, que depende muito das exportações. Ainda durante a campanha e, posteriormente, ao ser diplomado, Casagrande enfatizou que a transparência e o diálogo serão marcas do seu governo. A relação com a Assembleia Legislativa, que sai do atual governo marcada pelo comportamento submisso e tem expectativa de passar a ser mais independente, será baseada no diálogo, segundo Casagrande afirmou em seus discursos.
"Ao receber o diploma de governador do Espírito Santo, quero reafirmar o compromisso de manter um diálogo permanente com todas as forças políticas e sociais do nosso Estado", salientou Casagrande em discurso no TRE.
Era uma vez mais de 500 mil militares que viviam quase que na miseria sendo massacrados e discriminados pela sociedade . Para não passar fome alguns faziam bicos outros completavam a renda familiar com o arrego mas essa situação incomodava alguns militares que se reuniram e inventaram a pec 300 ... Vamos deixar de enrolação e ir parao final da história . E pela covardia e vontade de melhorar de vida todos viveram infelizes para sempre . Moral da história - pm nasceu para se fu%%$@
Mágica nos números: 32 homicídios ‘somem’ da matemática da Sesp
Lívia Francez
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) parece ter feito mágica com os números referentes a homicídios nos últimos dias da gestão Paulo Hartung (PMDB). Entre a última quarta-feira (29) e sexta-feira (31), o número de mortes se reduziu em quase 32 nos dados consolidados disponibilizados no site da Sesp. Na última quarta-feira (29), eram contabilizados 1.874 homicídios desde o início de 2010. Já nesta terça-feira (4), ao fazer a mesma consulta, o resultado do período passa a ser de 1.842 homicídios, 32 a menos do que o primeiro resultado.
Segundo o resultado da Sesp, divulgado nesta terça-feira, já que na segunda-feira (3) o sistema ficou inoperante, o ano de 2010 fechou com 1.846 homicídios. Considerando as trinta e duas mortes que “sumiram” misteriosamente da contagem consolidada pela secretaria, o número passaria para 1.878.
O sumiço dos 32 homicídios coloca a gestão PH em uma posição confortável, já que daí pode surgir a alegação de que o número de homicídios por 100 mil foi reduzido para 54, número relativamente menor do que os de anos anteriores. Em 2009, a taxa chegou a 62 e em 2008 foi de 59 por 100 mil. Incluindo-se os 32 homicídios retirados da conta, o número poderia chegar a 56 homicídios por 100 mil habitantes.
A taxa de 56/100 mil, bastante comemorada pelo ex-secretário de Segurança e atual secretário de Ações Estratégicas do governador Renato Casagrande (PSB), André Garcia, na verdade, é a terceira mais alta da era Hartung. Na série, o “melhor” resultado do governo Hartung foi obtido em 2005, quando foram assassinadas no Espírito Santo 1,6 mil pessoas. O número, bastante elevado, representa uma taxa de 47 homicídios por 100 mil habitantes. Índice que ainda é praticamente o dobro da média nacional, que é de 25/100 mil e vem caindo.
Para tentar justificar o fracasso na área de segurança, Hartung recorreu ao mesmo expediente que foi fartamente utilizado em outras áreas do seu governo: empurrou a responsabilidade para os governantes anteriores ou creditou o revés ao “abandono” do governo federal.
Hartung costumava justificar que não pôde fazer mais nos primeiro anos do seu governo devido à “dívida” herdada de seu antecessor, José Ignácio Ferreira, “que deixou a casa desarrumada”. No entanto, no caso da segurança, o desempenho de Hartung e do então secretário de Segurança, Rodney Miranda, piorou no segundo mandato.
Nos primeiros quatro anos de governo (2003 – 2006) foram assassinadas no Espírito Santo 6.644 pessoas – uma média de 1.661 pessoas por ano, ou ainda uma taxa média de homicídios de 49,2/100 mil. Já no segundo mandato, quando o caixa do governo já estava mais robusto, segundo o próprio Hartung, o número de homicídios cresceu em relação ao primeiro mandato. Dado que confirma que o problema na Segurança Pública sempre foi de gestão e não de falta de dinheiro.
De 2007 para cá morreram no Estado 7.750 pessoas – uma média de 1.938 mortes por ano, ou um índice de 57,5 homicídios/100 mil habitantes. Comparando os dois mandatos de Hartung, o segundo “matou” 1.106 pessoas a mais em relação ao primeiro.
A taxa de 56/100 mil, bastante comemorada pelo ex-secretário de Segurança e atual secretário de Ações Estratégicas do governador Renato Casagrande (PSB), André Garcia, na verdade, é a terceira mais alta da era Hartung. Na série, o “melhor” resultado do governo Hartung foi obtido em 2005, quando foram assassinadas no Espírito Santo 1,6 mil pessoas. O número, bastante elevado, representa uma taxa de 47 homicídios por 100 mil habitantes. Índice que ainda é praticamente o dobro da média nacional, que é de 25/100 mil e vem caindo.
Para tentar justificar o fracasso na área de segurança, Hartung recorreu ao mesmo expediente que foi fartamente utilizado em outras áreas do seu governo: empurrou a responsabilidade para os governantes anteriores ou creditou o revés ao “abandono” do governo federal.
Hartung costumava justificar que não pôde fazer mais nos primeiro anos do seu governo devido à “dívida” herdada de seu antecessor, José Ignácio Ferreira, “que deixou a casa desarrumada”. No entanto, no caso da segurança, o desempenho de Hartung e do então secretário de Segurança, Rodney Miranda, piorou no segundo mandato.
Nos primeiros quatro anos de governo (2003 – 2006) foram assassinadas no Espírito Santo 6.644 pessoas – uma média de 1.661 pessoas por ano, ou ainda uma taxa média de homicídios de 49,2/100 mil. Já no segundo mandato, quando o caixa do governo já estava mais robusto, segundo o próprio Hartung, o número de homicídios cresceu em relação ao primeiro mandato. Dado que confirma que o problema na Segurança Pública sempre foi de gestão e não de falta de dinheiro.
De 2007 para cá morreram no Estado 7.750 pessoas – uma média de 1.938 mortes por ano, ou um índice de 57,5 homicídios/100 mil habitantes. Comparando os dois mandatos de Hartung, o segundo “matou” 1.106 pessoas a mais em relação ao primeiro.
Mágica nos números: 32 homicídios ‘somem’ da matemática da Sesp
Lívia Francez
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) parece ter feito mágica com os números referentes a homicídios nos últimos dias da gestão Paulo Hartung (PMDB). Entre a última quarta-feira (29) e sexta-feira (31), o número de mortes se reduziu em quase 32 nos dados consolidados disponibilizados no site da Sesp. Na última quarta-feira (29), eram contabilizados 1.874 homicídios desde o início de 2010. Já nesta terça-feira (4), ao fazer a mesma consulta, o resultado do período passa a ser de 1.842 homicídios, 32 a menos do que o primeiro resultado.
Segundo o resultado da Sesp, divulgado nesta terça-feira, já que na segunda-feira (3) o sistema ficou inoperante, o ano de 2010 fechou com 1.846 homicídios. Considerando as trinta e duas mortes que “sumiram” misteriosamente da contagem consolidada pela secretaria, o número passaria para 1.878.
O sumiço dos 32 homicídios coloca a gestão PH em uma posição confortável, já que daí pode surgir a alegação de que o número de homicídios por 100 mil foi reduzido para 54, número relativamente menor do que os de anos anteriores. Em 2009, a taxa chegou a 62 e em 2008 foi de 59 por 100 mil. Incluindo-se os 32 homicídios retirados da conta, o número poderia chegar a 56 homicídios por 100 mil habitantes.
Ao receber a faixa de Paulo Hartung (PMDB), hoje pela manhã, no Palácio Anchieta, o governador Renato Casagrande (PSB) vai colocar nos ombros também a responsabilidade de cumprir as promessas feitas durante a campanha eleitoral, em debates, entrevistas e discursos. Uma de suas primeiras missões é ajudar os municípios atingidos pela chuva.
ResponderExcluirOntem ele concedeu uma entrevista coletiva, em que anunciou distribuição de remédio, cesta básica e colchonetes, além de recuperação de estradas e pontes. A cobertura completa você confere nas páginas 14 e 15. Quanto às promessas de campanha, para ajudar os capixabas a cobrarem do socialista o cumprimento delas, A GAZETA fez um levantamento com os principais pontos.
Em todas as áreas e para todos os setores há algo prometido, mesmo que em alguns casos ele tenha preferido não estabelecer números a cumprir. Vão desde a realização de concursos públicos para as Polícias Civil e Militar, as áreas de Saúde e Educação, à redução dos índices de criminalidade no Estado, algo que o governo que se despede não conseguiu atingir.
Casagrande defendeu que o Espírito Santo não fique acima da média nacional, que é de 25,4 homicídios por 100 mil habitantes. Isso significaria reduzir a menos da metade o índice capixaba, que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de 53,3 homicídios a cada 100 mil moradores - só perde para Alagoas, onde são 59,5 mortes para 100 mil pessoas.
Para tentar atingir essa meta, o socialista decidiu criar uma nova pasta, de Ações Estratégicas, que ficará diretamente ligada ao seu gabinete, para acompanhar os índices bem de perto. Na área, ele também prometeu reduzir o percentual de presos provisórios no Estado.
As promessas de Casagrande também chegaram à Saúde: ele planeja construir 60 novas unidades de saúde no Estado, quer adotar novo modelo de gestão nos hospitais e aumentar a oferta de consultas e exames especializados.
Na Educação, prometeu levar o ensino profissionalizante a todas as 78 cidades, ampliar de 12 mil para 20 mil as vagas em cursos técnicos e aumentar vagas nas creches, em parceria com os municípios.
O governador que toma posse hoje também se comprometeu a manter o Banestes como banco estadual e levar internet gratuita a todas as cidades capixabas.
Na lista de compromissos fiirmados pelo governador Renato Casagrande (PSB) há espaço também para o diálogo com a Assembleia Legislativa, outros poderes e setores da sociedade e equilíbrio fiscal. Essas promessas foram reforçadas pelo socialista depois de eleito, em discursos feitos em eventos e ao ser diplomado governador pelo Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES), no último dia 17.
ResponderExcluirCasagrande garantiu, em discurso feito durante o 5º Encontro de Lideranças Empresariais, promovido pela Rede Gazeta, no início de dezembro, que vai manter as contas do Estado em dia e que pretende reservar o dinheiro que vai receber em caixa, cerca de R$ 1,4 bilhão de acordo com Paulo Hartung, para os momentos mais difíceis. No primeiro ano de governo, ele terá orçamento total de R$ 12,8 bilhões.
"Temos ameaças e desafios. Para organizar demora tempo, mas para desorganizar, é num piscar de olhos", afirmou o novo governador, no evento. Ele ainda mencionou que é preciso ficar de olho no mercado internacional, cujas oscilações podem afetar diretamente o desempenho da economia capixaba, que depende muito das exportações.
Ainda durante a campanha e, posteriormente, ao ser diplomado, Casagrande enfatizou que a transparência e o diálogo serão marcas do seu governo. A relação com a Assembleia Legislativa, que sai do atual governo marcada pelo comportamento submisso e tem expectativa de passar a ser mais independente, será baseada no diálogo, segundo Casagrande afirmou em seus discursos.
"Ao receber o diploma de governador do Espírito Santo, quero reafirmar o compromisso de manter um diálogo permanente com todas as forças políticas e sociais do nosso Estado", salientou Casagrande em discurso no TRE.
Contos da carochinha conteporâneos
ResponderExcluirEra uma vez mais de 500 mil militares que viviam quase que na miseria sendo massacrados e discriminados pela sociedade . Para não passar fome alguns faziam bicos outros completavam a renda familiar com o arrego mas essa situação incomodava alguns militares que se reuniram e inventaram a pec 300 ...
Vamos deixar de enrolação e ir parao final da história .
E pela covardia e vontade de melhorar de vida todos viveram infelizes para sempre .
Moral da história - pm nasceu para se fu%%$@
Mágica nos números: 32 homicídios
ResponderExcluir‘somem’ da matemática da Sesp
Lívia Francez
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) parece ter feito mágica com os números referentes a homicídios nos últimos dias da gestão Paulo Hartung (PMDB). Entre a última quarta-feira (29) e sexta-feira (31), o número de mortes se reduziu em quase 32 nos dados consolidados disponibilizados no site da Sesp. Na última quarta-feira (29), eram contabilizados 1.874 homicídios desde o início de 2010. Já nesta terça-feira (4), ao fazer a mesma consulta, o resultado do período passa a ser de 1.842 homicídios, 32 a menos do que o primeiro resultado.
Segundo o resultado da Sesp, divulgado nesta terça-feira, já que na segunda-feira (3) o sistema ficou inoperante, o ano de 2010 fechou com 1.846 homicídios. Considerando as trinta e duas mortes que “sumiram” misteriosamente da contagem consolidada pela secretaria, o número passaria para 1.878.
O sumiço dos 32 homicídios coloca a gestão PH em uma posição confortável, já que daí pode surgir a alegação de que o número de homicídios por 100 mil foi reduzido para 54, número relativamente menor do que os de anos anteriores. Em 2009, a taxa chegou a 62 e em 2008 foi de 59 por 100 mil. Incluindo-se os 32 homicídios retirados da conta, o número poderia chegar a 56 homicídios por 100 mil habitantes.
A taxa de 56/100 mil, bastante comemorada pelo ex-secretário de Segurança e atual secretário de Ações Estratégicas do governador Renato Casagrande (PSB), André Garcia, na verdade, é a terceira mais alta da era Hartung. Na série, o “melhor” resultado do governo Hartung foi obtido em 2005, quando foram assassinadas no Espírito Santo 1,6 mil pessoas. O número, bastante elevado, representa uma taxa de 47 homicídios por 100 mil habitantes. Índice que ainda é praticamente o dobro da média nacional, que é de 25/100 mil e vem caindo.
Para tentar justificar o fracasso na área de segurança, Hartung recorreu ao mesmo expediente que foi fartamente utilizado em outras áreas do seu governo: empurrou a responsabilidade para os governantes anteriores ou creditou o revés ao “abandono” do governo federal.
Hartung costumava justificar que não pôde fazer mais nos primeiro anos do seu governo devido à “dívida” herdada de seu antecessor, José Ignácio Ferreira, “que deixou a casa desarrumada”. No entanto, no caso da segurança, o desempenho de Hartung e do então secretário de Segurança, Rodney Miranda, piorou no segundo mandato.
Nos primeiros quatro anos de governo (2003 – 2006) foram assassinadas no Espírito Santo 6.644 pessoas – uma média de 1.661 pessoas por ano, ou ainda uma taxa média de homicídios de 49,2/100 mil. Já no segundo mandato, quando o caixa do governo já estava mais robusto, segundo o próprio Hartung, o número de homicídios cresceu em relação ao primeiro mandato. Dado que confirma que o problema na Segurança Pública sempre foi de gestão e não de falta de dinheiro.
De 2007 para cá morreram no Estado 7.750 pessoas – uma média de 1.938 mortes por ano, ou um índice de 57,5 homicídios/100 mil habitantes. Comparando os dois mandatos de Hartung, o segundo “matou” 1.106 pessoas a mais em relação ao primeiro.
A taxa de 56/100 mil, bastante comemorada pelo ex-secretário de Segurança e atual secretário de Ações Estratégicas do governador Renato Casagrande (PSB), André Garcia, na verdade, é a terceira mais alta da era Hartung. Na série, o “melhor” resultado do governo Hartung foi obtido em 2005, quando foram assassinadas no Espírito Santo 1,6 mil pessoas. O número, bastante elevado, representa uma taxa de 47 homicídios por 100 mil habitantes. Índice que ainda é praticamente o dobro da média nacional, que é de 25/100 mil e vem caindo.
ResponderExcluirPara tentar justificar o fracasso na área de segurança, Hartung recorreu ao mesmo expediente que foi fartamente utilizado em outras áreas do seu governo: empurrou a responsabilidade para os governantes anteriores ou creditou o revés ao “abandono” do governo federal.
Hartung costumava justificar que não pôde fazer mais nos primeiro anos do seu governo devido à “dívida” herdada de seu antecessor, José Ignácio Ferreira, “que deixou a casa desarrumada”. No entanto, no caso da segurança, o desempenho de Hartung e do então secretário de Segurança, Rodney Miranda, piorou no segundo mandato.
Nos primeiros quatro anos de governo (2003 – 2006) foram assassinadas no Espírito Santo 6.644 pessoas – uma média de 1.661 pessoas por ano, ou ainda uma taxa média de homicídios de 49,2/100 mil. Já no segundo mandato, quando o caixa do governo já estava mais robusto, segundo o próprio Hartung, o número de homicídios cresceu em relação ao primeiro mandato. Dado que confirma que o problema na Segurança Pública sempre foi de gestão e não de falta de dinheiro.
De 2007 para cá morreram no Estado 7.750 pessoas – uma média de 1.938 mortes por ano, ou um índice de 57,5 homicídios/100 mil habitantes. Comparando os dois mandatos de Hartung, o segundo “matou” 1.106 pessoas a mais em relação ao primeiro.
Mágica nos números: 32 homicídios
ResponderExcluir‘somem’ da matemática da Sesp
Lívia Francez
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) parece ter feito mágica com os números referentes a homicídios nos últimos dias da gestão Paulo Hartung (PMDB). Entre a última quarta-feira (29) e sexta-feira (31), o número de mortes se reduziu em quase 32 nos dados consolidados disponibilizados no site da Sesp. Na última quarta-feira (29), eram contabilizados 1.874 homicídios desde o início de 2010. Já nesta terça-feira (4), ao fazer a mesma consulta, o resultado do período passa a ser de 1.842 homicídios, 32 a menos do que o primeiro resultado.
Segundo o resultado da Sesp, divulgado nesta terça-feira, já que na segunda-feira (3) o sistema ficou inoperante, o ano de 2010 fechou com 1.846 homicídios. Considerando as trinta e duas mortes que “sumiram” misteriosamente da contagem consolidada pela secretaria, o número passaria para 1.878.
O sumiço dos 32 homicídios coloca a gestão PH em uma posição confortável, já que daí pode surgir a alegação de que o número de homicídios por 100 mil foi reduzido para 54, número relativamente menor do que os de anos anteriores. Em 2009, a taxa chegou a 62 e em 2008 foi de 59 por 100 mil. Incluindo-se os 32 homicídios retirados da conta, o número poderia chegar a 56 homicídios por 100 mil habitantes.