Insatisfações com o governo se repetem nas polícias Civil e Militar
As entidades representativas de servidores que atuam na segurança pública, tanto de policiais militares quanto civis têm uma semana de mobilizações, através de assembleias gerais, com objetivo de debater os reajustes nas remunerações, além de outras gratificações prometidas pelo governo do Estado.
Leia também
Delegados anunciam paralisações semanais a partir do dia 20
‘Oxigenação’ no comando da PM tenta acalmar a opinião pública
Nesta terça-feira (21), os policiais civis se reúnem em assembleia geral unificada. Participam da assembleia o Sindicato dos Investigadores de Polícia Civil (Sinpol); Associação dos Peritos Papiloscópicos (Appes); Associação dos Fotógrafos Criminais (AFC); Associação dos Auxiliares de Perícia Médica (AAPML); Associação dos Agentes de Polícia (Agenpol); e Associação dos Policiais Civis do Estado (APCES); todos na base do Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sindipol).
Na assembleia, os policiais vão discutir a negociação unificada com os policiais militares e o governo, através de um documento construído pelas entidades; a paridade e a integralidade da aposentadoria dos policiais civis; o aumento linear dos servidores públicos; e a unificação dos agentes, investigadores e fotógrafos.
Já na quarta-feira (22), os policiais militares representados pela Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado (ACS/PMBM/ES) se reúnem em assembleia geral no Teatro Universitário da Ufes. Na pauta, o realinhamento salarial dos policiais militares do Estado.
A corporação cobra do governo o cumprimento da promessa feita e até o momento não cumprida, o que tem gerado prejuízos e insatisfações da categoria.
Em discurso na Tribuna Popular da Assembleia Legislativa, em abril deste ano, o presidente da entidade, cabo Flávio Gava, declarou que os policiais militares têm as cargas horárias ampliadas, que o comando aperta a demanda de trabalho, porque não há policiais.
Ele lembrou que em 2012 foi realizada uma assembleia geral da PM, no mês de fevereiro, em que o então comandante geral, Ronalt Willian – que deixou o posto na última semana – se comprometeu a formular a portaria reajustando a carga horária dos policiais, mas depois de um ano da promessa nada havia sido feito. Gava ressaltou, ainda que a escala dos PMs é competência exclusiva do Comandante Geral.
Delegados
Os delegados de Polícia Civil têm outro pleito, que não contempla reajuste salarial. Nesta segunda-feira (20) a categoria realizou a paralisação semanal prometida, cobrando o reconhecimento da carreira jurídica para o cargo.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado (Sindelpo), Rodolfo Laterza a adesão à paralisação desta segunda foi em massa. Os delegados ficaram concentrados na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Vitória. Laterza acrescentou que a adesão foi grande dentre os delegados das Delegacias Especializadas e do interior do Estado.
Todos os estados da região Sudeste já reconheceram a carreira jurídica de delegado. Para que seja reconhecida no Estado, basta que o governo envie a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) à Assembleia Legislativa e faça articulação política para o reconhecimento.
A categoria alega que o reconhecimento da carreira jurídica vai trazer mais segurança às investigações, além de outras prerrogativas para a categoria, sem que haja reajuste na remuneração, portanto, sem prejuízo orçamentário ou financeiro para o Estado. Fonte: Século Diário (Livia Francez)
Nenhum comentário:
Postar um comentário