quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Dia do Soldado no 9º BPM: retratos de um herói

O Policial Militar do Estado do Espírito Santo vive como um herói de revistas em quadrinhos, mais precisamente como o conto do Homem Aranha, sim meus nobres convidados e policiais militares, parece brincadeira, mas a semelhança é brutal, pois vejam, Peter Parker o jovem fotógrafo do Jornal de Nova York, Clarim Diário, mal consegue pagar seu aluguel, anda de lambreta - quando essa não está quebrada - e vive aos trancos e barrancos com o pouco dinheiro que recebe, sempre rejeitado e esquecido a própria sorte, mas, entretanto, sempre que entra em cena os grandes vilões e a sociedade se sente desprotegida logo clama pelo seu herói, que chega triunfante, e sempre, mas sempre mesmo, faz prevalecer o bem, porém, após restaurar a ordem pública, novamente é esquecido pela sociedade e principalmente pelo Estado.

É fato que todas as mazelas da sociedade que não foram solucionadas por quem deveria, sejam as Instituições públicas ou privadas, grupos sociais, políticos ou religiosos, após todos os entes falharem a comunidade sempre chama por seus heróis, Policiais Militares, que quase que rotineiramente abraçam e realizam funções que não lhes competem, não por se sentirem insuperáveis, longe disso, mas, apenas, pelo compromisso e comprometimento com o cidadão, nunca deixando os cidadãos sem resposta e como ocorre na ficção, às vezes eles são heróis e muitas vezes passam por vilões em decorrência de uma imprensa, que preocupada apenas com o seu próprio IBOPE, não transmite à população as minúcias dos eventos em si, as dificuldades e desafios passados pelos policiais militares em cada ocorrência atendida, mas transmitem apenas o que vende ou o que tem repercussão, em suma a ocorrência que deu certo não é divulgada, mas a que ocorreu algum erro é divulgada com estardalhaço.

Ainda na seara da semelhança, assim como ocorre com o jovem Peter, os policiais militares são mal remunerados, não tem plano de saúde, seguro, assistência jurídica e mais uma infinidade de direitos, que pela especificidade da função deveriam ter. Esquecem que este servidor é ser humano e, por este motivo, necessita tanto quanto os outros de possuir direitos que lhes garantam uma vida digna e feliz.

Pobre daquele que se acidentar em serviço e não possuir um caríssimo plano de saúde pago pelo próprio bolso, possivelmente ficará largado em um dos corredores dos hospitais públicos ou, se quiser tentar a sorte, se endivida para ter auxílio e reza para que seu pedido de indenização seja deferido o mais rápido possível. Outro que sofre é aquele que por razões do dever porventura vier a ferir ou matar alguém, sofrerá um longo, penoso e caro processo judicial em que seu único "erro", foi cumprir com o seu dever.

Ressalte-se que esses são heróis de verdade - não meros aspirantes a atrizes e atores forjados pelos “big brothers” da vida a quem a população admira a ponto de gastar milhões em votação - aí estão meus caros amigos os verdadeiros heróis, que muitas vezes fizeram o papel de padre, de psicólogo, de advogado, de educador, de conciliador e até algumas vezes de policial militar.

Se para aqueles nós gastamos milhões para eliminarmos ou para permanecerem se expondo, para esses podemos gastar pouco ou quase nada, bastando reverenciá-los com uma salva de palmas e reconhecermos os seus feitos, afinal os verdadeiros heróis são despojados de vaidade e fazem o bem sem esperar qualquer retorno, não necessitam de qualquer prêmio em dinheiro, mas apenas o reconhecimento pelos bons serviços prestados e a valorização profissional, com salários e condições dignas condizentes com a alta complexidade e vital importância de sua nobre função.

Ah! Senhores, senhoras e senhoritas, já ia me esquecendo, existe sim uma diferença entre os heróis: é que o da ficção, ao final do episódio, encerra com uma história feliz e os heróis da vida real tentam, esperam, anseiam, mas nunca conseguem chegar a momentos felizes de valorização profissional.

Autores: Maj Willian e Ten Dikson

2 comentários:

  1. Companheiro Capitão Assunção, como já sabe sou o 2º sargento PM Mario Benedito Justino Junior do estado do Rio, brilhante comparação, não é diferente aqui no estado do Rio de Janeiro, mas tenho fé isto já esta mudando com atitude de representação nos meios políticos de pessoas como o Sr. em todo o País.Em Miracema RJ cidade onde moro elegemos O 2º sargento Juedyr Orsay Vereador, Vice Prefeito e agora o elegeremos juntos com os companheiros de todo o estado deputado estadual e esta luta que o Sr. encampou é de todos nós. Se este comentário puder ser publicado vai ser de grande valia para nós o nº dele é 44.190 Juedyr Orsay CANDIDATO PELO RIO DE JANEIRO.Fica aqui meu fraternal abraço e fique certos que aqui tem pessoas que votam no Sr. aí no espírito Santo.2º SGTPM JUSTINO

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  2. Estatuto do Nascituro foi aprovado na CSSF – Vitória dos Bebês
    Foi aprovado na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara esse Projeto de Lei que elimina a possibilidade da descriminalização do aborto definindo o direito à vida desde a concepção. Do lado positivo, o Estatuto garante assistência pré-natal e acompanhamento psicológico para a mãe; e o direito dela de encaminhar a criança à adoção, caso assim o deseje. Se identificado o genitor do nascituro ou da criança já nascida, este será responsável por pensão alimentícia e, caso não seja identificado, o Estado será responsável pela pensão. Lamentavelmente sete parlamentares presentes votaram contra por serem a favor do aborto (1 comunista, 4 petistas, 1 do PMDB e 1 do PSDB) : Dr. Rosinha (PT-PR), Henrique Fontana (PT-RS), Pepe Vargas (PT-RS) .Darcísio Perondi (PMDB-RS), Arlindo Chinaglia (PT-SP), Rita Camata (PSDB-ES), e Jô Moraes (PC do B-MG).
    NÃO VOTAMOS EM ABORTISTAS - AJUDE OS BEBES E A DERRUBAR QUEM VOTA NO ABORTO

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