Fonte: Século Diário
12/11/2010
Lívia Francez
Policiais militares lotados no 2º Batalhão de Policia Militar (BPM), localizado em Nova Venécia, noroeste do Estado vêm fazendo reiteradas denúncias contra o comando daquela unidade através da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado (ACS-PMBM-ES), por supostas irregularidades cometidas contra os policiais lotados na unidade.
A prisão de uma soldado da unidade foi denunciada pela Associação por ter sido supostamente irregular. Após o pedido da Associação para a libertação da soldado Suelem Feitosa feito ao subcomandante-geral da PM, coronel Marcos Aurélio Capita da Silva, e ao corregedor-geral da PM, coronel Adilson Silva Tolentino a soldado foi libertada e os atos punitivos foram suspensos.
A policial foi detida no dia 18 de outubro, no 2º BPM e transferida para São Mateus, no norte do Estado. Ela foi liberada três dias depois, já que foram identificadas irregularidades na prisão.
Além da prisão arbitraria da soldado, o comando do batalhão de Nova Venécia vem sendo denunciado por cometer outras irregularidades. O representante da Associação no norte do Estado, Luciano Márcio denunciou que policiais militares da reserva remunerada, que estão retornando voluntariamente ao serviço, estão sendo designados para trabalharem no policiamento ostensivo de radiopatrulha nas ruas. O patrulhamento ostensivo feito por policiais da reserva é vedado pelo artigo 92 da Lei Complementar 460.
Estes mesmos policiais militares da reserva que foram designados para o patrulhamento ostensivo eram lotados no Portão das Armas, que é o portão de entrada do Batalhão. No entanto, para o lugar dos praças foram designadas duas estagiárias, jovens e civis para fazer o trabalho dos militares. A atitude, além de irresponsável é irregular.
Transferências
Em outubro, Luciano Márcio denunciou a transferência de mais de 30 policiais militares de Nova Venécia para outros municípios da região norte do Estado está deixando a população insegura e sobrecarregando o efetivo da região. Naquele mês ocorreram dois assaltos a estabelecimentos no município e em um deles o sogro do prefeito Wilson Japonês (PR) foi baleado.
Luciano contou que o aumento dos crimes se deve à transferência dos policiais para municípios distantes pelo comando do 2º BPM. Ele contou que a transferência do efetivo tem desguarnecido o município, facilitando a ação de criminosos.
O diretor da associação contou ainda que não somente a população está sendo vítima das transferências, mas também as famílias e os próprios policiais militares. Ele diz que os policiais chegam a percorrer 100 quilômetros, cumprem a escala normal de trabalho, mais a escala especial, e retornam ao domicílio. Para o diretor, a escala sobrecarrega os policiais e leva apreensão às famílias.
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